Herta resiste a investidas de Newgarden e vence GP de St. Pete. Dixon é 5º
Colton Herta dominou o GP de St. Pete e, mesmo com investidas de Josef Newgarden no fim, levou a vitória na pista de rua da Flórida. Simon Pagenaud completou o pódio, enquanto Scott Dixon foi quinto
Colton Herta segurou Josef Newgarden nas voltas finais e, com o melhor ritmo a corrida toda, venceu o GP de St. Pete de 2021. Neste domingo (25), o jovem americano da Andretti comandou as ações quase que de ponta a ponta, levando o quarto triunfo da carreira e mantendo a escrita de vencer ao menos uma prova a cada temporada na Indy.
Newgarden ficou com a segunda colocação e não deve ter ficado insatisfeito, afinal, teve uma estreia bem complicada no Alabama, puxando um big-one na largada que envolveu o próprio Herta. Os dois primeiros, praticamente, estrearam na temporada em St. Pete.
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Simon Pagenaud foi outro que reagiu depois de uma primeira prova ruim e fechou o pódio. Na sequência ficaram Jack Harvey e Scott Dixon, bem discreto, mas marcando pontos já suficientes para brigar firme pela dianteira do campeonato.
Takuma Sato, Marcus Ericsson e Will Power tiveram boas corridas de recuperação e fecharam em sexto, sétimo e oitavo, respectivamente. Rinus VeeKay e Sébastien Bourdais completaram o grupo dos dez primeiros. Romain Grosjean foi 13º, enquanto Álex Palou, vencedor em Barber, não passou de 17º.
A Indy volta para uma rodada dupla já na próxima semana, com corridas no sábado e no domingo no oval do Texas.
Confira como foi o GP de St. Pete
Os carros deixaram os boxes às 13h35 (em Brasília), já com um drama inicial. Sébastien Bourdais, que garantiu o quinto lugar no grid de largada, teve problemas e ficou parado. A Foyt imediatamente passou a trabalhar em mexidas no #14, mas o francês já começava com a corrida comprometida, ainda que voltasse à posição original no grid.
A largada aconteceu às 13h40, com Colton Herta defendendo bem a liderança dos ataques de Jack Harvey, por fora, e de Josef Newgarden, por dentro. Simon Pagenaud até tocou de leve com Bourdais, mas seguiu em quarto, com Pato O’Ward e Dixon saindo um tanto lentos.
Alexander Rossi começou com tudo, pintando em sétimo já na segunda curva. O piloto da Andretti, no entanto, perderia lugar para Graham Rahal logo depois, com um passão de respeito do #15 por fora.
De pneus macios, Herta iniciava a corrida imprimindo ritmo forte, já abrindo 2s para Harvey em cinco voltas. Newgarden, de duros, era o terceiro, com Pagenaud em quarto, na mesma tática. Bourdais tinha macios, mas aparecia com o bico danificado pelo totó em Pagenaud e Newgarden na largada. Mais atrás, Dixon passava O’Ward, que não tinha boas primeiras voltas.
Bem cedinho, com 10 voltas, Dalton Kellett, Conor Daly e Ed Jones já abriam a primeira janela de paradas, em uma tática um tanto quanto estranha. O pelotão vinha até próximo, mas as disputas não pegavam fogo, com exceção feita a VeeKay x Rahal, pela sexta colocação.
Ali pela volta 15, os pneus macios começavam a deixar Herta e Harvey na mão. Assim, Newgarden e Pagenaud iam tirando a diferença, colando mais no duo que comandava as ações. Foi quando Jimmie Johnson resolveu aparecer na corrida, de maneira pouco inspirada: preso na barreira de pneus depois de escapar.
Enquanto Herta tirava uma fina do muro, Will Power, Romain Grosjean, Felix Rosenqvist e outros nomes do fundo do grid foram aos boxes, já sabendo que, mais cedo ou mais tarde, o safety-car entraria para rebocar o carro de Johnson. Dito e feito, ajudando o pelotão final a ter a estratégia funcionando.
Enquanto Johnson voltava totalmente retardatário, outro problema durante a amarela: Max Chilton, muito lento, foi aos boxes, ficando um bom tempo com o carro sendo reparado. Outro que voltava aos boxes era Jones, mas para um abastecimento. Chilton, então, recolhia, com problemas mecânicos.
