Pilotos se preocupam com baixa temperatura e sugerem mudança na programação da MotoGP
Jorge Martín e Aleix Espargaró destacaram que as baixas temperaturas deixam os pilotos mais suscetíveis a quedas e sugeriram mudanças na nova programação
A nova programação da MotoGP virou motivo de preocupação após um único dia de treinos da temporada 2023. Com a segunda atividade do dia se estendendo até o final da tarde, os pilotos se preocupam com os efeitos da baixa temperatura.
A sexta-feira (24) foi marcada por inúmeras quedas, especialmente na parte final do treino 2. A mais grave foi a de Pol Espargaró, que caiu na curva 10 e atingiu o muro. Mas Raúl Fernández e Miguel Oliveira se acidentaram mais ou menos ao mesmo tempo no mesmo ponto da pista.
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O português da RNF sofreu uma queda forte e indicou os pneus frios como causa do acidente. Felizmente, Miguel sofreu apenas uma contusão na perna esquerda.
Ao fim do dia de trabalho, os pilotos avaliaram que é perigoso realizar treinos assim tão tarde. Por causa da introdução das corridas sprint em 2023, toda a programação da MotoGP foi modificada, com o segundo treino do dia passando a durar 1h.
No caso de sexta-feira, o encerramento dos trabalhos foi adiado, também, por uma falta de energia no circuito, que causou uma longa paralisação.
“Vou pedir para talvez fazer o treino de 1h talvez pela manhã”, disse Jorge Martín. “Pois tem pistas como Silverstone e Austrália em que será difícil fazer assim tão tarde”, seguiu.
Aleix Espargaró concordou e avaliou que em países onde o clima é mais frio, a situação será ainda mais perigosa.
“Precisamos ver se podemos melhorar alguma coisa”, comentou o #41. “Pois aqui em Portimão, 25°C, tudo ok. Mas o que vamos fazer na Alemanha ou na Holanda às 17h? Bandeira vermelha o tempo todo? Bandeira amarela em todas as voltas? Porque é isso que vai acontecer”, garantiu.
“O treino 2 é classificação. É a sessão mais importante. Até mesmo mais do que a classificação. Amanhã, na classificação — largar em quarto ou sétimo? Uff. Hoje, terminar em sétimo ou 11º? É uma diferença enorme”, indicou. “Então sabemos que a sessão em que vamos arriscar mais é o treino 2. Às 17h em alguns países onde faz frio, não é a melhor ideia”, completou.
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