Morbidelli aproveita queda de Nakagami, escapa e vence GP de Teruel. Mir é 3º
O ítalo-brasileiro fez um passeio no MotorLand, dominou de ponta a ponta e venceu pela segunda vez na temporada. Álex Rins e Joan Mir, ambos da Suzuki, completaram o pódio no circuito espanhol
Franco Morbidelli não deu chance aos adversários no GP de Teruel da MotoGP. Neste domingo (25), o ítalo-brasileiro tratou de dominar as 23 voltas no MotorLand, cruzar a linha de chegada com vantagem de 2s para o restante do pelotão e alcançar a segunda vitória da temporada.
O piloto de 25 anos aproveitou a queda do pole-position Takaaki Nakagami ainda nos metros iniciais para assumir o primeiro posto, de onde não saiu até receber a bandeirada para o terceiro pódio de 2020. Álex Rins, vencedor do GP de Aragão na última semana, terminou o dia em segundo, com o atual líder da classificação Joan Mir fechando o top-3.
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Pol Espargaró tratou de crescer o ritmo nos giros finais para fechar na quarta posição, imediatamente à frente de Johann Zarco, que encerra o rol dos cinco melhores colocados no nordeste da Espanha.
Entre os postulantes ao título, depois de Mir, o melhor colocado foi Maverick Viñales, sétimo. Fabio Quartararo, oitavo, teve mais uma disputa discreta. Após o revés da classificação, Andrea Dovizioso ainda salvou poucos pontos ao cruzar em 13º.
Na tabela da classificação, Joan conseguiu aumentar ainda mais a vantagem na liderança, pulando para 14 tentos de vantagem para Quartararo, o segundo. Viñales se mantém em terceiro, enquanto Morbidelli passou para quarto e empurrou Dovizioso para quinto.
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Saiba como foi o GP de Teruel de MotoGP
Apesar do sol em Teruel, a temperatura seguiu baixa neste domingo. Antes da largada da classe rainha, que neste fim de semana aconteceu após a Moto3, com a Moto2 adiada para fechar a programação, os termômetros mediam 20°C, com o asfalto chegando a 27°C. A velocidade do vento estava em 8 km/h.
Como sempre, os pilotos podiam escolher entre os pneus macios, médios e duros, com o dianteiro mais resistente e os dois extremos traseiros em versões assimétricas, com a borracha mais firme do lado esquerdo, já que o traçado espanhol conta com dez curvas para a esquerda e sete para a direita.
No grid, as opções foram variadas. A maioria optou pelo médio na frente, exceto Viñales, Rins e Francesco Bagnaia, que usaram macios, e Álex Márquez, que escolheu o duro. Na traseira, a maioria calçou macio, menos Quartararo, Morbidelli, Jack Miller e Tito Rabat, que foram de médios.
No momento da largada, Nakagami conseguiu segurar a ponta, com Rins passando Morbidelli depois de um toque para assumir brevemente a segunda colocação. Ainda na primeira volta, porém, o sonho de Takaaki foi por terra, com um erro entre as curvas 4 e 5, que terminou com o piloto da LCR Honda no chão.
Também nos primeiros metros, na curva 2, Brad Binder atingiu a traseira de Jack Miller e os dois caíram e abandonaram. O incidente passou por revisão do Painel de Comissários.
Assim, Morbidelli tomou a liderança, com Rins subindo para a segunda colocação, à frente de Zarco, Viñales, Mir, Quartararo e Cal Crutchlow.
Aos poucos, Morbidelli foi construindo vantagem, mas nada suficiente para ficar confortável. Na volta 4, o ítalo-brasileiro tinha 0s228 de margem para Rins, que já vinha mais de 0s6 à frente de Zarco. Atrás, Álex Márquez ia escalando e já aparecia em sexto após se livrar de Crutchlow e Quartararo.
Morbidelli, então, tratou de manter um ritmo alto, aumentando mais ainda a vantagem, que chegou em 0s5 no fim da volta 5. Apesar de não estar mais tão perto de Franco, Rins foi se isolando mais e mais de Zarco, que ficou quase 1s para trás. Quarto, Viñales também não assustava o piloto da Avintia, mas erra pressionado Mir, que tomou a quarta colocação em meados do giro seguinte.
Com uma opção de pneus diferente dos demais, Álex Márquez também não se deixou segurar por Maverick e logo tomou a quinta colocação com uma manobra bem executada. A Yamaha não tem chance de encarar o motor da RC213V da Honda em linha reta.
Depois de ver o atraso subir até cerca de 0s6, Rins passou a ensaiar uma aproximação com Morbidelli, baixando para 0s3 em meados da volta 8. Enquanto isso, Mir e Márquez vinham chegando em Zarco.
