Em temporada atípica, Bastianini usa regularidade e é coroado campeão da Moto2

A constância é a palavra que definiu o campeonato do italiano da Italtrans. Com bons resultados e sem grandes erros, aproveitou ainda as escorregadas dos adversários para colocar as mãos no primeiro título no Mundial de Motovelocidade

Enea Bastianini é o grande campeão da temporada 2020 da Moto2. Neste domingo (14), o italiano terminou o GP de Portugal na quinta colocação, resultado suficiente para dar ao competidor seu primeiro título no Mundial de Motovelocidade..

Este é o segundo campeonato do competidor da Italtrans na classe intermediária. Após uma estreia apagada em 2019, mostrou ter dado a volta por cima e indicou que estaria na briga do caneco desde as primeiras etapas, quando foi presença no pódio.

Em um ano tão atípico como tem sido o corrente, com calendário enxuto, provas sem espectadores e rodadas consecutivas no mesmo circuito, Bastianini soube usar as adversidades a seu favor para fazer a estrela brilhar. Regularidade, sem dúvidas, foi a grande palavra de sua campanha.

Enea Bastianini conseguiu o título da Moto2 (Foto: Reprodução)

Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube.
Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram.

O início do ano já começou em alta, terminando o GP do Catar na terceira colocação. Nas três corridas seguintes, voltou mais uma vez a terminar no top-3, mas dessa vez foram com duas vitórias seguidas, uma no GP da Andaluzia e outra na disputa na República Tcheca.

Mesmo quando não esteve nos três degraus do pódio, o piloto da Italtrans não ficou distante de um resultado positivo. Foram 13 top-10, uma 11ª colocação e um abandono após ter sofrido uma queda no GP da Áustria – inclusive, que registrou uma das cenas mais impressionantes do campeonato da classe intermediária.

Ao se tratar de pódios, o italiano também não decepcionou. Subiu em sete oportunidades nos degraus do top-3, sendo três vezes com a vitória. Portanto, das corridas que terminou, foram 50% no pódio e 50% fora dele.

Enea Bastianini, Moto2 2020, San Marino
O quinto lugar em Valência foi suficiente para o italiano (Foto: Reprodução)

E além de contar com a própria regularidade, o competidor nascido em Rimini viu os adversários vacilarem em diversos momentos. Alguns nomes que passaram pela liderança da classificação foram Tetsuta Nagashima que, após os dois primeiros pódios do calendário, emendou série de oito provas bastante negativas; Luca Marini, que teve mais de metade da temporada forte, mas deslizou nas últimas disputas; e Sam Lowes, que demorou a engrenar e apesar de três vitórias consecutivas, tem três etapas zerado nos pontos.

Mas apesar de um ano sempre constante, Enea viveu uma verdadeira montanha-russa na classificação. Das 14 de 15 etapas, esteve no topo da tabela apenas em quatro delas – assumiu a ponta em Brno, mas perdeu na prova seguinte; depois, subiu em Aragão, mas perdeu em Teruel; só no GP da Europa tomou o primeiro mais uma vez e dali não saiu mais.

Bastianini fez sua estrela brilhar e colocou as mãos no caneco. Em um ano tão diferente do normal, o italiano não se deixou abalar, tratou de imprimir sua melhor forma da carreira e provou que merece o salto para a Avintia, na MotoGP, em 2021.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.