Chefe da KTM vê gasto infrutífero com aerodinâmica na MotoGP e justifica: “O show seguiria o mesmo”

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Chefe da KTM, Mike Leitner considera que a MotoGP não deveria insistir em investir em aerodinâmica. O dirigente considera que investimento não impacta o espetáculo e tampouco beneficia os pilotos.

 

Nas últimas semanas, a aerodinâmica voltou à moda na MotoGP por conta de um protesto de Aprilia, Suzuki, KTM e Honda contra um defletor usado pela Ducati no GP do Catar. A FIM (Federação Internacional de Motociclismo), no entanto, considerou que a peça desenvolvida em Borgo Panigale não descumpre o regulamento técnico da categoria.

Falando ao site italiano ‘GPOne’, Leitner disse que a KTM não vê vantagens em se aprofundar no desenvolvimento da aerodinâmica, mas avaliou que a decisão da FIM no caso da Ducati abre uma série de possibilidades.

 

“Tinham muitas questões no ar em Doha, já que quatro das seis fábricas da MotoGP fizeram um protesto contra a Ducati”, disse Leitner ao site italiano ‘GPOne’. “Agora nós temos uma decisão que nos diz que caminho seguir. E, uma vez que uma coisa está clara, abre um livro todo”, seguiu.

 

“Quero ser claro, nós trabalhamos duro na KTM para restringir a importância da aerodinâmica na MotoGP. Não vemos o benefício dessa pesquisa no nosso esporte”, apontou. “Muito dinheiro seria gasto, mas o show seguiria o mesmo. E também não tem nenhuma vantagem real para os pilotos”, frisou.

 

O dirigente admitiu que a aerodinâmica ajuda em algumas situações, mas insistiu que se trata de um investimento desnecessário.

 

“A MotoGP é um esporte no qual os pilotos podem mostrar suas habilidades. Claro, a aerodinâmica pode ajudar em algumas situações. Mas, com todas essas ajudas, spoilers, anti-wheelie e eletrônica, o nível foi uniformizado. Claro, se eles querem ir nessa direção, ok, vamos agir e fazer isso, mas não é nosso jeito de ver esse esporte”, completou.