Sem conseguir a mesma boa forma do companheiro de SRT Yamaha, Quartararo caiu para oitavo depois de ser ultrapassado por Pol Espargaró. E ainda era pressionado por Miguel Oliveira, que tampouco tinha Cal Crutchlow muito atrás.
O português da Tech3 logo conseguiu passar o francês de Nice, mas levou o troco quase de imediato. Na ponta, Mir, enfim, tomou a terceira colocação de Zarco, já 2s3 atrás de Rins.
No confronto entre Honda e Ducati, Álex teve um pouquinho mais de trabalho para passar Zarco, mas aproveitou a reta oposta para colar e tomar a posição na saída da curva 17. Johann tentou um bloqueio na primeira curva e recuperou a posição, mas Márquez respondeu metros depois para assumir o quarto posto.
Com 11 giros para o fim, Morbidelli sustentava 0s499 de margem para Rins, que, por sua vez, tinha 2s6 de folga para Mir. Com a demora em passar Zarco, Márquez se afastou 1s3 de Joan. Uma diferença mais do que o esperado pelos treinos.
Na volta 14, porém, Márquez caiu na curva 2 e encerrou a participação na corrida. O espanhol saiu triste, mas sem ferimentos maiores. O irmão de Marc estava calçando um pneu duro na frente da Honda e era o único com essa opção.
Assim, Zarco voltou ao quarto posto, já 3s distante de Mir. Pol Espargaró era o quinto, à frente de Viñales, Quartararo, Oliveira, Dovizioso e Aleix Espargaró.
Pouco depois, Oliveira conseguiu passar Quartararo mais uma vez na freada da 16, mas apesar de ter encontrado alguma resistência, manteve a posição. Fabio, então, se tornou alvo de Dovizioso.
Com o passar dos giros, as margens na ponta seguiam quase inalteradas. Morbidelli ia sustentando 0s6 para Rins, que mantinha Mir 2s7 afastado.
Quem não defendia diferença confortável era Dovizioso, que perdeu o nono posto para Aleix Espargaró. Pouco depois, o dia piorou ainda mais para o italiano, que foi parar atrás e Crutchlow e Iker Lecuona. O piloto da Tech3, aliás, passou Cal para assumir o décimo posto.
Na 18ª das 23 voltas, Morbidelli começou a se afastar de Rins mais decisivamente, ampliando a vantagem para mais de 1s. Mais atrás, Oliveira passou Viñales pelo sexto lugar.
Faltando três voltas para a bandeirada, Pol Espargaró tomou o quarto lugar de Zarco com uma manobra por dentro. Mais para baixo na tabela, Petrucci passou Dovizioso para se instalar em 11º. O italiano de Forli agora estava ao alcance de Stefan Bradl.
No giro seguinte, Aleix Espargaró teve um problema com a Aprilia e acabou abandonando. O catalão pressionava Quartararo pelo oitavo posto.
Na última volta, Petrucci passou Crutchlow pelo décimo posto, mas levou o troco de imediato. O italiano insistiu e ficou com a posição.
MotoGP 2020, GP de Teruel, MotorLand, corrida
1 | F MORBIDELLI | SRT Yamaha | 23 voltas | |
2 | A RINS | Suzuki | +2.205 | |
3 | J MIR | Suzuki | +5.376 | |
4 | P ESPARGARÓ | KTM | +10.299 | |
5 | J ZARCO | Avintia Ducati | +12.915 | |
6 | M OLIVEIRA | Tech3 KTM | +12.953 | |
7 | M VIÑALES | Yamaha | +14.262 | |
8 | F QUARTARARO | SRT Yamaha | +14.720 | |
9 | I LECUONA | Tech3 KTM | +17.177 | |
10 | D PETRUCCI | Ducati | +19.519 | |
11 | C CRUTCHLOW | LCR Honda | +19.708 | |
12 | S BRADL | Honda | +20.591 | |
13 | A DOVIZIOSO | Ducati | +22.222 | |
14 | T RABAT | Avintia Ducati | +26.496 | |
15 | B SMITH | Aprilia Gresini | +31.816 | |
16 | A ESPARGARÓ | Aprilia Gresini | NC | |
17 | A MÁRQUEZ | Honda | NC | |
18 | F BAGNAIA | Pramac Ducati | NC | |
19 | T NAKAGAMI | LCR Honda | NC | |
19 | B SMITH | Aprilia Gresini | NC | |
20 | J MILLER | Pramac Ducati | NC | |
21 | B BINDER | KTM | NC |