Mesmo longe de Montoya, matemática mantém Castroneves, Power e Newgarden na briga pelo título da Indy em 2015

A situação de Will Power, Helio Castroneves e Josef Newgarden na disputa pelo título é muito complicada. Mas, numa visão mais copo cheio, os três seguem na briga pelo título da Indy, ainda que matematicamente

A temporada da Indy chega ao final neste final de semana com a corrida de Sonoma, na Califórnia, que oferece pontuação dobrada aos competidores. Sob essas condições, seis deles ainda têm chances de título. As de Juan Pablo Montoya, Graham Rahal e Scott Dixon são boas, mas as de Will Power, Helio Castroneves e Josef Newgarden esbarram no puramente matemático, basicamente.

São 61, 77 e 87 pontos, respectivamente, que os três distam do líder Montoya, que tem 500 tentos. Como uma vitória em Sonoma rende 100 pontos, então quem sabe? O GRANDE PRÊMIO recorda as temporadas de Power, Castroneves e Newgarden até este ponto do ano.

Josef Newgarden está no páreo (Foto: Indycar)

SÃO PETERSBURGO

 
Will Power (51 pontos)

A primeira pole do ano foi do campeão. Seria então o começo de mais uma temporada vencedora? No pouco tempo da corrida de St. Pete em bandeira verde, foi o companheiro Montoya quem impôs um ritmo mais forte. O resultado foi o colombiano vencendo ao fechar o australiano, que ficou no segundo lugar.

 
Helio Castroneves (33 pontos) 

O ano começou com a Penske mandando totalmente. E com os quatro carros da equipe nas quatro primeiras posições de largada, Helio conseguiu pular de terceiro para segundo, na frente de Simon Pagenaud. Numa corrida completamente comprometida por detritos na pista, no entanto, Castroneves acabou na quarta colocação na abertura.

 
Josef Newgarden (18 pontos) 

Para Newgarden, na primeira prova da recém-inaugurada CFH, largar no décimo lugar foi sólido. Por mais de meia prova, Newgarden sustentou um lugar no top-10, mas depois não pôde mais segurar o ímpeto de Marco Andretti e Graham Rahal, que ficaram logo atrás por boa parte do dia.

A largada no NOLA (Foto: IndyCar)
 
Helio Castroneves (74)
 
Castroneves largou em quarto, já que a Penske mostrou uma vez mais que ninguém conseguia ser mais rápido em ritmo de classificação. No entanto, a prova de Helio teve problemas e ele acabou aparentemente fora do páreo. Mas veio a estratégia de parar antes e ir até o final com pneus mais gastos e pouco combustível. Deu certo. Apenas James Hinchcliffe, com a mesma estratégia, ficou na frente.
 
Will Power (70)
 
Power saiu em segundo e vinha forte na pista. Chegou a ameaçar Montoya, mas acabou mesmo pressionado por Pagenaud. Antes que os dois pudessem se decidir por digladiarem, a última rodada de paradas nos boxes acabou embolando tudo. Quem decidiu ir antes, se deu melhor. Os três primeiros caíram para trás, e Power foi sétimo.
 
Josef Newgarden (40)
 
Na faixa que mostrava ser a sua no início da temporada, Josef largou em 12º. Mas as paradas também foram boas para Newgarden. Principalmente a primeira, quando ele saltou para o sétimo lugar. Ainda perdeu posições, mas terminou no nono posto.
Montoya ponteia a fila (Foto: IndyCar)
 
Helio Castroneves (116) 
 
Nas ruas de Long Beach, Castroneves começou o final de semana muito bem. Foi pole e começou a prova dando pinta de que seria ali, nas ruas californianas, que iria vencer a primeira do ano. Não foi o que aconteceu. Nos boxes, a Ganassi trabalhou de forma brilhante e fez Scott Dixon ganhar a ponta. Mais uma segunda colocação para Helio. Nesse momento, Montoya tinha três pontos a mais na liderança do campeonato. 
 
