Grosjean brilha, mas falha em dia sem caos da Indy e adia primeira vitória

Romain Grosjean fez quase tudo certo no GP do Alabama. O problema é que, em dias onde o caos não aparece na Indy, ser praticamente perfeito é quase uma obrigação para vencer

Romain Grosjean brilhou neste domingo (30). Ele saiu da pole, fez uma grande largada, se defendeu bem das tentativas iniciais de Álex Palou e Pato O’Ward. Estava na estratégia de duas paradas, a mesma que rendeu vitórias para outros pilotos nos anos anteriores. Se manteve tranquilo na bandeira amarela, e mesmo quando saiu atrás de Scott McLaughlin após o último pit-stop, teve calma para colocar uma bela ultrapassagem sobre o rival neozelandês e retomar a ponta do GP do Alabama.

O problema é que a Indy pune alguns erros. Grosjean cometeu um erro e passou perto da grama na curva 8 da volta 72, dando a liderança de volta para McLaughlin. Sem mais push-to-pass para tentar buscar a ponta novamente, precisou se contentar com o segundo lugar e ainda se defender de Will Power nas voltas finais.

Ao mesmo tempo em que a Indy dá muitas chances, é preciso ser praticamente cristalino em corridas como hoje. Barber não chama tanta atenção pelo elemento caótico. A corrida teve apenas uma intervenção de bandeira amarela, por conta da quebra de Sting Ray Robb. E em dias como esse, a estratégia e o braço são o que diferenciam os vencedores do resto do grid.

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Scott McLaughlin venceu o GP do Alabama neste domingo (30) (Foto: Indy)

Como McLaughlin não tem nada a ver com os dramas e o jejum de Grosjean, saiu com uma vitória muito merecida, a quarta na Indy. Esteve entre os ponteiros desde o início da prova e contou com um excelente acerto estratégico da Penske ao parar três vezes, indo na direção contrária dos últimos anos, quando Palou e O’Ward faturaram vitórias com dois pit-stops.

“Eu chamo isso de estratégia de piloto feliz. Fiquei muito feliz fazendo isso. Minha equipe me colocou em condições de vitória, tivemos uma ótima quantidade de combustível e para passar Grosjean foi preciso de um pouco de estratégia e sim, me sinto muito bem com isso. Muito feliz por avançar para a vitória, fico muito animado com isso”, comemorou.

Scott, inclusive, já ultrapassou Josef Newgarden na classificação e está a apenas 11 pontos de Marcus Ericsson na briga pela liderança. Enquanto o companheiro americano segue com os mesmos demônios da inconsistência dos anos anteriores, McLaughlin apresenta uma regularidade maior, e que poderia até ter resultado em liderança caso não fosse o acidente com Grosjean em St. Pete.

Na briga por título, O’Ward se reabilitou com o quarto lugar. Provavelmente não é o desejado para quem vem de vitória no ano anterior, mas é uma boa resposta após o erro em Long Beach e o ajuda a entrar em maio perto de Marcus Ericsson. Quem também faz temporada bem equilibrada apesar de ainda não ter vencido é Álex Palou, no quinto lugar. Se a Indy está com times grandes se distanciando cada vez mais dos pequenos, ao menos a briga do título já conta com 8 bons candidatos.

Agora, é a vez de maio. O início de uma maratona que terminará com alguém colocando o nome na história quando subir ao Victory Lane no dia 28 de maio. Mesmo em um dia mais morno, a Indy vai aquecendo cada vez mais em outro ano que promete equilíbrio.

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