Em prova eletrizante, Márquez ignora perna lesionada, suporta pressão de Rossi e vence no Catar

Em prova sensacional, Marc Márquez suportou intensa pressão de Valentino Rossi e garantiu a vitória no GP do Catar. Dani Pedrosa completa o pódio

A cobertura completa do GP do Catar no GRANDE PRÊMIO
As imagens do domingo de Mundial de Motovelocidade no Catar
icone_TV Automobilismo na TV: a programação do fim de semana


(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

A MotoGP está de volta. E em grande estilo. Neste domingo (22), os melhores pilotos de moto do mundo protagonizaram um espetáculo de primeira grandeza, com disputas intensas em cada uma das 22 voltas da corrida.

Mesmo em recuperação após uma fratura na perna direita, Marc Márquez não sucumbiu a dor e foi um dos protagonistas da melhor disputa da prova: um duelo intenso com Valentino Rossi. Depois de inúmeras trocas de posição, o espanhol conseguiu abrir uma ligeira margem na volta final e recebeu a bandeirada 0s259 na frente do multicampeão.

Marc Márquez foi o grande vencedor deste domingo (Foto: Honda)
A classificação da MotoGP após o GP do Catar


(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Ao contrário dos demais pilotos de fábrica – Rossi, Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa –, Márquez foi para a pista calçando a RC213V com um par de pneus duros, identificados pela cor vermelha. Saindo na pole, o espanhol não fez uma de suas melhores largadas, mas logo conseguiu se recuperar e assumir o segundo posto, atrás de Stefan Bradl.

A briga com o piloto da LCR durou alguns minutos, mas o germânico errou e abandonou a prova, entregando a ponta para Márquez.

Depois de se livrar de Bradley Smith e Álvaro Bautista, Rossi se instalou atrás de Márquez e passou a pressionar o campeão de 2013. O italiano assumiu a ponta, mas Marc não se afastou e buscou, a cada volta, um espaço para ultrapassar.

De tanto insistir, o piloto de 21 anos passou e começou a se defender dos ataques de Rossi. Os dois trocaram algumas posições na penúltima volta, mas Marc conseguiu abrir um ligeiro intervalo no último giro, até receber a bandeirada com 0s259 de folga.

Apesar de a atenção ter recaído em Márquez e Rossi, Dani Pedrosa também fez uma boa prova, protagonizando um bom duelo com Álvaro Bautista. O piloto da Gresini, entretanto, jogou sua posição no pódio fora com uma queda em Losail.

Destaque ao longo de todo o fim de semana, Aleix Espargaró garantiu a quarta colocação, mas longe de brigar pelo top-3 de Losail, como era sua meta.

Melhor Ducati, Andrea Dovizioso ficou em quinto, à frente de Cal Crutchlow, que fez seu debute com a fábrica de Borgo Panigale.

Destaque também para a performance do estreante Scott Redding. Depois de vencer uma disputa com Nicky Hayden, o piloto da Gresini garantiu o sétimo posto e foi o melhor entre os competidores que contam com a RCV1000R, a versão de produção da RC213V.

Piloto mais velho do grid, o quarentão Colin Edwards fechou a disputa em nono, à frente de Andrea Iannone.

Além de Bautista, também abandonaram Bradley Smith, Pol Espargaró, Stefan Bradl, Héctor Barberá e Jorge Lorenzo. O bicampeão da Yamaha, aliás, sofreu uma queda ainda no primeiro giro.

Saiba como foi o GP do Catar de MotoGP:

O GP do Catar, prova que abre a temporada 2014 da MotoGP, começou cercado de expectativa. A grande novidade do Mundial é a estreia da subcategoria Aberta, onde as equipes utilizam em suas motos além da centralina padrão fornecida de Dorna, promotora do Mundial, um software também encomendado pela empresa espanhola à Magneti Marelli.

Por conta disso, esses times têm alguns benefícios, como um tanque de combustível com 24 litros, o uso de 12 propulsores não lacrados por ano e pneus mais macios do que aqueles destinados às motos de fábrica. Por não ter pódios no ano passado, a Ducati também recebeu estes benefícios ao anunciar que iria obedecer o regulamento Aberto.

Os times de fábrica, por outro lado, têm tanques de 20 litros e um limite de cinco motores congelados por ano. Além disso, por usarem software próprio, não usam os pneus mais macio fornecido pela Bridgestone a cada fim de semana.

Além do regulamento estreante, a classe rainha também vê o debute de Pol Espargaró e Scott Redding, campeão e vice da Moto2 em 2013, Mike di Meglio e Broc Parkes.