Will Power (80)
 
O australiano se enrolou ao não conseguir fazer melhor que o 18º posto para largar. Saiu no domingo sabendo que precisava escalar, não conseguiu. Seu maior momento da prova foi ignorar a bandeira azul para dar passagem ao companheiro Helio quando era retardatário. Não fez melhor que 20º lugar uma volta atrás da liderança. 
 
Josef Newgarden (66)
 
Em Long Beach, Newgarden fez sua melhor participação do ano, até então, em classificações: foi sexto. Por ali, ficou durante todo o dia, atrás de Penske e Ganassi e brigando com a KV da Sébastien Bourdais. Terminou no sexto lugar.
Josef Newgarden (Foto: IndyCar)
 
Helio Castroneves (133)
 
Mais uma vez, a segunda seguida, Castroneves anotou a pole. E apesar de largar e brigar de forma ferrenha com Newgarden por boa parte da prova, a terceira parada nos boxes viu o carro perder produção. Helio voltou ao pit e perdeu as chances. Acabou indo para trás na classificação e terminando apenas na 15ª posição.
 
Will Power (112)
 
Power saiu em segundo, mas não acompanhou Castroneves e Newgarden na primeira parte da prova. Foi ele próprio quem causou o primeiro pit-stop, quando Power se enrolou com ele mesmo e deu uma pancada em Takuma Sato. Só que ele seguiu na prova, cresceu e atacou. Foi o suficiente para garantir o quarto posto.
 
Josef Newgarden (119)
 
A melhor corrida de Newgarden na Indy, simples assim. A largada no quinto lugar era promissora, ainda mais depois de liderar o warm-up em Birmingham. Largou pulando para o segundo lugar e caçando Helio. Tomou a ponta, perdeu, mas se manteve ali até Castroneves perder ritmo. Aí abriu e venceu.
Pit-stop de Will Power (Foto: Beto Issa)
 
Will Power (166)
 
Da pole à marcha na corrida, em nenhum momento pareceu que Power perderia o GP de Indianápolis. O fim de semana foi dele por completo. Na prova, bastou segurar o ímpeto de Pagenaud e Rahal em diferentes momentos, nada muito sério, para voltar a brigar nas cabeças.
 
Helio Castroneves (161)
 
Na corrida 300 de sua carreira na Indy, Castroneves largou no terceiro lugar, mas teve a prova atrapalhada logo na saída, com um toque envolvendo ele e Dixon. Com um bom carro e tentando estratégia diferente, conseguiu retornar ao top-10 e encerrar a prova no sexto lugar.
 
Josef Newgarden (129)
 
Assim como com Helio, a largada também foi cruel com Newgarden, que saía do 12º lugar. Ele se atrapalhou no carro virado de Dixon e aí acabou se envolvendo numa batida com Justin Wilson e Charlie Kimball. Daí em diante, não teve muito a fazer e terminou em 20º. 
Simon Pagenaud durante as 500 Milhas de Indianápolis 2015 (Foto: Beto Issa)
 
Will Power (247)
 
Ainda não foi em 2015 que Will conquistou as 500 Milhas de Indianápolis. Depois de dominar por completo na parte mista do IMS, Power largou na segunda colocação. Na reta final da Indy 500, teve uma batalha monumental com Dixon e Montoya, mas o colombiano levou a melhor. Com o segundo lugar, o australiano disse uma das melhores frases do ano. "Em qualquer outro lugar, eu estaria feliz. Aqui é uma droga."
 
Helio Castroneves (206)
 
Já três vezes vencedor da Indy 500, a participação de Helio na edição 99 da prova foi mediana. Ele largou em quinto, nunca realmente deixou o top-10 e terminou no sétimo lugar. No caminho, boas disputas com Montoya, Kanaan e Kimball.
 
