Bezzecchi domina Holanda, mas KTM, Aprilia e Yamaha salpicam vermelho Ducati

Marco Bezzecchi comandou os dois treinos do dia e fechou a sexta-feira (23) com 1min32s063 como melhor marca. Jorge Martín formou a dobradinha da Ducati, mas Jack Miller e Brad Binder colocaram a KTM no top-10, assim com Maverick Viñales e Aleix Espargaró fizeram com a Aprilia. Fabio Quartararo também colocou a Yamaha na mistura

O primeiro de treinos da MotoGP para o GP da Holanda foi pintado de vermelho, mas, ao menos nesta sexta-feira (23), a cor não foi assim tão sólida. A Ducati tomou para si metade das vagas do top-10, mas Aprilia, KTM e até Yamaha ocuparam as outras cinco.

Com 1min32s063, Marco Bezzecchi encerrou o dia com o melhor tempo. Na parte da manhã, a liderança veio com folga, mas o trabalho foi mais suado na parte da tarde.

Marco Bezzecchi liderou o dia da MotoGP em Assen (Foto: Divulgação/MotoGP)

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“Tenho boas memória desta pista, ela é especial para mim”, disse Bezzecchi. “[Assen] se encaixa perfeitamente ao meu estilo, me senti imediatamente confortável, pois acho que sou melhor em curvas rápidas, que saem naturalmente. Na frenagem, eu luto um pouco mais. Preciso melhorar”, avaliou.

Marco destacou, porém, que começou o dia com um pouco de dificuldade com a moto, mas elogiou o trabalho do chefe da equipe na VR46.

“Matteo Flamigni me deu imediatamente uma boa base, mesmo que estivéssemos um pouco perdidos de manhã: encontramos um pequeno problema com a moto, mas conseguimos gerenciar bem e deu tudo certo”, comentou.

Apesar da liderança, Bez não ficou assim tão satisfeito com a volta rápida, mas celebrou o bom ritmo em Assen.

“Estou muito feliz com o dia 1 em Assen, exceto pela volta lançada. Estou satisfeito com o ritmo e as mudanças que fizemos entre as duas sessões”, apontou. “Me senti bem desde o início. Este layout, com curvas tão longas, se adapta ao meu estilo, especialmente nas curvas rápidas. Começamos com uma base muito boa e sólida e trabalhamos duro”, encerrou.

Líder do Mundial, Francesco Bagnaia revelou que começou o dia com uma Desmosedici nervosa, mas celebrou a melhora ao longo do dia. O #1 ficou com o quarto posto, 0s200 atrás do ponteiro.

“A GP23 estava nervosa esta manhã, mas fizemos as alterações certas”, disse Pecco. “Fazia muito tempo que eu não ficava tão bravo com a moto. Não pude fazer nada, ela estava muito nervosa, tanto que era quase perigoso rodar daquele jeito”, apontou.

“Mas estou muito feliz com o avanço: fui rápido, e a cronometrada também saiu bem, apesar de ter feito uma volta a menos. Terminei o dia com boas sensações”, relatou.

Fabio Quartararo sofreu com a forma física, mas saiu feliz da sexta-feira (Foto: Yamaha)

Bagnaia explicou que começou a sexta-feira usando a base da moto do ano passado, o que não funcionou.

“[Comecei] com o acerto do ano passado, mas a GP3 é diferente e, por isso, não funcionou. Achei que me sentiria melhor imediatamente. Não senti carga suficiente nos pneus, então tive que encontrar uma maneira de colocar algum peso neles e estou feliz por termos conseguido. Era importante estar entre os dez primeiros, e consegui”.

O líder do campeonato ainda se mostrou confiante em poder melhorara bastante para o restante dos dias em Assen.

“A pista teve menos aderência do que no ano passado, então amanhã podemos ser mais rápidos”, comentou.

Única Yamaha entre os dez melhores do dia, Fabio Quartararo ficou com o sexto melhor tempo, só 0s278 mais lento que o ponteiro. O francês, contudo, sofreu com dores.

