Ducati cede à pressão, rompe com Martín e fecha com Marc Márquez para MotoGP 2025

A MotoGP tem uma grande reviravolta após o GP da Itália. Depois de comunicar Jorge Martín que tinha sido o escolhido para preencher a segunda vaga em 2025, a Ducati decidiu ceder ao ultimato dado por Marc Márquez e colocar o octacampeão mundial no posto ao lado de Pecco Bagnaia na próxima temporada da classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Na última semana, a Ducati adiou o anúncio oficial do segundo piloto, que agora deve acontecer entre as etapas de Mugello e Assen, mas, de acordo com o jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o martelo já tinha sido batido: Jorge Martín será o companheiro de Francesco Bagnaia a partir da temporada 2025 da MotoGP. A montadora italiana, porém, jogou uma segunda bomba e mudou o rumo apenas alguns dias depois.

A decisão do time de Bolonha visava proteger o talentoso espanhol e, assim, colocar Marc Márquez em uma moto de fábrica na Pramac, equipe satélite da Ducati. Questionado sobre a chance de seguir em um time independente, o hexacampeão da MotoGP foi enfático na resposta: “Não é uma opção para mim“, disse às vésperas da etapa em Mugello. O #93 também possui proposta da KTM para correr na satélite Tech3 GasGas, mas as negociações estão paradas.

De acordo com o site Autosport, um dirigente da Ducati teria até cumprimentado e agradecido a paciência de Martín nos últimos anos até o acerto. Mas a recusa de Márquez à Pramac mudou o jogo e deixou os chefes da montadora desesperados, buscando alternativas.

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“Houve um contato e precisamos alinhar tudo, mas meu empresário se encarrega dessa parte. Mas, sim, estou contente. Não sei bem o que dizer. Afinal, para fazer um contrato precisamos esperar dias e que as duas partes estejam de acordo. Basicamente, conversamos e o primeiro contato foi positivo, mas espero que saia tudo como queremos”, declarou Martín à emissora DAZN España antes do GP da Itália.

Marc, então, teria repetido algo que já tem dito nas últimas semanas: quer uma moto de fábrica em um time oficial. Assustada pela possibilidade de perder um dos maiores pilotos da história da MotoGP, a Ducati cedeu ao ultimato dado pelo espanhol e bateu o martelo, colocando-o ao lado de Bagnaia no próximo ano.

A publicação ainda afirma que Martín tentou manter contatos com dirigentes da Ducati durante o fim de semana em Mugello, mas esses pediram para o piloto esperar até esta semana. Incomodado com a situação, decidiu seguir outro caminho e rever as propostas que possui de Aprilia, Honda e até mesmo para seguir na Pramac — que ainda não decidiu se renova com a Ducati ou vira satélite da Yamaha.

Em recente entrevista ao site GPOne, Claudio Domenicali, diretor-executivo da Ducati, despistou sobre o futuro da equipe de fábrica, mas ainda deu um indicativo de que situação não estava definida. “Não fazer bagunça é quase impossível, mas estamos tentanto. Agora, no entanto, não vamos falar de 2025”, pontuou.

Por fim, Enea Bastianini também perderá o posto na Ducati após duas temporadas. O italiano, que foi segundo colocado em Mugello, não vê mais esperança nas negociações e decidiu conversar com montadoras interessadas, como KTM e Aprilia.

A MotoGP volta a acelerar entre 28 de 30 de junho para o GP dos Países Baixos, em Assen, com a 8ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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