A relargada veio na volta 22, com os quatro primeiros seguindo na mesma ordem e Bourdais e VeeKay fritando violentamente seus pneus. Bom para Rahal, que tirou o holandês da frente e colou no francês. O top-10 ainda tinha Rossi, Dixon e O’Ward.
Um novo incidente acontecia com Takuma Sato se jogando em cima de James Hinchcliffe, que furou o pneu e teve de se arrastar até os boxes. Mais atrás, Grosjean e Power se tocavam, com o francês beijando o muro e repetindo o ato na curva seguinte.
Rossi conseguiu passar VeeKay depois de um leve toque entre os dois, mas a realidade era que o holandês ia sofrendo com a falta de ritmo e já virava alvo de Dixon, O’Ward, Sato, Ryan Hunter-Reay, Marcus Ericsson, Álex Palou e Scott McLaughlin. Dixon, inclusive, passava Rinus na volta 28.
O começo de corrida de O’Ward, definitivamente, não era bom. O mexicano passou VeeKay, mas errou na entrada da reta e foi engolido pelo pelotão. VeeKay, aliás, foi junto com Hunter-Reay aos boxes na volta 30, trocando os pneus macios que estavam bem desgastados.
Até que demorou, mas Newgarden finalmente passava Harvey na volta 31, aproveitando a primeira curva e logo abrindo margem imensa para o britânico, que segurava um pelotão com Pagenaud, Bourdais, Rahal, Rossi e Dixon. Newgarden, por sua vez, aparecia 2s8 atrás de Herta. E ia tirando.
Harvey, Bourdais, Dixon e O’Ward faziam suas primeiras paradas no 34º giro, com Herta e Newgarden seguindo o mesmo no giro seguinte. Pagenaud e Rossi foram aos boxes na 36, o que deixou Palou na liderança provisória. Na volta à pista, confusão total: Rahal e Rossi se encontraram fortemente, com os dois carros espalhando e o #27 da Andretti ficando atravessado.
Estranhamente, a direção de prova não deu bandeira amarela e Rossi conseguia voltar exatamente entre Herta e Newgarden e acabou atrapalhando bastante o piloto da Penske, que perdia contato com o líder da corrida. Alexander até foi aos boxes para reparos, mas já retornava duas voltas atrás.
Passado o tumulto e com todo mundo nos boxes, a corrida chegava na volta 42 com Herta tendo 6s0 de frente para Newgarden, 11s1 para Pagenaud, 12s1 para Harvey e 14s1 para Dixon. Sato, Bourdais, VeeKay, Ericsson e McLaughlin completavam o top-10, com Rahal despencando para 19º.
Herta seguia imprimindo um tremendo ritmo com os pneus duros, os mesmos que Newgarden usava, mas não conseguia acompanhar tão de perto o rival. Dos ponteiros, o primeiro de macios era Sato, que colava de vez em Dixon para tentar um top-5.
Quem fazia uma corrida especial era Ericsson. Saindo do fundo do pelotão, o sueco seguia ganhando terreno, levava a oitava colocação de VeeKay e já colava em Bourdais na busca pelo sétimo posto. O grupo continuava compacto e a corrida interessante, ainda que Herta levasse boa margem para Newgarden na frente.
Enquanto Herta colocava uma volta em cima de Hinch e de Kellett, Ericsson limpava Bourdais da frente. O próximo alvo do sueco era Sato e, com o ritmo do #8, não parecia absurdo pensar que Marcus chegaria em poucas voltas. Restavam 40 para o fim e, teoricamente, mais uma parada para todo mundo.
Enquanto Herta tinha 9s4 de frente para Newgarden, que vinha com 7s8 de vantagem para Pagenaud. A partir do francês, porém, a briga pegava fogo, com Harvey, Dixon, Sato e Ericsson, todos andando muito próximos no fim do stint. O mesmo acontecia na disputa pelo nono lugar de VeeKay, que se arrastava até Grosjean, o 16º.
Hunter-Reay abria a última janela de paradas na volta 64, com VeeKay fazendo o mesmo. Era questão de tempo para que os líderes seguissem o caminho. Sato, Bourdais, McLaughlin, Grosjean e O’Ward faziam o pit-stop final antes de Herta e Newgarden, que novamente paravam juntos, na volta 68. Pagenaud, Harvey e Ericsson acompanharam e Dixon assumia a liderança provisória.
