Viñales lamenta falha de câmbio e pede atenção à confiabilidade, mas celebra Portugal

Maverick Viñales contou que, desde o início da corrida, estava com dificuldade para engatar as marchas na RS-GP. Apesar do problema que o tirou do pódio do GP de Portugal, espanhol fez um balanço positivo da segunda etapa da temporada 2024

Enea Bastianini passou Maverick Viñales quando a RS-GP apresentou problemas (Vídeo: Reprodução/ MotoGP)

Maverick Viñales pediu à Aprilia atenção com a confiabilidade da moto, mas saiu do GP de Portugal de domingo (24) satisfeito com o desempenho da RS-GP. Apesar da quebra de câmbio, o espanhol exaltou o desempenho da moto em Portimão.

Viñales perseguiu Jorge Martín durante toda a corrida na pista do Algarve e, até as voltas finais, ainda confiava que podia superar o rival da Pramac. Ao abrir a penúltima volta, porém, o #12 não conseguiu engatar a sexta marcha na reta e perdeu a segunda colocação para Enea Bastianini.

Ao passar pela curva 1, a situação piorou, e Maverick foi ejetado da moto, abandonando a disputa.

“Tentei engatar a sexta, mas não entrou. Aí a moto entrou em ponto neutro e atingiu o limite de RPM. Coloquei a perna para fora para Bastianini entender que eu tinha um problema”, relatou. “Segui tentando engatar a sexta, mas não entrava. Voltei para segunda [na curva 1] e quando toquei no acelerador, entrou a segunda e aí eu tive um highside”, seguiu.

Maverick Viñales saiu satisfeito com a performance da Aprilia (Foto: Aprilia)

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Apesar do revés, Viñales evitou falar em decepção, mas avaliou que é um sinal para que a Aprilia foque na confiabilidade do protótipo.

“Não vou dizer que é uma decepção, mas diria que talvez seja um alerta para melhorarmos um pouco a confiabilidade”, disse. “Realmente encorajo os técnicos da Aprilia a melhorarem nesse sentido. Acho que é importante se você quer lutar todos os fins de semana, especialmente por vitória”, defendeu.

Apesar do revés, Viñales fez um balanço positivo da corrida e considerou que o ritmo foi “incrível”. O espanhol fez a segunda melhor volta da corrida e imprimiu uma velocidade que variou entre 334.3 km/h e 345 km/h.

“É incrível quando consigo o equilíbrio correto. Posso ser muito rápido com essa moto”, disse Maverick. “A partir da sexta volta, às vezes não entrava quando ia da quinta para a sexta marcha. Estava falhando mais e mais e eu estava perdendo muita velocidade máxima e alguns décimos”, explicou.

“Mas, apesar disso, consegui fazer [1min]38s, o que é incrível. Durante toda a corrida, pensei que poderia lutar pela vitória. O problema é que o câmbio ficava cada vez pior. Eu estava rezando para engatar, pois apertava cinco vezes e aí entrava”, indicou. “Toda vez eu perdia 0s2 na reta principal e aí recuperar toda a distância outra vez. Mesmo com todos esses problemas, ficava em [1min]38s8, [1min]38s8… Foi inacreditável, pois poderia ter chegado a [1min]38s6. Não sei o que dizer. Às vezes, essas coisas acontecem. Prefiro que aconteça quando estamos na frente”, comentou.

O ‘Top Gun’ avaliou que o problema de Portimão é parecido com o que teve em Jerez no ano passado, mesmo que não saiba se a razão é a mesma.

“Na moto, achei similar, mas não sei se é exatamente o mesmo”, contou. “De qualquer forma, terminei o fim de semana com uma vitória, então estou feliz. Só posso dizer que estou realmente motivado e me vejo vencendo outra corrida”, encerrou.

MotoGP volta à pista entre os dias 12 e 14 de abril, para o GP das Américas, em Austin, terceira etapa do campeonato de 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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