Ex-chefe questiona Pol Espargaró na Honda: “Não conseguiu grandes resultados”

Livio Suppo considerou que, mesmo com boas motos, o piloto espanhol não obteve resultados tão expressivos a ponto de despertar o interesse da Honda

Livio Suppo não vê Pol Espargaró como a melhor opção para a Honda. Ex-chefe da equipe da asa dourada, o italiano acredita que o irmão de Aleix teve boas motos na MotoGP, mas nem assim conseguiu resultados expressivos.

Na classe rainha do Mundial de Motovelocidade desde 2014, Pol fez três temporadas com a Yamaha da Tech3 e outras quatro pelo time de fábrica da KTM. Ao longo deste tempo, somou seis pódios e duas poles. No ano passado, a marca de Mattighofen venceu três vezes no ano, mas foram duas com Miguel Oliveira e uma com o estreante Brad Binder.

Livio Suppo (esq.) deixou o comando da Honda no fim de 2012 (Foto: Honda)

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Antes mesmo do início da temporada 2020, a Honda decidiu mudar de rumo e rebaixou Álex Márquez para a LCR para o campeonato deste ano. Pol, então, foi o escolhido para formar dupla com Marc.

Pol Espargaró está na MotoGP há muitos anos, teve motos competitivas, como a Yamaha da Tech3, e não conseguiu grandes resultados, nem sequer na temporada passada, quando as KTM venceram, mas ele, não”, disse Suppo ao jornalista Franco Bobbiese, no canal do YouTube Paddock TV. “Sinceramente, não entendo a chegada dele na Honda. Talvez ele vença o Mundial e eu fique com cara de idiota, mas hoje eu não entendo a contratação dele”, completou.

Ex-chefe culpa médicos e diz que Marc Márquez deveria ter sido protegido

Na mesma entrevista, Suppo considerou que Marc Márquez passou do limite ao tentar voltar às corridas imediatamente após quebrar o braço direito, pois foi liberado para tal pelos médicos.

“O piloto foi longe demais, por que o permitiram. A responsabilidade, repito, é dos médicos. Não deveriam ter permitido que ele subisse em uma moto tão exigente”, defendeu. “Não sou médico e não posso dizer se essa primeira operação foi a adequada, mas acho que foi uma loucura dar o ok com tão pouco tempo de recuperação. Se eu fosse o chefe da Honda, como fui antes, teria feito todo o possível para que Marc não corresse. Temo que nesta situação, apenas Emilio [Alzamora] tenha sido contra que ele competisse, mas o resto queria”, opinou, se referindo ao mentor dos irmãos Márquez.

O italiano considerou que teria sido melhor, inclusive em termos de resultados, esperar o tempo da recuperação. Além disso, Suppo sublinhou que a saúde de Marc deveria ter sido priorizada.

“Se tudo isso não tivesse acontecido, Márquez poderia ter lutado pelo Mundial com segurança. Se não tivesse vencido, tampouco teria acontecido nada”, apontou. “Marc é um fenômeno, é preciso proteger esse fenômeno, não só se preocupar em ganhar mais um título. A prioridade absoluta deveria ter sido preservar a pessoa. Sempre deve ser assim em uma questão de saúde, em qualquer caso”, concluiu.

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