Pilotos entendem dificuldade, mas pedem clareza dos comissários da MotoGP

Francesco Bagnaia, Maverick Viñales e Marco Bezzecchi afirmaram que gostariam de ter uma ideia clara sobre o que é passível de punição ou não. Os pilotos reconheceram, no entanto, que o trabalho do Painel de Comissários é difícil

Francesco Bagnaia, Maverick Viñales e Marco Bezzecchi admitiram que gostariam de ter uma ideia mais clara em relação ao que é ou não passível de punição na MotoGP. Ainda assim, os pilotos reconheceram que o Painel de Comissários da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) faz um trabalho difícil.

Apesar de a temporada ter acabado de começar, a consistência das punições já é alvo de questionamentos. Um problema que, aliás, não é novo.

MOTOGP - CORRIDA - GP DE PORTUGAL - MÁRQUEZ E OLIVEIRA
Marc Márquez caiu da moto e acabou acertando Miguel Oliveira, que vinha perseguindo a liderança (Foto: MotoGP)

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Questionados sobre o que esperam dos comissários, os pilotos de Ducati, Aprilia e VR46 admitiram que gostariam de entender melhor os limites.

“Temos de pedir por uma ideia clara em relação às punições”, disse Bagnaia. “É difícil entender. Por exemplo, no ano passado, no TL1 em Misano, eu reduzi a velocidade, pois pensei que já tivessem dado a bandeirada, mas recebi uma punição de três posições no grid. Na classificação, depois da minha melhor volta, eu estava tentando melhorar meu tempo, mas quatro pilotos estavam lentos na linha. Então perdi a minha volta, mas ninguém disse nada a esses pilotos. É difícil saber o que eles estão fazendo com a sanção do Marc…”, comentou.

Viñales concordou com Bagnaia, mas reconheceu que os acidentes de corrida são todos diferentes.

“Para mim, temos de acreditar que as escolhas e as punições são corretas. É muito complicado. Você pode ver as coisas de maneiras diferentes. Temos de seguir uma regra, mas é difícil chegar a uma conclusão com a regra”, apontou o titular da Aprilia. “As corridas são assim. Duas situações nunca serão iguais. Talvez possamos melhorar, mas os comissários têm um grande trabalho e é complicado”, assumiu.

O fim de semana em Portimão deu inicio a uma grande polêmica envolvendo os comissários. Primeiro, muita gente ficou em dúvida a cerca do critério utilizado para punir Joan Mir por tocar Fabio Quartararo — que não caiu — e não sancionar Luca Marini, que derrubou Enea Bastianini.

A grande polêmica, porém, envolve um lance entre Marc Márquez, Jorge Martín e Miguel Oliveira. Na terceira volta da corrida, o piloto da Honda tocou o adversário da Pramac e caiu, derrubando o português na sequência.

O Painel de Comissários, então, aplicou uma dupla volta longa em Márquez, apontando no documento que a punição deveria ser cumprida na Argentina. No entanto, Marc não foi a Termas de Río Hondo, já que precisou passar por uma operação na mão direita por causa de uma fratura.

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) optou, então, por fazer um remendo na punição, anunciando que o #93 deveria cumpri-la quando voltar à ativa. A Honda, contudo, não gostou, já que entende que essa alteração no texto não está amparada pelo regulamento da categoria. O caso agora será julgado pela Corte de Apelação da MotoGP.

“É difícil regular essas situações, como ultrapassagens, batalhas, contato”, avaliou Marco Bezzecchi. “São muitas situações que podem acontecer. Seria bom ter uma ideia mais clara. Mas eu entendo que os comissários têm de fazer um trabalho muito difícil. Temos a Comissão de Segurança para conversarmos juntos e encontrar soluções. Queremos que as coisas sejam melhores e mais claras”, concluiu.

O GP da Argentina da MotoGP acontece já neste fim de semana, dia 2 de abril. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade.

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