Martín exibe poderio invejável e aplica duro golpe em Bagnaia na sprint em Misano

A MotoGP teve um sábado (7) de opostos bem extremos em Misano, palco do GP de San Marino. Se o dia começou com uma dominante pole-position de Francesco Bagnaia, terminou com uma atuação de gala de Jorge Martín, imponente do início ao fim da corrida sprint, mesmo atuando diante de uma torcida adversária.

Com o público apoiando Bagnaia, piloto da casa, e depois da grande classificação, era esperado que o atual bicampeão da MotoGP desse uma demonstração de força para levar a sprint apesar das dores que ainda o atrapalham. O sonho, porém, durou poucos metros, antes mesmo da primeira curva da prova.

Martín largou na quarta posição porque teve uma volta deletada e depois errou a tentativa final na classificação. Mesmo assim, não se abalou. Com uma saída quase perfeita, pulou para a liderança ainda na reta principal de Misano, para surpresa de todos, principalmente do rival Bagnaia.

Ao longo das 13 voltas da corrida, o espanhol manteve a concentração no nível máximo e segurou a pressão do rival, com direito a abrir vantagem nos últimos dois giros, recebendo a bandeirada de maneira confortável. A expressão perdida de Bagnaia antes do pódio, ainda sentado na moto e olhando para o vazio, dá o tom do tamanho da pancada que Martín aplicou. Algo que, vale dizer, nem ele esperava.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

“Finalmente conseguimos uma vitória de novo. Esperava brigar com o Pecco [Bagnaia], mas não esperava uma largada assim. Quando alcancei [a liderança], pensei em fazer 13 voltas de classificação no ritmo máximo. Amanhã será outra história, vou precisar controlar”, afirmou o piloto da Pramac.

“Foi uma corrida muito dura, difícil, não esperava ultrapassar três na largada. O objetivo era vencer, então fazer uma boa saída estava em mente. No começo, o Pecco estava próximo, mas pouco a pouco coloquei uma diferença e segurei o ritmo. Não foi nada fácil. Estou feliz por ganhar na Itália, casa da Pramac e da Ducati. Não me senti bem nos treinos, mas sabia que tinha bom ritmo”, completou.

Do outro lado do ringue, estava Pecco Bagnaia. Após liderar a sexta-feira e fazer a pole com direito a recorde, parecia estar recuperado do acidente na última semana. Tudo que precisava era de uma vitória para mostrar o poder de reação, sacudir a poeira e encostar no rival na tabela de pontos.

O que se viu, no entanto, foi o oposto. Sem força para encontrar uma ultrapassagem, ficou preso atrás de Martín e ainda perdeu performance na reta final da sprint. Saiu incomodado com o resultado e sabe que agora vai precisar de uma melhora não apenas na parte física, mas também na parte mental.

“Não estou feliz, larguei muito mal e perdi minha oportunidade. Meu ritmo era um pouco melhor, talvez parecido com o do Jorge. Quando fica muito próximo de uma moto com ritmo igual, é difícil buscar a ultrapassagem sem tocar ou cair. Tentei nas primeiras voltas, mas a pressão do pneu dianteiro subiu e precisei abandonar a ideia”, destacou o italiano.

“Senti um pouco de dor, mas não afetou minha pilotagem. Andei no máximo, a dor não condicionou meu ritmo”, finalizou.

A MotoGP volta a acelerar neste domingo (8), a partir de 9h (de Brasília), com o GP de San Marino e Riviera de Rimini, em Misano, 13ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.