A temporada 2024 da MotoGP já está batendo na porta, e são muitos os motivos para acompanhar a classe rainha do Mundial de Motovelocidade. No 10+ desta terça-feira (20), Juliana Tesser lista dez pilotos que merecem atenção neste ano

A temporada 2024 da MotoGP já está quase aí, e o que não falta são motivos para acompanhar o campeonato. Afinal, o 75º ano do Mundial de Motovelocidade promete ser de alta competitividade.

Com a pré-temporada ainda em curso, não dá para tirar uma conclusão definitiva sobre a ordem de forças da MotoGP, mas uma coisa é certa: já dá para saber quais pilotos merecem os holofotes. Por boas razões ou não.

No 10+ desta terça-feira (20), o GRANDE PREMIUM lista dez nomes para ficar de olho em 2024. A ordem, contudo, não é de importância, mas obedece a numeração de cada um deles no certame.

Francesco Bagnaia #1

Francesco Bagnaia chega para defender a coroa mais uma vez (Foto: Ducati)

Campeão vigente, Francesco Bagnaia vai defender o título mais uma vez. Com a melhor moto do grid nas mãos e amplamente apoiado pela Ducati, o italiano a chance de alcançar o tricampeonato.

Como todo campeão, Pecco é alguém a ser acompanhado. Mas, em 2024, o cenário promete ser ainda mais duro. Mais uma vez, a competição mais forte vem dos colegas de Ducati, mas a fase de testes mostrou um Enea Bastianini mais forte. Ou seja, um dos inimigos mora bem ao lado.

Além disso, Jorge Martín mostrou uma forma impressionante no ano passado e, com toda certeza, quer lutar pelo título mais uma vez.

Para manter a coroa, Bagnaia terá de ser não só rápido, mas também inteligente para não desperdiçar pontos e entregar o ouro na mão dos adversários.

Luca Marini #10

Luca Marini destacou a evolução no motor da Honda (Foto: Repsol)

Luca Marini dá um salto importantíssimo na temporada 2024. Até aqui, o italiano de Urbino caminhava lado a lado ao irmão. Com a mudança, o #10 se afasta da sombra de Valentino Rossi e vai caminhar com as próprias pernas.

Mas a saída da VR46 não é a única razão para olhar atentamente para Marini. Substituto de Marc Márquez, o marido de Marta Vincenzi tem a missão de ajudar a Honda a sair do outro lado após a última colocação no Mundial de Construtores em 2023.

Sair da lanterna é uma tarefa difícil, mas Marini já impressionou a equipe pela qualidade do feedback. Luca deixou a VR46 para liderar um projeto, e será legal acompanhar como ele vai assumir esse novo papel.

Fabio Quartararo #20

Fabio Quartararo está no último ano de contrato com a Yamaha (Foto: Divulgação/MotoGP)

Poucas pessoas fecharam 2023 mais desgostosos do que Fabio Quartararo. Do vice-campeonato em 2022, o francês de Nice despencou para a décima colocação e não passou nem perto de brigar por bons resultados de forma constante.

Insatisfeito com a performance da YZR-M1, Fabio está no último ano de contrato com a Yamaha e ameaça procurar outro rumo se a casa de Iwata não avançar com a moto. Pelo que se viu na pré-temporada, a Yamaha conseguiu mudanças importantes. Mas se farão efeito, aí é outra história.

Quartararo apontou que a M1 ainda não é uma moto vencedora, mas acha possível brigar pelo top-5 com mais frequência. Nos últimos anos, o #20 carregou a Yamaha nas costas, com a chegada de Álex Rins, a expectativa é ter alguém para dividir o fardo.

Franco Morbidelli #21

Morbidelli perdeu toda a pré-temporada por causa de um acidente (Foto: Reprodução)

Franco Morbidelli caiu para cima com o acerto com a Pramac. Indo para a equipe, o ex-Yamaha coloca as mãos na melhor moto do grid, já que terá uma Desmosedici GP24. Mas a sorte parou por aí.

Antes mesmo do início da pré-temporada, Franco sofreu um forte acidente em um teste privado em Portimão e acabou barrado das baterias coletivas de Malásia e Catar. Ou seja, vai iniciar o ano completamente no escuro.

Para piorar, o lugar na Pramac é um dos mais visados do grid, e a própria Ducati já sonda Fermín Aldeguer, um dos grandes destaques da Moto2 no ano passado.

Mesmo sem testes prévios e com a condição física possivelmente afetada pelo período de recuperação do acidente, Morbidelli terá de chegar mostrando serviço, não só para apagar a imagem negativa dos últimos anos, mas, principalmente, para assegurar o futuro da carreira.

Enea Bastianini #23

Enea Bastianini fechou o teste da Malásia no top-3 (Foto: Ducati)

Destaque na temporada 2022 da MotoGP, Enea Bastianini estreou na equipe de fábrica da Ducati no ano passado, mas o primeiro ano vestindo vermelho foi muito pior do que qualquer pesadelo poderia antever. Além de não se entender muito bem com a GP23, o italiano também sofreu inúmeras lesões, o que não ajudou em nada.

