Marc Márquez sai na frente em sexta-feira de diferenças pequenas na MotoGP na Tailândia

O primeiro dia de treinos para o GP da Tailândia viu Marc Márquez cravar 1min29s165 e fechar o dia com 0s110 no topo da folha de tempos. No entanto, foram 12 os pilotos separados por pouco mais de 0s5

Marc Márquez começou o fim de semana do GP da Tailândia com o pé direito. Vindo de vitória na Austrália, o titular da Gresini mostrou por que é o piloto mais bem sucedido no traçado de Chang e fechou a sexta-feira (25) com o melhor tempo da MotoGP.

Em um dia de sol e forte calor — com os termômetros medindo 32°C no ambiente na parte da tarde e o asfalto chegando a 53°C —, o mais velho dos irmãos Márquez cravou 1min29s165 na melhor das 26 voltas que completou na sessão vespertina, superando em 0s122 o recorde da pista, que tinha sido estabelecido no ano passado por Jorge Martín.

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O desempenho desta sexta-feira confirma não só o bom momento do #93, mas o papel que ele pode desempenhar na briga pelo título. Marc está a um triz de perder qualquer chance matemática de ele próprio ficar com a taça — hoje, o atraso em relação ao líder é de 79 pontos —, mas a presença entre os ponteiros por si só pode interferir no desfecho da disputa. Vai depender de à frente de quem ele vai ficar. Em Phillip Island, por exemplo, a vitória ajudou Francesco Bagnaia, que até perdeu, mas poderia ter perdido ainda mais não fosse o futuro companheiro de Ducati.

“A minha filosofia é que se tiver a possibilidade de vencer, passar ou ultrapassar, eu tento. E aqui vou fazer a mesma coisa. O ritmo é bom, eu me sinto bem, mas a classificação vai contar muito”, analisou Marc em entrevista à italiana Sky. “Perdemos muito no primeiro setor e precisamos entender o motivo, mas vou tentar dar o meu melhor”, assegurou.

Marc Márquez liderou o primeiro dia de treinos em Buriram (Foto: Gold & Goose/Red Bull Content Pool)

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O #93 considerou que a Áustria marcou um ponto de virada na temporada e agora ele se sente competitivo desde sexta-feira.

“O ponto de virada da temporada aconteceu na Áustria, com uma mudança decisiva que fez com que eu me sentisse melhor na moto. Agora, a diferença é que me sinto bem desde sexta-feira: se começo bem, tenho uma curva de crescimento menor até domingo, enquanto antes eu começa devagar e crescia muito entre sexta e domingo”, recordou. “Para a corrida, o pneu duro pode funcionar muito bem, mas não o conhecemos tanto e, na freada, dá menos feeling”, considerou.

Líder do campeonato, Jorge Martín fez o segundo melhor tempo em Buriram e se mostrou competitivo ao longo de todo dia. No campo da velocidade máxima, aliás, o piloto da Pramac reinou absoluto, com 338,5 km/h.

“Não gosto muito de mexer na moto, mas, às vezes, é preciso fazer. Eu queria entender algumas coisas e consegui”, disse Martín à emissora italiana Sky. “Amanhã vai ser duro, pois Márquez, Bagnaia e Bastianini estão bem, mas eu sou rápido. Rodei muito com o duro, que pode ser uma opção para a corrida. A moto é muito estável até 20 voltas, mas, depois disso, fica fisicamente muito cansativo segurar”.

20 pontos atrás de Martín na classificação do Mundial de Pilotos, Francesco Bagnaia ficou com o quarto tempo do dia após ser superado por Enea Bastianini no último respiro da sessão por só 0s033. Apesar de ter um atraso de só 0s195 em relação ao líder, Pecco pareceu desconfortável ao longo do dia, com entradas constantes nos boxes da Ducati, mas explicou que teve um problema com uma das motos.

“De manhã, correu tudo bem. De tarde, começou também muito bem, mas tivemos um pequeno problema com uma das duas motos que me atrasou um pouco, pois tivemos de Pará-la. Tínhamos um teste de acerto para fazer naquela moto, então tentamos adaptar a outra moto, mas, infelizmente, não funcionou, então ficamos um pouco atrás no planejamento”, justificou.

“Na última volta antes do tempo de ataque, entrei e saí com um acerto diferente que funcionou melhor. Uma pequena modificação em comparação com a primeira saída que me ajudou um pouco, e o tempo de ataque correu bem. Consegui dar um passo à frente, apesar de não ter feito uma volta perfeita. Foi um dia meio problemático, mas o balanço é positivo”, avaliou.

Quarto colocado no campeonato, Bastianini também é elemento importante na briga pelo título e também mostrou competitividade no dia inicial em Buriram. O italiano foi só 0s162 mais lento que o líder.

O dia, contudo, não passou sem incidentes, já que Enea levou um tombo em um momento de distração. “Descobri que, se beliscar a linha branca, não dá para segurar”, brincou.

“De resto, a sessão correu bem. Andei melhor na parte da tarde, me senti confortável em volta lançada, mas ainda falta algo em termos de ritmo”, analisou. “Estamos perto dos melhores e estamos chegando lá. A moto patina um pouco na dianteira, mas sabemos onde intervir”, garantiu.

No total, a Ducati colocou sete das oito motos no top-10 da MotoGP — a exceção foi Fabio Di Giannantonio, que se despede da temporada 2024 neste fim de semana para passar por uma cirurgia e se preparar para o campeonato do próximo ano —, mas Aprilia, KTM e Honda também tiveram representantes.

Mas, mais do que a variedade de marcas, o que chamou a atenção neste primeiro dia na Tailândia foi a proximidade dos pilotos: foram 12 separados por 0s5; 17 no mesmo segundo do líder e, desconsiderando o substituto Lorenzo Savadori e o lesionado pós-tombo Aleix Espargaró, o pelotão quase todo coberto por 1s2.

MotoGP retorna ao circuito de Chang neste sábado, 0h10 (de Brasília), para o treino livre 2, que antecede a classificação para o GP da Tailândia, em Buriram, 18ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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