Grosjean revela que recusaria proposta para voltar à Haas: “Estou muito feliz na Indy”
Piloto francês afirmou que, caso recebesse ligação para substituir Nikita Mazepin na Fórmula 1, teria dito não. Grosjean também comentou a escolha da equipe em optar por Kevin Magnussen para a posição
Caso fosse chamado pela Haas para retornar à Fórmula 1, Romain Grosjean recusaria o convite. Quem garante isso é o próprio piloto, que se disse “muito feliz” na Indy. Em 2021, o francês foi um dos grandes destaques da categoria americana de monopostos e, pela modesta Dale Coyne, conquistou três pódios e uma pole-position. Neste ano, o veterano de 35 anos terá a oportunidade de competir pela Andretti, uma das equipes mais fortes e tradicionais da Indy.
“Muitas pessoas me perguntaram se eu retornaria (à F1). Eu não voltaria. Estou muito feliz nos Estados Unidos e na Indy, animado por correr e ter uma chance de vitória a cada fim de semana. Tive uma carreira incrível na Fórmula 1, é uma parte gigantesca da minha vida, mas agora eu estou no meu próximo capítulo, que é sobre vencer corridas e tentar conquistar campeonatos”, revelou Grosjean. “Então eu não teria respondido positivamente à ligação (da Haas)”, completou.
Relacionadas
GUIA FÓRMULA 1 2022
# Fórmula 1 vive temporada de revolução e torce por reedição de batalha épica
# Caçador experiente, campeão Verstappen passa a ser maior das caças da F1
# Desafiante e mordido, Hamilton vai atrás de melhor versão em revanche na F1
# Novo regulamento vira prato cheio para chance de ouro de veteranos do grid da F1

O francês ficou na equipe americana de Fórmula 1 de 2016 a 2020. Sua última corrida na categoria foi aquele fatídico GP do Bahrein, quando Grosjean colidiu a Haas contra o guard-rail após a curva 3 do circuito de Sakhir. O carro do piloto foi partido em dois e imediatamente pegou fogo. Romain, que foi salvo de uma decapitação pelo Halo, permaneceu 28 segundos sob o fogo até sair pelas próprias forças e ser ajudado pelos fiscais de pista, tendo queimaduras graves nas mãos como consequência do acidente.
Justamente pela longa parceria com Kevin Magnussen na Haas, Grosjean se disse muito feliz pelo amigo – que foi o escolhido para substituir Nikita Mazepin – e aproveitou para analisar a saída do piloto russo e da Uralkali, empresa russa de fertilizantes que patrocinava o time da Fórmula 1. “Acho que é incrível, estou muito feliz por Kevin. Ele é um cara sensacional. Nós nem sempre nos entendíamos, tínhamos visões diferentes sobre corrida e por vezes tocamos rodas nas pistas”, contou o francês.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
“A Haas estava em uma situação que, com tudo o que está acontecendo no mundo, diferentes decisões estavam sendo tomadas e eles optaram por interromper a parceria com a Uralkali. Acho que a razão pela qual Mazepin estava correndo na Haas era porque ele estava trazendo um patrocínio enorme ao time”, analisou.
Por fim, Grosjean voltou a rasgar elogios a Magnussen e externou sua torcida para que a Haas seja competitiva em 2022 – mesmo com o francês não acreditando muito em tal hipótese. “Para Mick (Schumacher), ele vai ter um companheiro de equipe que tem muita experiência na Fórmula 1, um cara muito rápido”, disse Romain, que terminou na quinta colocação em St. Pete, primeira corrida da Indy no ano. “A força de Kevin é que ele consegue dirigir o carro em qualquer estado. Não precisa estar tudo perfeito para ele conseguir ser rápido, ele vai lidar com o carro do jeito que estiver”, completou.
“Espero que a Haas dê para ele um carro competitivo. Tenho minhas preocupações quanto a isso, mas quem sabe, espero estar enganado. Torço para que Kevin consiga ter algumas batalhas no pelotão da frente”, finalizou o piloto francês.

