Acionista majoritário da RNF promete levar Dorna à justiça: “Compensação pelos danos”
Em nota assinada por Ovidiu Toma, a CryptoDATA acusa a Dorna de vetar a participação da RNF na MotoGP em 2024 para poder dar a vaga para uma equipe norte-americana. Empresário romeno afirma ter recusado uma oferta de compra da equipe que achou que fosse “piada”
O imbróglio envolvendo a saída da RNF da MotoGP não tem nada para acabar. Acionista majoritária da equipe, a CryptoDATA anunciou que pretende recorrer à justiça em busca de uma “substancial de compensação pelos danos ao nosso negócio e reputação”.
Na segunda-feira, a Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, anunciou o veto à participação da RNF na temporada 2024, alegando “repetidas infrações e violações do Acordo de Participação”. No fim de semana, Razlan Razali, que tem 40% das ações da equipe tinha anunciado a saída da chefia do time em meio a rumores de que a RNF não vinha honrando compromissos há meses, o que foi negado em um comunicado à imprensa.
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Na esteira do anúncio da Dorna, a CryptoDATA reagiu, prometendo levar o caso a justiça. A equipe alega que a promotora barrou a participação em 2024 para poder dar o lugar a uma equipe norte-americana.
“Nossa equipe, a CryptoDATA RNF, está lidado uma com uma situação paradoxal, que parece ter surgido de um filme de comédia, mas com efeitos mais sérios. A proposta feita a nós pela Dorna, organizador da MotoGP, é digna de um roteiro de Hollywood: vender todo o time por uma barganha. Pensamos em pedir a eles um autógrafo, para nos lembrar de uma oferta tão ‘generosa’”, disse Ovidiu Toma, diretor-executivo da CryptoDATA, em nota. “A história começou em 2023, quando a Dorna prometeu a uma equipe americana uma vaga no campeonato, possivelmente a 12ª, que, surpresa, estava vaga. Já conseguimos imaginar as discussões no escritório da Dorna: ‘Vamos dar aos americanos um 12º lugar ou a CryptoDATA. O que poderia dar errado? Bom, muita coisa. Depois de rejeitar a KTM sob a alegação que a 12ª vaga estava ‘reservada para uma fábrica’, eles perceberam que não poderiam oferecer nosso lugar sem nosso consentimento. Aí eles vieram com uma oferta de compra bastante baixa. Achei que fosse piada. Recusei educadamente, mas a pressão não parou”, seguiu.

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“Agora, parece que a Dorna nos quer fora do campeonato de 2024, com razões tão criativas que dava para escrever um romance. Apesar do contrato em vigor até 2026, parece que o slogan deles é ‘meu campeonato, minhas regras não escritas… as que estão em contrato não importam’”, disparou. “Não estamos apenas desapontados. Estamos prontos para lutar. Depois de um mês de uma intensiva documentação e preparação para tal situação, vamos procurar a justiça com um pedido substancial de compensação pelos danos ao nosso negócio e reputação, e pela limitação da participação no campeonato”, anunciou.
“Encerramos esse comunicado com uma mensagem para a Dorna: até mesmo no esporte a motor, onde a velocidade é a essência, ética e legalidade não devem ser substituídas. Estamos ansiosos para vê-los no tribunal com a mesma paixão que nos encontramos na pista. Aliás, fique ligado, pois em breve vamos publicar os picantes e orquestrados bastidores do show que os fãs assistem na TV”, encerrou.