Scott fazia seu último pit-stop, voltava para a pista e lá aparecia Kellett com o carro parado na área de escape. Com 30 voltas para o fim, Herta liderava com 9s4 para Newgarden e 17s1 para Pagenaud. Harvey, Dixon, Sato, Ericsson, Bourdais, McLaughlin e VeeKay vinham completando o top-10.
Aí que Johnson resolvia aparecer de novo e botar emoção na corrida. O #48 rodou e encontrou o muro, quebrando o bico e, mesmo voltando para a pista, causando a entrada do safety-car. Era a chance da prova abrir de novo, com o pelotão sendo reagrupado.
A relargada foi feita na volta 77 e Newgarden embutiu em Herta, começando a desenhar um duelo para os giros derradeiros. Pagenaud buscava acompanhar, enquanto que Harvey já ficava e se descolava da briga. Espantava a total falta de ritmo de O’Ward, que já despencava para 16º.
Foi aí que veio mais uma intervenção do safety-car. O patrocínio da vez era de Jones, que dava uma paulada em Hinchcliffe, atravessava na pista e ainda acabava acertado por O’Ward. Por um milagre, só o #18 da Dale Coyne ficou pelo caminho, ou seja, mais tensão para os minutos finais.
O’Ward, pelo contato com Jones, precisou trocar o bico, estragando ainda mais uma corrida que já era extremamente problemática. O mexicano lutava, então, para não sair do top-20, uma tremenda decepção.
A bandeira verde voltou com 18 voltas para o final, com novamente Herta segurando bem os ataques de Newgarden. Power, em boa reação, saltava de 20º no grid para décimo, superando o companheiro McLaughlin. Pouco depois, lá estava de novo o australiano, passando VeeKay para ser nono.
Herta e Newgarden entravam em um duelo mano a mano, descolando de Pagenaud, mas separados por meros 0s6. Cada um encaixava uma volta rápida em momentos diferentes e, assim, iam mantendo mais ou menos a mesma margem de distância, mas com promessa de emoção total.
A recuperação de Power continuava firme e forte. O australiano passava Bourdais e puxava VeeKay junto, derrubando o francês da Foyt para a décima colocação. Dixon seguia apertando Harvey em busca do quarto lugar, enquanto Ericsson tentava o sexto lugar de Sato.
No fim, Herta foi conseguindo um respiro para cima de Newgarden e teve como controlar a vantagem para vencer sem maiores sustos nos giros finais. Pagenaud fechou o pódio, com as demais posições no top-10 mantidas. A única mudança era com Palou, que tinha problemas e terminava nos boxes, só em 17º.
Indy 2021, GP de St. Pete, Final:
1 | C HERTA | Andretti Honda | 1:51:51.412 | 100 voltas |
2 | J NEWGARDEN | Penske Chevrolet | +2.493 | |
3 | S PAGENAUD | Penske Chevrolet | +6.150 | |
4 | J HARVEY | Meyer Shank Honda | +8.083 | |
5 | S DIXON | Ganassi Honda | +8.950 | |
6 | T SATO | RLL Honda | +11.680 | |
7 | M ERICSSON | Ganassi Honda | +11.939 | |
8 | W POWER | Penske Chevrolet | +13.236 | |
9 | R VEEKAY | Carpenter Chevrolet | +13.719 | |
10 | S BOURDAIS | Foyt Chevrolet | +15.995 | |
11 | S McLAUGHLIN | Penske Chevrolet | +17.593 | |
12 | F ROSENQVIST | McLaren Chevrolet | +18.564 | |
13 | R GROSJEAN | Dale Coyne Honda | +22.728 | |
14 | R HUNTER-REAY | Andretti Honda | +24.128 | |
15 | G RAHAL | RLL Honda | +24.793 | |
16 | C DALY | Carpenter Chevrolet | +48.160 | |
17 | A PALOU | Ganassi Honda | +1 volta | |
18 | J HINCHCLIFFE | Andretti Honda | +1 volta | |
19 | P O’WARD | McLaren Chevrolet | +1 volta | |
20 | E JONES | Dale Coyne Honda | +1 volta | |
21 | A ROSSI | Andretti Honda | +2 voltas | |
22 | J JOHNSON | Ganassi Honda | +5 voltas | |
23 | D KELLETT | Foyt Chevrolet | +33 voltas | NC |
24 | M CHILTON | Carlin Chevrolet | +82 voltas | NC |
25 | D KELLETT | Foyt Chevrolet | +2 voltas |
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