“Foi um dia doloroso, mas positivo”, disse Quartararo. “É um circuito de que gosto muito. O nível de aderência não estava muito alto, principalmente com o pneu médio. Espero poder fazer algo bom amanhã. Estamos bem na sexta-feira, mas outros podem fazer um grande progresso no sábado, então espero conseguir ao menos um pequeno”, torceu.

Quartararo, que sofreu uma queda enquanto corrida às vésperas do fim de semana em Assen, mostrou ao longo de sexta-feira que não está 100% fisicamente. O francês de Nice manca ao andar e foi flagrado movimentando o tornozelo.

“Esta manhã eu rodei sem analgésicos, mas, de tarde, decidi tomá-los. O problema é a dor, mas também o fato de a minha perna mexer quando viro à esquerda, o que faz com que tudo se movimente. Quando mudo a direção, coloco muito mais esforço nos meus braços, que estão um pouco cansados. Eu diria que é uma questão de sobreviver”.

Ainda, Fabio mostrou que não está muito convencido das novidades aerodinâmicas que voltaram à YZR-M1 após serem avaliadas na pré-temporada e também na Alemanha: “Não senti muita [diferença]. Eu fui rápido. Vamos ficar com elas, assim a moto parecerá um pouco mais renovada”.

“É a mesma moto de antes, por isso, não posso estar muito satisfeito. [Mas] sempre fomos muito rápidos nesta pista, por isso, espero que possamos fazer nosso melhor amanhã. Se classificarmos nas duas primeiras filar, será bom”, avaliou. “A estratégia é sempre a mesma: estar no limite. Em Sachsenring, com as poças, não encontrei aderência e boas sensações. Parece que vai estar seco e vou poder atacar ao máximo”, completou.

Marc Márquez apontou fratura na costela como maior dificuldade (Foto: Repsol)

0s345 mais lento que o líder, Aleix Espargaró ficou com o sétimo tempo e apontou diferenças entre a RS-GP deste ano e a moto do ano passado.

“As sensações com a moto deste ano em comparação com a moto do ano passado ainda não são iguais. Mas precisamos levar em conta que Assen é uma pista de alta velocidade, em que é preciso ir pegando ritmo pouco a pouco. Tem algumas curvas em que você entra muito rápido, como nas chicanes, então é preciso ir ganhando ritmo. Mas, em definitivo, a moto é a mesma e as sensações são muito parecidas”, continuou.

O catalão, contudo, recusou focar na força da Ducati e frisou que o alvo é buscar o limite da RS-GP.

“Eu tenho uma Aprilia e tenho que tirar o máximo da minha moto, seguir sendo o melhor piloto da marca, como sempre fui. Esse é o meu objetivo, Aí veremos onde podemos chegar”, acrescentou. “O objetivo é lutar pela pole”, anunciou.

Sofrendo com as lesões resultantes do GP da Alemanha, Marc Márquez fechou o dia só em 19º, 1s422 atrás de Bezzecchi. O titular da Honda encarou o dia com calma, mas, quando tentou forçar um pouco mais, acabou caindo.

“Hoje eu encarei com calma, entre outras coisas, porque sofri fisicamente mais do que esperava. Especialmente por causa da costela”, disse Marc. “O único setor que não estou incomodado é o primeiro”, revelou.

“Amanhã eu vou tentar frear um pouco no Q1 para não terminar na última fila. Talvez na penúltima. O fim de semana precisa passar. Não me sinto bem”, frisou.

Marc destacou que a principal dificuldade foi a fratura na costela.

“Cada vez que uso o peitoral, dói”, contou.

O #93 explicou, ainda, a queda que sofreu na reta fina do segundo treino do fim de semana.

“Eu tinha Maverick [Viñales] na frente e tentei recuperar em um lugar complicado”, minimizou.

Questionado se era mesmo necessário estar em Assen, Márquez respondeu: “Com as sensações da Alemanha, ficar um mês e meio sem subir na moto não é o melhor. Ficando em casa, no sofá, a situação não vai melhorar. Este fim de semana serve para mim. Não me agradava sair de férias com as sensações da Alemanha”.

MotoGP volta à pista no sábado, às 5h10 (de Brasília) para o terceiro treino livre do GP da Holanda. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial e Motovelocidade 2023.

Por que Marc Márquez cai tanto na MotoGP?
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