Dovizioso vê chance quase zero de título: “Sem velocidade, você não pode lutar”

Italiano reconheceu que não vive um bom momento na temporada 2020 da MotoGP e se mostrou pessimista para as três corridas restantes neste ano

Andrea Dovizioso jogou a toalha na briga pelo título da temporada 2020 da MotoGP. 28 pontos atrás do líder Joan Mir, o piloto da Ducati ocupa a quinta colocação no campeonato, mas não acredita que pode virar o jogo nas três corridas restantes deste ano.

Dovizioso começou o ano com um pódio no GP da Espanha e uma vitória no GP da Áustria, somando 56 pontos nas quatro primeiras corridas do campeonato, e até chegou a liderar a disputa pelo título. Nas últimas sete, porém, o melhor resultado foi o quarto lugar no GP da França, com média de apenas 7,5 pontos em cada uma das corridas.

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Apesar dos 75 pontos ainda em disputa, já que restam os GPs da Europa, da Comunidade Valenciana e de Portugal, Dovizioso não vê nem sentido em falar em título, já que não se sente em condições de brigar.

Andrea Dovizioso não tem esperança de virar o jogo na MotoGP (Foto: Ducati)

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“Não acho que este seja o momento para falar do campeonato. Não tenho nenhuma velocidade para falar em campeonato”, reconheceu Dovizioso. “Estratégia, ou o que podemos fazer, ou quantas chances temos, acho que neste momento, é quase zero”, reconheceu.

“Então não acho que seja o momento de falar de campeonato. Sem velocidade, você não pode lutar”, resumiu.

Andrea mostrou, também, a enorme insatisfação com a fase que vive na temporada de despedida da Ducati. O italiano ainda não tem vaga para 2021, mas trabalha com a possibilidade de ser piloto de testes.

“Eu realmente não gosto de pilotar assim, de correr assim, não gosto de lutar por essas posições. Isso é muito ruim, eu realmente não gosto”, falou. “Não quero ser negativo, mas no momento, acho que é difícil fazer o contrário”, discursou.

O GP de Teruel foi outro fim de semana difícil para Dovizioso. O italiano de Forli largou apenas em 17º e recebeu a bandeirada em 13º, 22s222 atrás de Franco Morbidelli, o vencedor. Andrea, contudo, não foi a única Ducati em dificuldades no traçado de Aragão: Danilo Petrucci acabou em décimo, enquanto Francesco Bagnaia abandonou por quebra e Jack Miller foi derrubado por Brad Binder. A exceção foi Johann Zarco, que conseguiu o quinto lugar.

“No começo, a minha velocidade não era tão ruim dentro do grupo, mas o pneu macio era macio demais para todo mundo e o desgaste foi enorme para todos”, narrou. “Mas quando você pilota de maneira agressiva e não é suave por não estar confortável, você usa mais o pneu”, frisou.

“E foi isso que aconteceu na corrida. Eu destruí completamente o pneu. Também tive arm pump, mas tudo isso é consequência de quando você pilota de uma maneira ruim e não tem o feeling”, justificou.

Questionado se teria uma performance melhor com o pneu médio, Dovizioso respondeu: “Para dizer se é a escolha certa ou errada de pneu, acho que é mais uma questão da maneira como você pilota. Este é um pneu diferente neste ano, mas nos últimos dois, na maioria das vezes podíamos usar pneus mais macios que os nossos competidores. Mas você só pode usar isso se consegue pilotar com uma boa velocidade e economizar o pneu. Não é o nosso caso”.

“Mas o passo do macio para o médio era grande e quase todo mundo escolheu o macio”, lembrou. “Não sei, talvez tivesse sido um pouco melhor com o médio, mas estamos falando de uma coisa pequena em comparação com a diferença no final da corrida. Não acho que a escolha de pneu tenha sido a causa dessa situação na corrida. É só uma consequência”, concluiu.

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