Morbidelli reverencia Senna e fala em “concentração brasileira” no GP de Teruel

O piloto da SRT Yamaha contou que sai da corrida no MotorLand acreditando que é possível ter um nível de concentração superior ao normal

Franco Morbidelli reverenciou Ayrton Senna ao vencer pela segunda vez na MotoGP. O ítalo-brasileiro destacou que teve uma “concentração brasileira” durante o GP de Teruel de domingo (25).

Segundo no grid do MotorLand, Morbidelli fez uma boa largada para manter a posição mesmo após um toque com Álex Rins e permanecer em contato com Takaaki Nakagami, o líder. O piloto da LCR Honda, porém, não foi muito longe na corrida e caiu ainda entre as 4 e 5. Uma vez na liderança, Franco não teve mais rivais e, nas últimas voltas, aumentou mais e mais a vantagem para receber a bandeirada com 2s205 de margem para o piloto da Suzuki.

A vitória recolocou Morbidelli na briga pelo título (Foto: SRT)

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Após a corrida, Morbidelli lembrou Ayrton Senna, que, no GP de Mônaco de 1988, viveu um capítulo histórico do duelo com Alain Prost na Fórmula 1. Nas ruas do Principado, o então piloto da McLaren apareceu absolutamente focado para a classificação e garantiu a pole-position com 1s427 de margem para o francês, de quem era companheiro de equipe em Woking.

“Eu já estava na pole, por meio segundo, depois 1s, mas continuava, continuava, continuava. De repente, eu era quase 2s mais rápido do que qualquer outro. Eu estava meio que guiando por instinto, em uma dimensão diferente, como se estivesse em um túnel, muito além da minha consciente compreensão. Em alguns momentos, quando estou de fato guiando, simplesmente me separo completamente de qualquer outra coisa”, explicou Senna tempos depois ao escritor Gerald Donaldson.

Após o GP de Teruel, Morbidelli contou que sentiu algo parecido, que sequer se deu conta que tinham se passado 23 voltas no traçado do nordeste da Espanha.

“O nível de concentração era tão alto que não parecia possível terminar a corrida com tanto ritmo”, disse Morbidelli. “Hoje foi uma concentração brasileira, superior à italiana. Todos sabem que Ayrton Senna é um dos meus ídolos, mas nunca acreditei em um nível de concentração superior ou diferente do normal em uma corrida, mas hoje começo a acreditar mais nisso”, seguiu.

“O ser humano pode fazer coisas fantásticas se está em uma condição mental perfeita. Como Senna em Monte Carlo? Quando terminei a corrida, parecia que tinham sido duas voltas, não 23. Foi algo impressionante”, comentou. “Antes de hoje, não acreditava neste tipo de coisa. Sou hiper-racional e não alguém que é extremamente crente. Mas hoje eu senti algo diferente”, completou.

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