Pedrosa voa no molhado, supera Yamaha e vence 1ª de 2015 no Japão. Rossi aproveita erro de Lorenzo e é segundo

 

Largando na pole, Jorge Lorenzo foi desafiado por Valentino Rossi logo na saída, mas não tardou a se colocar na frente e sumir na ponta como bem gosta de fazer. Sem ritmo para acompanhar o ponteiro, o #46 se isolou na segunda colocação, mas viu as coisas mudarem de cenário na segunda metade da disputa.

A classificação do Mundial de MotoGP após o GP do Japão

Exibindo um ritmo fortíssimo já com o piso secando em Motegi, Pedrosa passou a descontar o atraso e, apesar da grande diferença dos rivais, não se acanhou. Primeiro, o espanhol deixou Rossi pelo caminho e, então, começou a reduzir os quase 3s de vantagem de Lorenzo. 

 

Mesmo sem conseguiu permanecer colado em Pedrosa, Rossi usou a manobra do espanhol para ganhar certo fôlego. De camarote, Valentino assistiu Dani tomar a ponta do #99 e depois de se colocou em posição de atacar.

 

Pouco depois, Lorenzo cometeu um raro erro, permitindo a passagem de Rossi, que voltou a aumentar sua vantagem na classificação em uma corrida que parecia completamente perdida. Os dois pilotos da Yamaha terminaram a prova com os pneus de chuva bastante desgastados.

Saiba como foi o GP do Japão de MotoGP:

 

Os pilotos torciam por uma corrida em piso seco, mas não tiveram suas preces atendidas. A chuva começou ainda na madrugada e não deu trégua com o amanhecer. Ao longo das provas das categorias menores, a água deu um pequeno intervalo, mas nada que fosse o suficiente para alterar significativamente as condições do asfalto. 

 

No momento em que os pilotos da MotoGP partiram para o grid, os termômetros marcavam 19°C, com o asfalto chegando aos 20°C. A ausência de ventos também dificultava a secagem do piso.

 

Depois de um treino classificatório espetacular, Jorge Lorenzo tinha a pole, seguido por Valentino Rossi, que parte da primeira fila pela quarta vez no ano. Trata-se da primeira dobradinha da Yamaha no grid da MotoGP desde que o #99 e Cal Crutchlow saíram na frente no GP do Catar de 2013. Se considerarmos apenas os pilotos de fábrica, a casa de Iwata não tinha um 1-2 no grid desde Le Mans em 2010.

 

Para a prova deste fim de semana, a Bridgestone levou os pneus dianteiros macios, médios e duros, e traseiros extramacios, macios e médios. Com a interrupção da chuva, os pilotos tinham de decidir entre os pneus de chuva e os slicks, uma aposta que poderia ser decisiva.

 

Quando as luzes se apagaram em Motegi, Rossi fez uma boa saída e tomou a ponta. Lorenzo chegou a se colocar na frente, mas Valentino defendeu a posição. Um pouco adiante, Jorge passou e assumiu a liderança. Pedrosa pulou para terceiro, mas logo foi ultrapassado por Dovizioso.

 

Como sempre procura fazer, Lorenzo logo tratou de abrir uma margem – 0s7. Ao fim da primeira volta, a diferença entre os pilotos da Yamaha já era de 0s9, enquanto Dovizioso ia tentando colar em Rossi. Pedrosa vinha em quarto, já mais de 1s atrás. Márquez era o quinto, seguido por Iannone.

 

Rodando cada vez mais rápido, Lorenzo foi se afastando mais e mais, levando a diferença para 2s2 ao fim da segunda volta. Dovizioso, por sua vez, tinha 0s556 de atraso para Valentino. Mais atrás, Aleix Espargaró passou Iannone para assumir a sexta colocação. Márquez vinha 0s881 à frente.

 

Com as condições de pista melhorando, Lorenzo ia virando cada vez mais rápido, estabelecendo a marca de 1min54s867 como melhor marca da corrida, ao menos nesse início de prova.

 

Ainda nos primeiros giros, Loris Baz escapou da pista e logo correu aos boxes para pegar a moto reserva, que não estava preparada.

 

Enquanto Lorenzo ia escapando mais e mais de Rossi, o italiano conseguia se afastar de Dovizioso, mantendo a diferença na casa de 0s7. Pedrosa vinha na quarta colocação, à frente de Márquez e Crutchlow, que assumiu o sexto posto após Aleix Espargaró errar e escapar da pista.

 

Falando na briga da Yamaha, Lorenzo e Rossi foram para a pista cm duas motos ligeiramente diferentes. O espanhol usou as asas, mas o italiano não. Em termos de pneus, Jorge, Valentino e Marc largaram com pneus de chuva duros na frente de macios atrás.

Na sétima volta do GP do Japão, Jack Miller sofreu uma queda, mas não se feriu e conseguiu voltar para a pista.

 

Na ponta, Lorenzo permanecia virando mais rápido que Rossi, com a diferença entre os dois ficando na casa de 3s4.

 

A partir do oitavo giro, Valentino mostrou alguma reação, passando a virar ligeiramente mais rápido que o companheiro de equipe, levando o atraso em relação ao ponteiro para 3s1. Terceiro, Dovizioso já vinha a 1s950 do #46.

 

Com 16 giros para o fim, Danilo Petrucci se despediu da prova após um tombo na curva 7. O italiano não se feriu. 

 

Com 15 voltas para o fim, Lorenzo voltou a ampliar sua margem em relação a Rossi, levando a diferença para 3s3. Dovizioso tinha a quarta colocação, seguido por Pedrosa, Márquez, Crutchlow, Iannone, Smith, Pol Espargaró e Katsuyuki Nakasuga.

 

Pouco depois, Andrea Iannone teve um problema com a GP15 e abandonou a disputa. Na sequência, Pedrosa passo Dovizioso e assumiu o terceiro posto, já 4s218 atrás de Rossi.

 

Na frente, Lorenzo parecia controlar a situação. Sempre que Rossi conseguia se aproximar, o espanhol respondia e elevava a margem mais uma vez.