Em um treino bastante apertado, com os 12 primeiros separados por 0s645, Marc Márquez, que ainda luta contra os efeitos de uma fratura na perna direita seis semanas atrás, faturou a pole e terá a companhia de Álvaro Bautista e Bradley Smith na primeira fila.

O aniversariante Andrea Dovizioso larga na quarta colocação, seguido por Jorge Lorenzo, Dani Pedrosa, Stefan Bradl, Cal Crutchlow, Aleix Espargaró e Valentino Rossi.

O clima, aliás, também colaborou com a primeira prova do ano. Ao contrário do dia anterior, que foi marcado por chuva e vento forte, a prova em Losail começou com pista seca, temperaturas amenas e uma brisa leve. A temperatura ambiente estava na casa dos 20°C, com a pista registrando 17°C. A velocidade dos ventos era de 5 km/h.

Calçando a RC213V com os pneus duros, Márquez não saiu bem e caiu para a quarta colocação, com Lorenzo saltando para a ponta ainda nos primeiros metros. Smith vinha em segundo, à frente Bradl. Rossi tinha o oitavo posto.

Enquanto Lorenzo tentava escapar, Rossi subiu para sétimo, deixando Pedrosa para trás. Pouco depois Jorge sofreu uma queda na curva 15 de Losail, entregando a liderança para Bradley Smith.

Bradley não conseguiu manter a posição e logo entregou a ponta para Bradl, que passou a ser seguido por Márquez. O piloto da Tech3 vinha em terceiro, à frente de Iannone, Rossi, Dovizioso, Bautista, Pedrosa, Aleix e Crutchlow.

Um pouco atrás, Rossi e Bautista brigavam pela quarta colocação, com o piloto da Gresini permanecendo na frente, mas sem conseguir escapar.

Na ponta, Bradl tinha 0s253 de vantagem para Márquez. Smith, por sua vez, tinha 0s325 de atraso para o campeão vigente.

Rodando em terceiro, Iannone também caiu, mas, ao contrário de Lorenzo, o dano na moto não foi tão grande. Álvaro saltou para quarto, à frente de Rossi, Dovizioso, Pedrosa, Crutchlow, Aleix e Pol.


(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Na frente, Márquez vinha virando rápido, tentando se aproximar de Stefan, que tratava de apertar o passo. Na abertura da sexta volta, a diferença era de 0s188.

Pressionado por Rossi, Bautista decidiu atacar e passou Smith na reta para assumir o terceiro posto. Rossi vinha em quinto, 0s682 à frente de Pedrosa.

Estudioso como sempre, Valentino analisava as linhas de Smith, buscando uma chance para atacar. No primeiro setor de Losail, Rossi partiu para cima e deixou o piloto do time satélite da Yamaha para trás.

Na ponta, Bradl seguia no comando, mas caçado por Márquez, que agora tinha que se atentar à aproximação de Bautista. Mais atrás, Smith tentava atacar Rossi, que atrasou a freada para manter a frente da disputa. Álvaro atacou Marc, que errou a trajetória e facilitou a ultrapassagem.

Afoito, Bautista tentou atacar Bradl, mas errou e perdeu a linha rápida. Rossi aproveitou para tentar o ataque, com o piloto da Gresini resistindo o máximo que pôde.

Na quinta volta, o italiano aparecia em terceiro, 0s184 atrás de Márquez, que ainda se recupera de lesão. Smith vinha atrás, seguido por Pedrosa, Bautista e Dovizioso.

Rossi passou Márquez e subiu para segundo, pouco atrás de Bradl, Marc passou e recuperou a frente. Stefan caiu e entregou a ponta para Márquez, que trazia Rossi colado na traseira. Smith também vinha bem próximo.

Com 14 giros para o fim, Valentino deixou Marc para trás e recuperou a ponta em Losail. O campeão de 2013 seguiu pressionando, mas Rossi foi conseguindo manter a frente.

Na décima volta, Rossi e Márquez eram separados por 0s215, mas o espanhol logo reduziu para passar na reta. Na freada na curva 1, Valentino esperou para frear e manteve a frente. Pedrosa vinha em terceiro, seguido por Smith, Bautista, Aleix, Dovizioso, Pol, Hayden e Redding. Mais atrás, Smith e Bautista brigavam pela quarta colocação, com titular da Tech3 mantendo a frente.

Com os ponteiros se pegando, Pedrosa aproveitou para se aproximar e entrar na briga. O piloto da moto #26, aliás, era o mais rápido dos três.

Com dez giros para o fim, a diferença entre Rossi e Márquez era de 0s090, mas a experiência do italiano seguia contando a seu favor. Pedrosa, por sua vez, tinha 0s0s439 de diferença para o companheiro de Honda.