Josef Newgarden (173)
 
Newgarden, por sua vez, largou em nono e assim terminou a corrida. Foi sua melhor participação em Indy 500 e que o deixou na sexta colocação do campeonato.
Castroneves (Foto: AP)
DETROIT (1 e 2)
 
Will Power (294)
 
No final de semana das duas corridas em Belle Isle, Power saiu todo feliz por ter quebrado o recorde da pista na classificação, mas a chuva caiu e fez com que a corrida fosse interrompida. Vitória de Carlos Muñoz, e Power em quarto. Para a segunda prova, largou bem de novo, em segundo. Mas problemas comprometeram uma participação que seria encerrada num enrosco com Tristan Vautier e Castroneves.
 
Helio Castroneves (245)
 
Helio largou em segundo na primeira prova, mas as condições de chuva e paralisação acabaram mandando-o para o sexto lugar. Largava em terceiro na prova 2, mas dificuldades de desempenho no começo, problemas de estratégia depois e a batida que sofreu de Power acabaram com sua participação.
 
Josef Newgarden (206)
 
O piloto CFH mais uma vez não perdeu ou ganhou em relação a sua largada na primeira prova em Detroit. Para a prova do domingo, largou em sexto e vinha forte. Chegou a ser terceiro, mas perdeu força e depois perdeu o carro por completo. Foi quando tirou os pneus de chuva para colocar os slick, mas assim que voltou à pista acabou batendo no muro e abandonando.
Momento da largada no Texas (Foto: IndyCar)
 
Will Power (313)
 
Power fez a pole-position, mas simplesmente não tinha o ritmo de corrida necessário. Seu dia em Fort Worth foi ficar para trás, o que ele fez com perfeição. Terminou a corrida em 13º lugar, três voltas atrás do vencedor, Dixon. O mais incrível foi que ele fez a volta mais rápida.
 
Helio Castroneves (286)
 
Para Helio, no entanto, foi um bom dia. Largou em terceiro e por lá ficou após 248 voltas. Foi um pódio de dois brasileiros, já que Kanaan terminou em segundo. A diferença dele para Montoya neste momento era de 62 pontos.
 
Josef Newgarden (215)
 
Também não foi muito longe. Largou no 14º posto, mas o dia estava miserável para a CFH. Duas falhas mecânicas fizeram com que os dois carros da equipe, de Newgarden e Ed Carpenter, abandonassem a prova com a diferença de mais ou menos um minuto.
O pódio dominado pela CFH em Toronto (Foto: IndyCar)
 
Will Power (347)
 
Como automático na temporada, a Penske dominou na classificação. Foi Power quem comandou uma trinca do time de Roger, mas na prova a história foi diferente. O desempenho brilhante das CFH fez com que as Penske tivessem que se contentar com posições abaixo do top-2. Power foi quarto.
 
Helio Castroneves (322)
 
Neste panorama, então, melhor para Catroneves, que foi o terceiro. Ele não largou bem, em sétimo, mas terminou o melhor das Penske. Bom para a CFH.
 
Josef Newgarden (266)
 
Quem contava que uma equipe novata faria o que fez a CFH em Toronto? Luca Fillipi andava na frente desde sempre e Newgarden deu uma certa sorte com o momento de uma das bandeiras amarelas, que veio logo após ele sair dos boxes. O ritmo se manteve após isso e a briga com Muñoz. No fim das contas, deu a segunda vitória dele na Indy.
Takuma Sato e Will Power bateram e saíram da disputa (Foto: AP/Will Lester)
 
Will Power (361)
 
Não se tratou de um final de semana brilhante para Power. Conseguindo largar apenas no oitavo lugar, o australiano até vinha no top-10, mas acabou acertado por Sato em seu melhor estilo e abandonou. 
 
Helio Castroneves (330)
 
Para Castroneves, também não foi um dia de sorte. O brasileiro até largara bem, no segundo lugar, mas uma fechada de Rahal ainda na primeira metade da corrida o fez tocar Briscoe e ter a prova comprometida por completo. 
 
