Martín tem atuação perfeita em Portugal e espanta trauma ao liderar MotoGP no domingo

Jorge Martín espantou fantasmas e sai de Portimão na liderança do Mundial de Pilotos da MotoGP. Além de contar com a sorte no abandono de Francesco Bagnaia, o #89 ainda exibiu uma atuação magistral neste domingo (24)

Jorge Martín espantou alguns fantasmas neste domingo (24). Com a vitória dominante no GP de Portugal, o espanhol sai de Portimão líder da Mundial de Pilotos, garantindo, no mínimo, um tempo maior na ponta da tabela do campeonato.

Até aqui, Martín já tinha assumido a liderança do campeonato duas vezes, uma em 2023 e outra no início desta temporada. No ano passado, o espanhol tomou a ponta da classificação após uma vitória na corrida sprint da Indonésia, mas ficou por lá pouco mais de 24 horas, já que viu o campeonato desvirar no dia seguinte. Em 2024, o #89 saiu líder da sprint do Catar, mas viu Francesco Bagnaia tomar a ponta com um triunfo no GP de Lusail.

Com o domínio na pista do Algarve, Martín se afasta de qualquer rótulo pouco elogioso e mostra que pode comandar o campeonato também aos domingos. Mas não só isso. Além de garantir pelo menos 20 dias como líder do Mundial de Pilotos, o titular da Pramac também construiu uma boa margem, afastando Brad Binder, o segundo colocado na classificação, por 18 pontos.

“Hoje não tive nenhum problema com a moto, me senti muito bem com o pneu traseiro. Sabia o que podia fazer, queria me colocar na frente e controlar. Fui melhorando e tinha Maverick Viñales e Enea Bastianini muito perto. Teve um momento em que consegui gerar 0s7 de distância e, a partir daí, desci o martelo, mostrando volta após volta o ritmo que tinha para chegar no final”, disse Martín. “É fantástico voltar a ganhar depois da temporada passada, porque me sinto competitivo e mostro que posso voltar a ganhar”, seguiu.

Jorge Martín dominou o GP de Portugal deste domingo (Foto: Red Bull Content Pool)

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Diferente do que aconteceu na sprint, Martín conseguiu cravar a largada em Portimão, o que considerou chave para a vitória. Além disso, o espanhol considerou que trabalhar nos detalhes foi uma primordial também.

“Hoje eu estava muito concentrado na largada, sabia que era chave para poder ganhar a corrida. Ontem, se tivesse largado bem, talvez pudesse ter vencido”, comentou. “Estou feliz, trabalhei muito, especialmente me concentrando nos detalhes que outras vezes talvez eu deixe escapar, porque me vejo muito confortável. Hoje nós trabalhamos detalhe por detalhe. Sigo com a minha base do ano passado, não conseguimos dar um passinho em termos de velocidade, mas hoje foi o suficiente. Fomos progredindo para chegar no final sem problemas. Sendo primeiro, você fica mais confortável. Mesmo que Maverick e Enea estivessem muito perto, eu os tinha sob controle”, avaliou.

“Tenha dúvidas sobre mim mesmo desde o ano passado. Tinha medo de perder e, no fim, voltei a vencer”.

O espanhol contou, ainda, que aproveitou o período de férias para trabalhar com o psicólogo e se tornar mentalmente mais forte.

“Junto com meu psicólogo, trabalhamos muito esses meses para ter dúvidas e controlar as coisas, estando mais tranquilos. Agora, sei no que pensar durante a corrida, sei falar comigo mesmo. Antes, eu me deixava levar. Mas agora eu consigo me manter centrado”, revelou. “Foi complicado manter um ritmo tão rápido, mas tive que seguir martelando volta a volta. Manter esse ritmo foi a chave”, observou.

O piloto da Pramac contou que viu a queda de Francesco Bagnaia, mas tratou de se manter focado, entendendo que completar a corrida era vital.

“Tinha uma placa na curva 8 que eu conseguia ir vendo. Estavam marcando Maverick e Enea longe, mas eu os escutava muito próximos, então ia olhando para ter certeza. Faltando três voltas para o fim, vi a queda e disse a mim mesmo: ‘Calma, Jorge. Você precisa acabar. Mesmo que Maverick me passe, é melhor ser segundo do que cair’. Aí respirei e disse: ‘Não, é preciso vencer porque é preciso, pela minha mentalidade e a da equipe’. Mas essas quedas são coisas que podem acontecer. Quando o pneu acaba, é complicado fazer essas ultrapassagens”, encerrou.

MotoGP volta à pista entre os dias 12 e 14 de abril, para o GP das Américas, em Austin, terceira etapa do campeonato de 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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