Mir admite surpresa com saída e diz que tinha “tomado decisão de seguir com Suzuki”

Campeão de 2020 contou que não suspeitava que a casa de Hamamatsu pudesse abandonar a MotoGP com um contrato em vigor até a temporada 2026. Espanhol de Palma de Maiorca disse que não tem nada assinado para 2023

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Joan Mir revelou que já tinha tomado a decisão de renovar o contrato com a Suzuki na MotoGP. O campeão de 2020 tinha vínculo com a equipe apenas até o fim deste ano, mas vinha negociando um novo acordo quando foi surpreendido com a decisão da marca de deixar o campeonato ao fim do ano.

No último dia 5, depois de uma sessão de testes coletivos em Jerez de la Frontera, Livio Suppo e Shinichi Sahara, chefe da equipe e líder do projeto da GSX–RR, respectivamente, comunicaram pilotos e funcionários da decisão da cúpula de Hamamatsu de deixar a MotoGP no fim do ano. A Dorna, promotora do campeonato, porém, entrou em cena em seguida para lembrar que o contrato em vigor não permite uma decisão unilateral como esta.

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Joan Mir chegou a ser tranquilizado pela Suzuki sobre a renovação do contrato (Foto: Suzuki)

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Só nesta quinta-feira (12) que a fábrica se pronunciou oficialmente e afirmou que discute com a Dorna para deixar o campeonato. Diferente do que fez da última vez que quis abandonar a MotoGP, a Suzuki não se comprometeu com um retorno.

Falando à imprensa pela primeira vez desde o comunicado, Mir contou que jamais suspeitou que isso pudesse acontecer, especialmente porque os objetivos vinham sendo alcançados. A Suzuki hoje lidera o Mundial de Equipes, tem o quarto posto do Mundial de Pilotos com Álex Rins e o sexto com Mir. No Mundial de Construtores, a casa japonesa é a quarta colocada.

“Não suspeitava de nada. Acho que nem o chefe de equipe sabia, porque, do contrário, ele não teria negociado com o piloto”, disse Mir. “Acho que quando a Suzuki fechou comigo, tampouco pensava em sair. É muito forte. Esta é uma equipe modelo em todos os sentidos”, seguiu.

“Se tivéssemos visto que não atingiríamos [os objetivos], dava para imaginar. Mas estávamos sempre ali. Demos uma imagem exemplar para a Suzuki. De união, de resultados. Todo mundo conhece as pessoas que trabalham na equipe e o quão especial esta equipe é exatamente pela sua gente”, defendeu.

Questionado sobre o futuro na MotoGP, o campeão de 2020 afirmou que não tem nada fechado e que já tinha decidido ficar com a Suzuki.

“Eu tinha tomado a decisão de seguir com a Suzuki quando soube do adeus”, frisou.

Em meio a rumores de uma transferência para a Honda, para ocupar a vaga de Pol Espargaró ao lado de Marc Márquez, Joan não fugiu da raia de formar par com o hexacampeão, mas passou a bola para o agente Paco Sánchez.

“Pergunta a qualquer piloto se ele quer ser parceiro do que é, certamente, o melhor da história. O que se aprende com um cara assim é enorme”, comentou. “Paco terá trabalho”, encerrou.

A Moto3 volta às pistas no próximo dia 15 de maio para o GP da França, em Le Mans, sétima etapa da temporada 2022. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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