De tanto insistir, Márquez acabou passando no fim da reta de largada, mas Rossi seguiu acompanhando o ritmo do espanhol. Ainda em terceiro, Pedrosa seguia imprimindo um ritmo forte, acompanhado de perto por Bautista.

Em segundo, Valentino não se entregou e tentou passar Marc na abertura do giro seguinte. O piloto mais jovem do grid conseguiu manter a frente, mas não se livrou da caçada de Rossi. Faltavam oito voltas para o fim.

Na passagem seguinte, Rossi fez uma boa tentativa ao aproveitar um erro de Marc, mas recolheu para evitar o toque. Com a disputa, Pedrosa e Bautista se aproximaram bastante, quase dentro da briga pela ponta.

A perseguição seguia implacável, e Rossi, aos poucos, foi conseguindo se afastar de Pedrosa, mas a diferença era mínima. Mais atrás, Redding disputava a oitava colocação com Hayden e levava a melhor.

De novo no fim da reta principal, Valentino tentou o ataque, mas não conseguiu passar. Mais atrás, Pedrosa se defendia dos ataques de Bautista. Nas voltas finais, Pol cometeu um erro e escapou da pista, despencando para a 16ª colocação.

Insistente, Álvaro passou Pedrosa, mas levou o troco na sequência. Na reta de Losail, Bautista fez uma nova tentativa e, desta vez, manteve a frente. Na 18ª volta, Smith errou na curva dois e abandonou a disputa.

Depois de abrir uma ligeira diferença, Rossi conseguiu se aproximar de Márquez mais uma vez, agora com mais folga para os rivais, que continuavam brigando pela terceira colocação.

Sempre na reta do Catar, Rossi tentou passar Márquez, mas o jovem piloto manteve a frente, mais uma vez. Tentando buscar, Rossi virou a melhor volta da dupla e chegou bem próximo do espanhol.

Com dos giros para o fim, Rossi tomou a frente, mas seguido de perto por Marc. No erro do italiano, o piloto da Honda recuperou a frente. Vale insistiu, passou e levou o troco na sequência. Na última volta, os dois seguiram pegados, mas Rossi não conseguiu passar e Márquez recebeu a bandeirada na ponta. 

MotoGP, GP do Catar, Losail, Final:

 
1
93
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
42:40.561
22 voltas
2
46
VALENTINO ROSSI
ITA
YAMAHA
+0.259
 
3
26
DANI PEDROSA
ESP
HONDA
+3.370
 
4
41
ALEIX ESPARGARÓ
ESP
FORWARD
+11.623
 
5
4
ANDREA DOVIZIOSO
ITA
DUCATI
+12.159
 
6
35
CAL CRUTCHLOW
ING
DUCATI
+28.526
 
7
45
SCOTT REDDING
ING
GRESINI HONDA
+32.593
 
8
69
NICKY HAYDEN
EUA
ASPAR HONDA
+32.628
 
9
5
COLIN EDWARDS
EUA
FORWARD
+39.547
 
10
29
ANDREA IANNONE
ITA
PRAMAC DUCATI
+43.360
 
11
7
HIROSHI AOYAMA
JAP
ASPAR HONDA
+46.595
 
12
68
YONNY HERNÁNDEZ
COL
PRAMAC DUCATI
+46.688
 
13
17
KAREL ABRAHAM
TCH
AB
+50.581
 
14
9
DANILO PETRUCCI
ITA
IODA
+1:03.127
 
15
23
BROC PARKES
AUS
PAUL BIRD
+1:14.386
 
16
70
MICHAEL LAVERTY
ING
PAUL BIRD
+1:32.593
 
17
63
MIKE DI MEGLIO
FRA
AVINTIA
+1:36.085
 
 
19
ÁLVARO BAUTISTA
ESP
GRESINI HONDA
NC
 
 
38
BRADLEY SMITH
ING
TECH3 YAMAHA
NC
 
 
44
POL ESPARGARÓ
ESP
TECH3 YAMAHA
NC
 
 
6
STEFAN BRADL
ALE
LCR HONDA
NC
 
 
8
HECTOR BARBERÁ
ESP
AVINTIA
NC
 
 
99
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
NC
 
 
 
 
 
 
 
 
POLE
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
1:54.507
169.1 km/h
VOLTA MAIS RÁPIDA
ÁLVARO BAUTISTA
ESP
GRESINI HONDA
1:55.575
167.5 km/h
RECORDE
CASEY STONER
AUS
DUCATI
1:55.153
168.1 km/h
MELHOR VOLTA
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
1:53.927
170.0 km/h
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condições do tempo
 
PISTA SECA
ar: 20ºC | pista: 18ºC

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.