Crutchlow rejeita Aprilia e revela “negociações bem avançadas” para testar com Yamaha

Fora da LCR Honda em 2021, o britânico indicou que está perto de se tornar piloto de testes da Yamaha. Cal Crutchlow admitiu a tristeza por se despedir da MotoGP em tempo integral, mas se disse feliz com a carreira que construiu

Cal Crutchlow pode voltar a vestir as cores da Yamaha na MotoGP. Em meio à temporada de despedida da LCR Honda, onde será substituído por Álex Márquez em 2021, o britânico admitiu que negocia para atuar como piloto de testes da marca dos três diapasões.

Crutchlow foi campeão do Mundial de Supersport com a marca em 2009, venceu três corridas no Mundial de Superbike de Yamaha e conquistou seis pódios com a YZR-M1 na MotoGP, defendendo a então satélite Tech3.

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A mudança de rumo de Cal chega como surpresa, já que ele era o mais cotado para assumir a vaga de Andrea Iannone na Aprilia. O italano de Vasto foi suspenso por quatro anos por doping.

Cal Crutchlow disse estar próximo de acordo com Yamaha (Foto: LCR)

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“A verdade é que estou em negociações bem avançadas com a Yamaha e acho que em um futuro próximo chegaremos a um acordo em que ambos estaremos felizes”, disse Crutchlow. “É um projeto que me interessa muito e que encaixaria bem para mim depois desta temporada em relação ao meu conhecimento da MotoGP, meus anos de MotoGP e minha velocidade”, seguiu.

“Informei à Aprilia que não queria fazer aquele projeto. Não continuaria mais com aquilo”, destacou.

Questionado se lhe ofereceram um posto como stand-by na Honda caso Marc Márquez ainda esteja lesionado, o piloto de 35 anos respondeu: “Como disse, estou bem avançado com a Yamaha e tenho certeza de que chegaremos a um acordo com que ficarei feliz”.

“Acredito que tomei a decisão correta. Você quer seguir seu coração e sentimentos. Provavelmente, escolhi um caminho diferente do que todo mundo imaginava”, ponderou.

Sem confirmar a possibilidade de eventuais wild-cards com a Yamaha, Crutchlow reconheceu que o GP de Portugal da próxima semana vai marcar o adeus da MotoGP, ao menos enquanto piloto permanente.

“Me sinto feliz e triste, claro. No fim das contas, sou um piloto de coração. Vim para cá para competir e fazer o melhor trabalho que pudesse. Sempre acreditei que podia me sair bem. Mas mais vezes do que não ― como vocês sabem ― não se tem sucesso nesse esporte”, lembrou. “Se sucesso é vencer mais vezes do que não, 90% dos pilotos não tem sucesso em vencer o tempo todo. Mas tive ótimos dez anos na MotoGP, uma carreira ótima e superei em muito as minhas próprias expectativas do que posso conquistar na MotoGP e estou muito feliz com isso”, contou.

“Construí uma vida ótima para mim e minha família. É triste que potencialmente não vou mais competir na MotoGP como um piloto em tempo integral, mas, por outro lado, estou feliz com o que fiz até agora”, desabafou. “É isso. Se fizer mais alguma coisa, então vou canalizar minha energia para isso. É simples assim”, finalizou.

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