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Bump Day é um dos momentos mais esperados das 500 Milhas de Indianápolis e, consequentemente, da temporada da
Indy. Mas a edição 2019 promete ainda mais. Com nada menos que 36 inscritos para a maior prova do calendário, três pilotos vão ficar de fora, um a mais que em 2018, quando o Bump Day voltou.
E aí entra um fator importante de 2019: ao menos nos treinos livres, o equilíbrio tem prevalecido, tanto entre equipes quanto entre montadoras. Dos 36, apenas um nome parece certo na lista dos 'bumpados': Ben Hanley, da capenga DragonSpeed.
O inglês nem é um piloto ruim, sequer tem andado tão atrás assim nas atividades, mas é o único que não consegue deixar a rabeira de jeito nenhum e, em todas as provas anteriores do ano, fechou voltas atrás dos líderes, tomou segundos na classificação. É interessante ver um time do WEC buscar a Indy, mas a DragonSpeed parece ter subestimado a categoria e a Indy 500, dificilmente conseguirá participar da prova.
Pippa Mann corre riscos no Bump Day (Foto: IndyCar)
Seguindo na lista, outros dois nomes seriam favoritos naturais à eliminação no início da semana: Pippa Mann e Kyle Kaiser. Só que ambos estão andando melhor que o esperado nos treinos livres, especialmente Kaiser, que até perto o top-10 tem ficado.
No caso de Pippa, a eliminação em 2018 com a Dale Coyne joga contra, além do ponto principal: correr pela Clauson-Marshall, uma equipe sem a menor tradição nas pistas e que não fechou parceria com ninguém. Para Kaiser, pesa muito o fato da Juncos não ser um time fixo do grid e, principalmente, de estar com um
carro inteiramente sem patrocinadores.
Considerando que só uma zebra do tamanho da que aconteceu com James Hinchcliffe em 2018 possa eliminar um dos titulares, os demais favoritos a não classificarem para a Indy 500 são os que não estão no restante do ano, mas tentam a vaga na Indy 500. Só que entre Conor Daly, Oriol Servià, Sage Karam, James Davison, JR Hildebrand, Jordan King, Helio Castroneves e Fernando Alonso é preciso separar alguns.
Jordan King pode ser eliminado (Foto: Indycar)
Castroneves, por exemplo, é uma lenda de Indianápolis, não corre o menor risco. Daly, Servià, Davison, Karam e Hildebrand também estão sempre lá – e andando forte -, devem ser desconsiderados. Sobram, então, King e Alonso.
O primeiro vem mostrando bastante evolução na F2 em 2019, mas sua experiência em oval é basicamente nula. Os resultados nos treinos livres também não são lá grandes coisas, ainda que a RLL seja uma das equipes mais fortes do grid.
No caso do espanhol,
a preocupação deve, sim, existir. A McLaren não tem experiência recente em Indianápolis andando sozinha e, bem diferente do que foi em 2017, com a Andretti, a parceira da vez é a modestíssima Carlin, quase que igualmente inexperiente. Corre riscos.
No mais, qualquer previsão pode ir por água abaixo em caso de acidentes e, só para não deixar de citar titulares ameaçados, é bom que Max Chilton e Pato O'Ward, da Carlin, Marcus Ericsson, da Schmidt Peterson, e Santino Ferrucci, da Dale Coyne, estejam bem ligados no sábado e no domingo.