Bagnaia ganha força na briga, mas Quartararo e Aleix Espargaró marcam taça de perto

A vitória consistente no GP da Itália dá ao titular da Ducati um novo impulso na briga pelo título, mas a presença do piloto da Aprilia e, especialmente, do francês da Yamaha no pódio indicam que a concorrência não vai facilitar um milímetro na recuperação do piloto de Torino

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Parecia um dia feito para um 1-2-3 da Ducati. Mas na MotoGP atual, não existe ninguém dominante: nem entre os pilotos e nem entre os construtores. Ainda que Francesco Bagnaia tenha confirmado o favoritismo da casa de Bolonha no GP da Itália deste domingo (29), Fabio Quartararo foi gigante ao peitar a força do motor das Desmosedici com uma Yamaha sabidamente limitada no quesito potência e ganhou ainda mais terreno na liderança do Mundial, enquanto Aleix Espargaró, que não conseguiu dar a sonhada vitória em casa para a Aprilia, subiu ao pódio pela quarta corrida seguida para permanecer vivíssimo na briga pelo título.

É fato: a vitória em Mugello dá um ânimo a Pecco, que pulou de sétimo para quarto na classificação com um triunfo duplamente em casa ― na dele e na da Ducati. Mas ele descontou só cinco pontos da vantagem de Quartararo e somou nove pontos a mais do que Aleix. Pela forma atual, não seria um grande problema, mas é que o início de ano do pai de um simpático cãozinho chamado Turbo foi um tanto quanto caótico. Bagnaia não pontuou no Catar, somou um único ponto na Indonésia, fez 22 pontos entre os GPs de Argentina e Américas, acabou apenas em oitavo em Portugal, antes de vencer na Espanha e abandonar a corrida da França.

Francesco Bagnaia ganhou força no campeonato com vitória na Itália (Foto: Ducati)

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Também por conta da demora que a equipe de fábrica teve para se entender com a GP22, a moto deste ano, Pecco teve um início de campeonato muito abaixo da expectativa e hoje soma 81 pontos, 41 a menos do que Quartararo, o líder.

Questionado após a corrida se ele, Fabio e Aleix são os principais candidatos ao título, Bagnaia admitiu: “Cometi mais erros, então preciso ser mais como uma máquina já a partir desta corrida. Posso dizer que sim, mas gostaria de colocar também Enea”.

O jovem piloto da Gresini abandonou a disputa com uma queda e perdeu terreno no campeonato. Segue em terceiro na classificação, mas agora com 28 pontos a menos do que Quartararo.

Com 300 pontos ainda em disputa, resta tempo mais do que suficiente para Pecco se recuperar, mas a questão é que Fabio e Aleix estão marcando em cima. Se a atuação do vencedor impressionou, a de ‘El Diablo’ ainda mais. Afinal, encarar as Ducati com uma moto de potência inferior e terminar apenas 0s635 atrás de uma delas foi um feito considerável.

“Foi, basicamente, a melhor corrida da minha carreira, para ser sincero, pois estava me sentindo atrás todo o fim de semana e fiz uma largada incrível, a melhor”, comentou Fabio. “E aí ultrapassando e perdendo a frente, perdendo a traseira. As Ducati estavam me ultrapassando na reta, eu ultrapassando de volta, então acho que foi a melhor corrida. Antes da corrida, estava [pensando]: ‘Ok, não tenho nada a perder’, mas meu ritmo não era tão bom. Fizemos uma mudança enorme… não uma mudança enorme, mas voltamos à carenagem normal e foi muito melhor. Para ser sincero, estava pilotando no meu melhor hoje, então estou feliz”, comentou.

Ainda muito vivo na briga e com mais um pódio na conta, Aleix não saiu plenamente satisfeito com o pódio. É que ele planejava mais para a corrida de casa da Aprilia.

“Estou muito contente, Mugello é muito especial. É o GP de casa e eu tentei tudo. No fim, não pude luta pela vitória, mas acho que, em termos de ritmo, não era mais lento do que Pecco ou Fabio”, avaliou. “Hoje eu sabia que me custaria ultrapassar as Ducati e fiquei 15 voltas tentando passar. Estava muito concentrado. Larguei com tudo, tentando ganhar. Mas perdi muito tempo com as Ducati, pois mesmo sendo rookies, não podia ultrapassá-los”, relatou.

“Hoje eu queria um pouco mais. Sabia que era um fim de semana importante para a Aprilia e, antes da corrida, avisei que hoje arriscaria um pouco mais, contou. “A minha moto corre igual ou mais do que as Ducati no vácuo. Freando, acho que a minha moto é a melhor, melhor do que a Yamaha e a Ducati, mas quando solto o freio, acho que ela vai um pouco reto, com carga demais na dianteira, e isso é algo que precisamos melhorar”, apontou.

“Em Le Mans, sofri muito com o motor, mas hoje, não. A primeira coisa que fiz, foi parabenizar os engenheiros. Fabio é um pouco mais agressivo que eu ultrapassando e perdi esse tempo valioso. Foi um pouco frustrante. Isso me confirma que eu tenho de ser mais agressivo nas ultrapassagens”, encerrou.

O Mundial de MotoGP voltas às pistas na semana que vem, para o GP da Catalunha, em Barcelona. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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