Bagnaia aponta problema com pneu em Silverstone e cobra resposta da Michelin

Piloto da Ducati correu com um par de pneus macios, mas relatou que foi 3s mais lento por volta, algo muito diferente do que aconteceu nos treinos

Francesco Bagnaia foi um dos mais rápidos no TL4, onde os pilotos fazem simulação de corrida (Vídeo: MotoGP)

Francesco Bagnaia saiu do GP da Grã-Bretanha cobrando respostas da Michelin. O titular da Ducati apontou que os pneus não se comportaram como nos treinos, o que o fez ser 3s mais lento por volta na corrida de domingo (29) em Silverstone.

O italiano vinha em um bom fim de semana e ficou com o segundo lugar no grid inglês, só 0s022 atrás de Pol Espargaró, o dono da pole-position. Na corrida, porém, Pecco andou para trás e acabou só em 14º, 20s913 atrás de Fabio Quartararo, o vencedor.

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Raio-x do strike de Marc Márquez no GP da Grã-Bretanha de MotoGP

Francesco Bagnaia saiu incomodado com a performance dos pneus (Foto: Ducati)

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“É claro para mim que algo não estava funcionando hoje. Me senti forte em todo o fim de semana, nos treinos livres eu sempre rodei com pneus usados e hoje fui 3s mais lento por volta”, disse o piloto da Ducati. “Não sei o que aconteceu, ainda temos de falar com a Michelin e olhar os dados, mas em um campeonato como a MotoGP, tudo deveria ser de ponta”, alfinetou.

Bagnaia, aliás, não foi o único a reclamar. Valentino Rossi vinha no melhor fim de semana da temporada, mas desceu mais e mais na tabela e acabou apenas em 18º, quase 30s atrás do vencedor. O multicampeão se queixou da aderência na traseira.

“Não sei o que aconteceu com os outros, só estou dizendo que tudo estava correndo bem este fim de semana. Na Áustria, tinha um invólucro diferente para o pneu traseiro e tivemos mais problemas, mas aqui, não. Ontem, na classificação, [Jack] Miller teve problema. Hoje, aconteceu comigo e sei que Valentino também teve problemas. Não sei de mais nada, precisamos falar com a Michelin”, frisou.

Questionado se o problema está relacionado com a escolha de um par de pneus macios, Pecco respondeu: “Pelo contrário. Foi uma sorte usar isso. Quartararo dominou a corrida com esse pneu e eu o tinha utilizado durante todo o fim de semana, inclusive na classificação, com uma boa sensação.”

“O problema foi que a traseira da moto derrapava na entrada das curvas. Já checamos a pressão e estava certa”, contou.

Em um comunicado enviado à imprensa após a corrida, a Michelin se mostrou satisfeita com a performance dos calçados no GP da Grã-Bretanha.

“Em termos de performance de pneus, ficamos muito felizes com o desempenho como os slicks em termos de aderência, versatilidade e consistência”, afirmou Piero Taramasso, que da Michelin. “No TL3, os pilotos do top-11 ficaram separados por menos de 0s5, vimos seis construtores diferentes no top-6 na corrida e tivemos tanto o macio dianteiro quanto o médio utilizados pelos pilotos no pódio”, avaliou.

Com o desempenho, Bagnaia viu Quartararo abrir 70 pontos de vantagem na liderança da MotoGP, mas evitou jogar a toalha.

“Ele ainda não venceu o campeonato, mas tem uma boa liderança. Mas isso não me fazer perder a ambição de estar na frente dele. Fabio, no momento, é o mais forte, está sempre na frente e não tem problemas independente da condição que encontramos, mas temos de pensar de maneira positiva, mesmo que seja difícil. Você pode fazer o melhor trabalho possível, mas alguma coisa sempre acontece na corrida”, concluiu.

A MotoGP volta a acelerar no próximo dia 12 de setembro, com o GP de Aragão, no MotorLand. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

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