Apesar de ter sido ofuscado por Jorge Martín, Bastianini conseguiu manter a posição ao lado de Francesco Bagnaia, mas entra no último ano de contrato com a Ducati. Manter a vaga vai exigir que ele seja o melhor, se não de todos, ao menos de todos exceto o atual #1.

Pela pré-temporada na Malásia, Davide Tardozzi, chefe da Ducati, já deu o diagnóstico: aquele Enea de 2022 está de volta. O piloto natural de Rimini mostrou que gostou da GP24 e saiu de Sepang para lá de feliz. Mas a pista malaia foi o palco da única vitória dele no ano passado, então a passagem por Lusail deve dar uma medida melhor do desempenho dele.

Pedro Acosta #31

Pedro Acosta é o único estreante de 2024 (Foto: David Goldman/ Red Bull Content Pool)

Único estreante na MotoGP em 2024, Pedro Acosta chega com fama de prodígio. Com dois títulos na bagagem em apenas três anos de Mundial de Motovelocidade, o espanhol tem um talento inconteste e mostrou na fase de testes que não vai demorar a se adaptar na divisão principal.

Nas mãos, ainda que vestindo as cores da GasGas Tech3, Pedro terá uma RC16, a moto da KTM — a política por lá é de igualdade entre as duas equipes. Sendo assim, a parte técnica está garantida ao menos para dar chance de Acosta se mostrar.

O ‘tubarãozinho’, contudo, terá de lidar com a pressão da expectativa. No primeiro ano de Moto2, Pedro sucumbiu e errou mais do que devia, mas a Aki Ajo conseguiu acalmar o piloto. Se a lição foi aprendida, o agora #31 terá toda condição de mostrar quem é.

Brad Binder #33

Brad Binder é o homem de confiança da KTM (Foto: Rob Gray/ Polarity Photo)

Um dos poucos pilotos com contrato assinado para além de 2024 — o sul-africano já assinou com a KTM até 2026 —, Brad Binder é mais um que merece atenção. Ano passado, contrariando as expectativas, o companheiro de Jack Miller mostrou que podia ser competitivo também nas corridas sprint.

Melhor do resto em 2023, Binder é talentoso e conta com a confiança da KTM. Além de ser arrojado nas manobras, é alguém que vai de menos para mais nas corridas, que sempre cria uma expectativa em torno dele.

Com a ajuda de Dani Pedrosa, piloto de testes da casa de Mattighofen, a KTM segue avançando na MotoGP, e Binder é rosto à frente deste trabalho.

Álex Márquez #73

Álex Márquez vai ser medido num confronto direto com o irmão (Foto: David Goldman/ Red Bull Content Pool)

O desembarque na Gresini fez muito bem ao espanhol, mas o cenário vai mudar em 2024. Agora, Álex Márquez terá de dividir a equipe com o irmão, o que pode ser uma benção ou uma maldição.

Ao longo da carreira, Álex sempre foi medido em comparação com Marc, o que é muito injusto — afinal, o talento do irmão mais velho não é daquelas coisas que dão em pencas. Agora, entretanto, a comparação fica mais direta, já que os dois terão a mesma moto.

Dono de dois títulos mundiais, Álex cresceu bastante no ano passado, mas terá de crescer ainda mais para alçar voos mais altos e não se deixar ofuscar pelo irmão octacampeão.

Jorge Martín #89

Jorge Martín foi vice-campeão e protagonista em 2023 (Foto: David Goldman/ Red Bull Content Pool)

Não deve ter um único fã da MotoGP que não está curioso para ver o que Jorge Martín vai aprontar em 2024. Vice-campeão no ano passado, o espanhol vem aí em busca da revanche.

Em 2023, Martín surpreendeu ao aparecer na briga pelo título. Agora, ele já é esperado por lá. A pressão muda um pouco o cenário. Jorge já sabe que pode brigar — e que a Ducati não deve armar nenhuma armadilha técnica para contê-lo —, então terá de controlar a própria afobação.

Na pré-temporada, mostrou competitividade, mas os outros pilotos, especialmente aqueles montados em motos Ducati fizeram o mesmo. Martín tem uma legião de rivais para medir forças em 2024.

Marc Márquez #93

Marc Márquez começa uma nova história em 2024 (Foto: David Goldman/ Red Bull Content Pool)

Marc Márquez já está mais do que acostumado a lidar com os holofotes, mas este ano é diferente. Depois de quatro temporadas amargando todo tipo de revés, o #93 vive um novo momento na carreira.

Pela primeira vez, Marc vai encarar a MotoGP sem a companhia da Honda e, especialmente, com uma equipe privada. Aquilo que parecia improvável se tornou real graças à crise de competitividade da RC213V, o que tornou a Ducati de Nadia Padovani muito mais interessante.

Márquez já mostrou diversas vezes que tem um talento descomunal, mas, depois de tudo que passou, com quatro cirurgias no braço direito, garante que não sabe se é mais o mesmo. 2024 promete ser a resposta. Mas o mundo hoje é diferente daquele que era dominado por Marc. Os rivais são outros. Será que o #93 ainda é capaz de surpreender? Só o tempo dirá.

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