Show no Alabama comprova: O’Ward tem de ser da Indy e de mais ninguém

Por que alimentar um sonho pouco provável de uma categoria que sequer liga para sua existência? Pato O'Ward voltou a dar show na Indy, o lugar onde deve sempre estar

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Quando Patricio O’Ward se classificou em segundo para o GP do Alabama, atrás apenas de Rinus VeeKay, foi alertado sobre como seu desempenho voltou para a direção correta justamente quando o imbróglio contratual com a McLaren ficou para trás. Em Barber, o mexicano teve uma performance segura, forte e que comprova: Pato é da Indy e de mais lugar nenhum.

O’Ward era o favorito em Barber pelo carro, pelo seu nível técnico e pelo que vinha andando no fim de semana. Não precisou se desesperar com VeeKay, que largou bem e fez um trabalho bastante competente de cara para o vento, mas com um adendo: nunca abriu mais do que 2s5 para Pato enquanto esteve na liderança.

Próximo do holandês, bastou um pequeno vacilo do adversário na saída dos boxes para a ultrapassagem decisiva, que rendeu a vitória no Alabama. Nem o forte ritmo de Álex Palou na reta final foi suficiente para ameaçar a terceira vitória de Pato na carreira, e um triunfo que vem em momento importante de sua carreira, perto de finalizar um vínculo de extensão com o time que lhe deu a mão depois de uma frustrada passagem pelo programa da Red Bull, em 2019.

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Pato O’Ward comemora vitória no Alabama (Foto: McLaren)

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“Eu sabia que se fosse ter uma oportunidade seria naquela hora e naquele lugar. Então eu usei o meu botão [de ultrapassagem] e passei ele na [curva] 5. Sabia que de cara para o vento poderíamos controlar bem a corrida, e assim que fizemos isso foi só chegar na Victory Lane”, comentou.

Correr na Fórmula 1 é, de fato, o grande sonho de qualquer piloto. E é completamente compreensível que Pato tenha alimentado isso depois da aparição no teste de novatos em Abu Dhabi, mas suas chances de aparecer na McLaren são baixas, e não por sua culpa. A responsabilidade de ter portas fechadas é do circo da F1 que não olha para fora de sua própria bolha.

Mesmo que seja um piloto McLaren, Pato não tem espaço em um time com Lando Norris e Daniel Ricciardo, e tem menos espaço ainda se pensarmos que, em caso de troca, estaria atrás de qualquer outro piloto do próprio grid que queira dar um salto, como o caso de Pierre Gasly ou Esteban Ocon, nomes que devem ser buscados por times maiores no futuro.

Em vez de alimentar 5% de um sonho de uma categoria que não está nem aí para sua existência, Pato tem um potencial gigantesco na Indy, e provou isso pelo fim de semana absolutamente impecável. Mesmo que a McLaren não possa te dar um carro campeão no momento, é certamente um nome que Penske ou Ganassi adorariam ter.

No campeonato atual, são apenas 30 pontos de diferença para o líder Palou, mesmo tendo um início tortuoso em meio às críticas feitas para a McLaren pela assinatura de Colton Herta como piloto de desenvolvimento. Sonhar com o título da Indy não está tão longe, e maio está logo aí para separar os homens dos meninos neste campeonato.

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