Ogura conquista merecido título da Moto2 e recoloca Japão no caminho das glórias
Ai Ogura quebrou um amargo jejum de mais de uma década sem títulos do Japão no Mundial de Motovelocidade e conquistou a Moto2 em 2024. Agora, vai para a MotoGP com uma merecida promoção e um peso nas costas para recolocar de vez o país asiático no caminho dos triunfos
Demorou, mas chegou. Após um longo jejum, o Japão tem novamente um campeão no Mundial de Motovelocidade. Aos 23 anos, Ai Ogura foi o nome responsável por devolver o tradicional país no esporte a motor ao topo de um campeonato, ao terminar o GP da Tailândia na segunda posição e abrir pontos suficientes para ser coroado por antecipação.
Em sua quarta temporada na Moto2, Ogura já tinha passado pela Moto3 com relativo sucesso, inclusive terminando o campeonato de 2020 na terceira colocação, mas sem qualquer vitória. O topo do pódio só foi conhecido pela primeira vez em 2022, na Espanha, já na categoria do meio da escada rumo ao estrelato. Naquele mesmo ano, perdeu o campeonato para Augusto Fernández em duelo que durou até as últimas etapas.
E ainda que não tenha virado um grande dominador na classe intermediária, foi a consistência que coroou o título do japonês em 2024, em seu primeiro ano com uma moto Boscoscuro, da equipe MSi. Foram três vitórias até a etapa da Austrália, além de outros quatro pódios e uma única pole-position.
Nem mesmo a ausência na Áustria por lesão atrapalhou o plano, aproveitando a falta de aproveitamento dos principais rivais. Mais do que isso, foi apenas um tropeço antes de ser coroado com três etapas até o fim do campeonato.

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É bem verdade que Ogura se torna apenas o sétimo piloto campeão do Mundial de Motovelocidade, ao lado de Haruchita Aoki, Kazuto Sakata, Takazumi Katayama, Tetsuya Harada, Daijiro Kato, Hiroshi Aoyama, mas a última vez que o país alcançou sucesso foi em 2009, nas 250cc. Desde então, até mesmo a disputa mudou de nome e virou Moto2, a mesma conquistada em 2024.
Mesmo assim, o país asiático possui toda uma tradição pela formação de pilotos e coloca grandes montadoras nos grids do Mundial, como Honda e Yamaha atualmente, além das já debandadas Suzuki e Kawasaki. Por isso, a quebra do jejum de Ogura é tão importante e ainda vem acompanhada de uma merecida promoção para a MotoGP em 2025.
No próximo ano, o jovem japonês vai correr na Trackhouse, com uma moto Aprilia, e terá a oportunidade de mostrar que o processo de evolução na Moto2 pode se cumprir na MotoGP. Ou ainda mais: quebrar um amargo jejum de vitórias do Japão desde 2004, quando Makoto Tamada levou a melhor no Rio de Janeiro e correndo em casa.
A MotoGP volta a acelerar neste domingo (20), a partir de 0h (de Brasília), com o GP da Austrália, em Phillip Island, 16ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

