Dixon valoriza recuperação, mas diz que “poderia ter vencido” em Road America

Scott Dixon fez uma grande corrida de recuperação neste domingo (18), no GP de Elkhart Lake da Indy, em Road America. O piloto neozelandês foi mal na classificação e teve de largar da 23ª colocação, mas o bom ritmo aliado a uma assertiva estratégia de pit-stops, principalmente com as várias bandeiras amarelas, alçou o dono do carro #9 para a briga pelo pódio.

Em entrevista à emissora americana NBC, Dixon valorizou o resultado, ainda que tenha perdido o terceiro lugar para Pato O’Ward. O veterano comentou sobre as dificuldades da pista e o desafio de ter ultrapassado quase todo o pelotão na corrida.

“Poderíamos ter vencido. Ficamos apenas a um lugar de distância do pódio, o que também teria sido bom, então méritos para a equipe do carro #9. Certamente, foi um dia em que era necessário ter dirigibilidade e cuidar dos pneus, além de administrar o consumo de combustível. Ficou um pouco complicado lá atrás algumas vezes e a estratégia de pit-stops seguiu mais ou menos como deveria”, avaliou Dixon.

“Acho que teria nos ajudado muito se eles [direção de prova] não tivessem esperado pelo acidente do [Romain] Grosjean, eles continuam fazendo isso, acredito que teria nos beneficiado muito mais. Mas parabéns para o [Álex] Palou, ele está tendo um campeonato incrível no momento e, definitivamente, está liderando bem. Agora é hora de trabalhar e ver se conseguimos reduzir esta diferença, mas parabéns à equipe por hoje”, completou.

A recuperação de Dixon se tornou ainda mais árdua por conta do novo asfalto do circuito em Road America. Muitos pilotos, ao longo do fim de semana, reclamaram da “pista macia”, que dificulta as ultrapassagens — o brasileiro Hélio Castroneves foi um dos que apontou como obstáculo. O neozelandês também comentou sobre o assunto, mas disse que aprovou a repavimentação.

“Trouxe um tempero extra [o novo asfalto de Road America], especialmente fora da linha ideal, que estava um pouco difícil [de pilotar]. Mesmo mais tarde na corrida, quando era preciso fazer algumas manobras arriscadas, demorava duas ou três curvas para limpar [os pneus] e voltar a acelerar. Mas também foi benéfico para mim quando alguém que estava à frente saía da pista”, relatou Dixon.

“Acho que fizeram um ótimo trabalho aqui. É bom ter novamente uma alta aderência em uma pista da Indy. Muitos dos outros circuitos em que competimos têm uma aderência bastante baixa para nós. Mas, sim, os pneus foram surpreendentemente bons. Muitas pessoas estavam preocupadas com o desempenho dos pneus vermelhos, mas eles se saíram muito bem, então foi bom”, ainda comentou.

Por fim, o dono do carro #9 falou sobre a tentativa de alcançar Pato O’Ward pela terceira colocação. No GP de Long Beach, em abril, ambos brigaram por posição e o desfecho foi ruim para o neozelandês, que recebeu um toque do mexicano e acertou a barreira de pneus. Neste domingo, o hexacampeão da Indy foi novamente derrotado, mas dessa vez o duelo ficou no quase.

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“Esse dia chegará [de duelar novamente com O’Ward]. Veremos, mas acho que há um momento e um lugar para isso. Estávamos tentando nos aproximar, ele tinha mais velocidade do que nós e é o que é. Em sua maior parte, tentamos correr o mais limpo possível, dependendo das circunstâncias”, afirmou.

Com o resultado no GP de Elkhart Lake, Dixon subiu para a quarta posição no campeonato com 226 pontos, atrás apenas de Palou, Marcus Ericsson e O’Ward. A distância para o espanhol, que é o líder, é de 98 tentos.

A Indy retorna em duas semanas com mais uma corrida em circuito misto: a tradicional etapa de Mid-Ohio, que acontece no dia 2 de julho, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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