GUIA 2022: Castroneves disputa temporada completa por desafio de título

Helio Castroneves vem de mais uma conquista em Daytona e garante que não quer fazer número em seu retorno nas temporadas completas da Indy. Piloto também elogiou "fera" Simon Pagenaud

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Aos 46 anos, Helio Castroneves vive um dos momentos mais especiais de sua longeva carreira no automobilismo. Em janeiro de 2021, faturou as 24 Horas de Daytona pela Wayne Taylor Racing. Quatro meses depois, se colocou no panteão das lendas de Indianápolis ao vencer a Indy 500 pela quarta vez na carreira, vitória tão importante que ajudou em um objetivo pessoal do brasileiro: voltar a disputar uma temporada completa da categoria, algo que não acontecia desde 2017.

Pela Meyer Shank, participou de mais provas da Indy ao longo de 2021, e foi no time de endurance da equipe que faturou Daytona pela segunda vez. Embalado, ele contou sobre a empolgação por mais uma grande vitória na carreira e a interligação entre os protótipos e os monopostos antes da abertura da Indy 2022, que acontece em São Petersburgo, na Flórida, neste domingo (27).

“Eu sou muito abençoado, minha carreira é repleta de momentos especiais e vencer em Daytona com a Meyer Shank foi um desses. Veja, não me entenda mal, não estou dizendo que não foi maravilhoso vencer pela primeira vez em 2021, com a fantástica equipe do Wayne Taylor. Foi demais. Só que lá, eu era um convidado pontual, mas na MSR é diferente, pois é a minha nova casa. Toda a preparação para a prova foi ótima e já há um formato definido para toda a temporada. Os titulares do programa IMSA da Acura e MSR são o Tom Blomqvist e o Oliver Jarvis. Eu e o Simon Pagenaud, que somos os titulares no programa Indy, vamos participar das provas dos protótipos nas provas longas. Quer dizer, esse grupo andou junto pela primeira vez em Daytona, mas parecia que se conhecia há anos”, comentou em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO.

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Helio Castroneves foi 24º em Laguna Seca (Foto: Indycar)

“Há uma interligação, sim. É a mesma estrutura, a mesma filosofia de trabalho, os mesmos dirigentes da equipe, quer dizer, se a gente for olhar detalhe de acerto e do carro, obviamente que há diferenças, mas se olharmos como um todo, a equipe está no caminho certo. E isso é muito animador”, completou.

Nas provas seguintes que fez pela Meyer Shank em 2021, Helio teve o nono lugar em Nashville como melhor resultado, e posteriormente não alcançou posições melhores que 20º. O brasileiro se vê cada vez mais entrosado com a escuderia, que em franco crescimento, terá dois carros na temporada completa em 2022.

“Tantos as provas disputadas no ano passado, quando os treinos que fizemos até agora, podem ser analisados como positivos de duas maneiras: obviamente que há sempre o acúmulo de informações, refino no acerto, essas coisas. Mas eu diria a você que o mais importante é que tudo isso serviu para melhorar ainda mais o entrosamento da equipe. Você não pode esquecer que na Indy 500 do ano passado foi a primeira corrida que fiz pela equipe. Então, de lá para cá, foram apenas seis corridas minhas com o time da MSR na Indy. Então, visando o entrosamento, pena que a gente não andou mais, mas estou realmente empolgado com nossas chances neste ano, a começar por St. Pete, lugar que amo e tenho me saído bem”, seguiu.

Em 2022, Helio também reedita uma antiga parceria: volta a ser companheiro de equipe de Simon Pagenaud. O brasileiro e o francês estiveram juntos na Penske entre 2015 e 2020. Castroneves elogiou a relação e acredita que Pagenaud tem muito a entregar na Meyer Shank.

Castroneves e Pagenaud juntos novamente (Foto: Indycar)

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“Simon é um grande amigo, antes mesmo da entrada na Penske, a gente já se dava muito bem. Na Penske, obviamente, ficamos mais próximos ainda. Quando o Mike me falou o nome dele, dei todo meu apoio na hora. É bom explicar isso muito bem. O Mike pensou em alguns pilotos e na cabeça dele, acredito, já tinha um favorito. Ele não me mostrou uma lista e pediu minha opinião, negativo. Acho que o favorito desde o início era o Simon, não sei. Só sei que ele me perguntou especificamente do Simon e eu só podia falar a verdade: o cara é fera”, disse.

Quatro vezes vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, Helio é reconhecido como um dos maiores pilotos da Indy a nunca levantar a Astor Cup. E o brasileiro quer riscar o nome desta lista e vê chances realistas de um título acontecer, apesar do desafio.

“Eu não entro na pista para fazer número. Entro para lutar por vitórias e campeonatos. Temos chances para realizar uma temporada muito boa. Os pilotos são experientes, a equipe cresceu muito de Indianapolis para cá, foram contratadas novas pessoas, temos a parceria com a Andretti, que é muito importante etc. Resumindo, realisticamente falando, temos chances de vencer provas e lutar pelo campeonato. É um desafio muito grande, mas acho que estamos no caminho certo”, seguiu.

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