Ducati desperdiça ausência de Marc Márquez e vê chance de título virar pó em 2020
Sem Marc Márquez, a temporada 2020 é a maior chance da Ducati colocar as mãos no título da MotoGP. Entretanto, irregular e cheia de tropeços, já vê a chance de sair da fila ir embora e sem muito que fazer
A Ducati viu a grande chance de colocar as mãos no título chegar. Com a ausência de Marc Márquez na temporada 2020 da MotoGP, a equipe italiana teve com Andrea Dovizioso a oportunidade de ouro de capitalizar em cima da ausência. Mas nada passou de um sonho: com tropeços em momento importantes, tudo indica que vai passar mais um ano na espera.
Nos últimos campeonatos, o italiano de Forli tem sido o grande adversário do hexacampeão da Honda. Após anos de adaptação com a Desmosedici, pegou a mão da fera vermelha e se colocou como um dos principais nomes do grid, agora somando três vice-campeonatos no currículo.
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Entretanto, os resultados também lhe garantiram uma fama não tão positiva: a de eterno segundão. Mesmo com uma moto que se mostra superior a RC213V e que chegou a ser apontada como a mais forte do pelotão, o italiano não conseguiu transformar a potência em títulos.
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E em 2020 o caminho parece seguir o mesmo. Com a lesão de Marc ainda na primeira etapa e que o tirou de jogo, parecia ser a oportunidade da Ducati deixar a fila de 13 anos de espera e trazer o tão sonhado título. Mas a falta de competitividade, classificações ruins e tropeços têm deixado o time cada vez pior na tabela.
Se Dovi começou bem na temporada com o pódio no GP da Espanha e vitória na Áustria, o desempenho nas etapas seguintes despencou cada vez mais. Nas sete corridas após o triunfo, terminou apenas duas vezes dentro do top-5 e teve um abandono e um 13º como piores resultados, aparecendo agora apenas no quinto posto.
Entre os demais postulantes ao título, comparando do mesmo ponto de 2020, Joan Mir terminou cinco vezes no pódio, enquanto Fabio Quartararo e Maverick Viñales tiveram dois top-5 com uma vitória cada. Já Franco Morbidelli terminou três vezes entre os cinco primeiros e duas delas foram com triunfos.
Ao comentar sobre sagrar-se campeão, Andrea preferiu não se colocar entre os favoritos, não vendo muitas chances de um desfecho vencedor. “Não acho que este seja o momento para falar do campeonato. Não tenho nenhuma velocidade para falar em campeonato. Estratégia, ou o que podemos fazer, ou quantas chances temos, acho que neste momento, é quase zero”.
Essa seria a chance de terminar a relação com a equipe de Borgo Panigale em alta. Afinal, a parceria entre piloto e time acaba ao final deste ano e de forma conturbada. E caso as atenções voltassem para o outro lado do box, Danilo Petrucci, que venceu uma corrida, também deixou clara sua insatisfação. Portanto, apenas um ingrediente a mais que se coloca no caminho da escuderia.
A Ducati tem tentado neste ano, mas tropeçou e vacilou em uma temporada que tinha de tudo para ter seu nome escrito no caneco. Sem conseguir capitalizar a ausência de Marc, com três corridas para o fim e 75 pontos em jogo, resta agora ser coadjuvante e se conformar com a situação.
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