Chefe explica rebaixamento de Álex Márquez: “Honda não é o melhor lugar para começar”

Chefe da Honda, Alberto Puig defendeu a decisão de rebaixar Álex Márquez para a LCR na temporada 2021 da MotoGP. O #73 vai estrear na classe rainha neste ano ao lado do irmão Marc Márquez

Horas após anunciar a contratação de Pol Espargaró para formar dupla com Marc Márquez a partir de 2021 e a mudança de Álex Márquez para a LCR no próximo ano, a Honda tratou de dar explicações. Chefe do time, Alberto Puig reconheceu que a esquadra apoiada pela Repsol não é o melhor ponto de partida para uma carreira na MotoGP.

Caçula dos irmãos de Cervera, Álex foi escolhido para substituir Jorge Lorenzo na Honda após o #99 optar pela aposentadoria ainda na metade do contrato. Na época, a Honda optou por não promover Cal Crutchlow, que já era contratado pela HRC, mas veste as cores da LCR.

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Com a decisão, Álex vai disputar todas as 13 corridas deste ano na equipe de fábrica, ao lado do irmão, e, só em 2021, descer para a estrutura privada, ainda que com contrato direto com a HRC.

“No ano passado, quando aconteceu o que aconteceu em Valência, quando Jorge Lorenzo decidiu se aposentar fora do programa, pois ele tinha mais um ano de contrato, decidimos pegar Álex. Evidentemente, tínhamos de buscar um piloto, mas o motivo principal foi que ele tinha sido campeão do mundo. Do contrário, nunca teria dado a ele a chance”, disse Puig ao site da MotoGP. “Naquele momento, não quisemos interferir na equipe de Lucio Cechinello, na LCR, pegando o piloto deles, que era Cal, porque teríamos desmontado a estrutura e, para nós, a LCR é uma equipe muito importante, que presta um serviço importante e nos ajuda muito. Consideramos que não tínhamos de mexer nela”, seguiu.

“Mas, ao mesmo tempo, estávamos conscientes de que para um novato, dependendo de qual foi sua trajetória, a Repsol Honda às vezes não é o melhor lugar para começar”, contou. “No sentido de que tem muitíssima pressão e você tem de dar resultados desde o primeiro minuto. O fato de correr ao lado de uma pessoa como Marc Márquez, seja ele seu irmão ou não, é complicado para todo o mundo”, defendeu.

Puig se disse preocupado com Álex e considerou que é melhor que ele tenha tempo de se desenvolver em uma estrutura privada. Enquanto isso, Pol Espargaró chega com experiência e mais quilometragem para tentar acompanhar o ritmo do hexacampeão Marc.

“O futuro de Álex Márquez nos preocupa muito e, por isso, decidimos que, sendo um piloto de fábrica, que é o que ele vai ser, e correndo com a mesma moto, vai ter uma progressão digamos, não tranquila, porque correr na MotoGP é tudo menos tranquilo, mas com um pouco mais de alívio do que se estivesse na Repsol Honda, onde a situação é mais complicada”, ponderou. “Nós consideramos que, com a idade dele, ele pode se formar, estar muito próximo, porque é um piloto que nos interessa, mas, ao mesmo tempo, incluir na equipe um piloto mais experiente, com mais anos de corrida, como é Pol Espargaró, que está mais curtido e pode sair para brigar a partir do próximo ano diretamente em uma posição mais madura e experiente”, indicou.

“Consideramos que este plantel de piloto, da maneira como pensamos, é o que mais nos beneficia. É o mais lógico e o que vamos fazer”, concluiu.

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