Josef Newgarden (277)
 
Depois da vitória no Canadá, Newgarden também não foi longe em Fontana. E o culpado foi precisamente o companheiro – e chefe – Carpenter, que acabou o atingindo em cheio.
Power em Milwaukee com sua Penske (Foto: IndyCar)
 
Helio Castroneves (370)
 
Começou muito ruim para Helio, que nem conseguiu fazer o treino de classificação e largou em último. Aos poucos, Castroneves escalou o pelotão, de forma a, mesmo na surdina, conseguir terminar em segundo, segurando o ataque de Rahal.
 
Will Power (369)
 
A corrida em Wisconsin foi mais uma que não era para Power. 14º na classificação, ele acabou acertado por um Ryan Briscoe que rodou sozinho e o fez de vítima para fim de corrida em Wisconsin.
 
Josef Newgarden (309)
 
Tudo parecia flores para Josef, que fez a pole no sábado. Na corrida, se não tinha o melhor dos ritmos em comparação a Penske, Ganassi e KV, ainda assim o #67 segurou mais um bom lugar, agora o quinto.
O anoitecer em Iowa garantiu um belo visual para a Indy (Foto: AP)
 
Helio Castroneves (391)
 
A Penske sofre em Iowa. E apesar de a pole de Helio ter dado uma boa impressão, o fim das contas voltou a evidenciar que não é lá a terra da esperança da equipe. O paulista liderava até a volta 160, mas aí o rendimento foi-se embora e sobrou um amargo 11º lugar.
 
Will Power (390)
 
Assim como Castroneves, Power também se viu em meio às dificuldades de sua equipe no local. Largou em sexto, foi, sem qualquer brilho, décimo, seguindo a sequência difícil que vivia no ano.
 
Josef Newgarden (352)
 
Quase foi tudo perfeito para Newgarden. O ritmo, a tocada, a situação. A única coisa que ficou entre ele e a vitória em Iowa foi a história de domínio da Andretti por lá. Ryan Hunter-Reay apareceu no fim, venceu a batalha entre os dois e ficou com a vitória. Nada mal, o segundo posto para Josef.
Castroneves no GP de Mid-Ohio da Indy (Foto: IndyCar)
 
Helio Castroneves (407)
 
Sair em quarto poderia ter sido promissor, mas a promessa não se realizou. Castroneves foi 15º. O ritmo simplesmente nunca esteve lá, e o campeonato ficou mais longe. 
 
Will Power (406)
 
A situação de Power foi um espelho da de Helio. Largando em segundo, o atual campeão nunca encontrou um caminho para prosperar em Lexington. Resultado: terminou na 14ª colocação.
 
Josef Newgarden (370)
 
O dia também era ruim para a CFH. Com Fillipi tomando volta, foi impressionante ver Newgarden mais uma vez indo muito à frente do que seu carro lhe dava. Foi 13º, à frente de Power e Castroneves.
Sete colunas (Foto: Reprodução/Twitter)
 
Will Power (439)
 
Power encerrou a trinca da Penske na classificação e não poderia reclamar do que fez na corrida em condições normais. O quarto lugar seria uma boa soma de pontos em um dia qualquer, mas ficar atrás de Montoya praticamente acabou com as chances do australiano, mesmo que Sonoma apresente uma pontuação dobrada. 
 
Helio Castroneves (423)
 
Pole em Pocono, o fim começou OK, mas terminou no muro. Com sete pilotos se colocando um ao lado do outro, alguém se daria mal na sequência. E foi o brasileiro, que viu suas chances de título quase que evaporarem.
 
Josef Newgarden (413)
 
O americano não pode reclamar. Ele fez em Pocono mais um de seus finais de semana afiados, largando em quarto e terminando de novo na segunda colocação, atrás apenas de Hunter-Reay. Para quem entrou no campeonato numa equipe novata, chegar à corrida final com chances matemáticas de conquista já é uma vitória.
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