Prestes a deixar equipe, Rossi diz que vitória pela Ducati “teria sido melhor que voltar para Yamaha”

Valentino Rossi não esconde a decepção por seus resultados nestes quase dois anos de Ducati e afirmou que vencer pelo time de Borgo Panigale teria sido melhor que voltar para Yamaha

 

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Valentino Rossi não esconde a tristeza por não ter conseguido vencer com a Ducati nesses quase dois anos na equipe. No GP do Japão, realizado no último domingo (14), o italiano conquistou a sétima colocação e, mais uma vez, ficou decepcionado com o desempenho da GP12. 

 
“Dei tudo de mim este fim de semana, tanto na classificação como na corrida. Nós trabalhamos bem e encontramos um bom acerto, mas não foi o suficiente”, explicou em entrevista ao site italiano ‘GPOne’. “Os outros são mais rápidos, especialmente na primeira parte da corrida. Com o novo chassi e a nova balança, posso manter um ritmo mais constante, mas sentimos falta de outro meio segundo para lutar pelo pódio”, continuou.
Rossi afirmou que tem como meta o quinto lugar na classificação da MotoGP (Foto: Ducati)
“Todos os outros pilotos mostraram seu potencial nesta corrida, e este é o nosso. Não sei se é bom ou ruim que eu tenha dado o meu melhor. Terminar em sétimo por causa de algum problema é uma coisa, mas quando as coisas vão bem, é outra”, considerou. 
 
Prestes a deixar o time para retornar à Yamaha, Rossi ponderou que a fábrica de Borgo Panigale ainda tem muito o que fazer, mas que a missão de melhorar a moto ficará para Nicky Hayden e Andrea Dovizioso, que vai assumir sua vaga em 2013. 
 
“Ainda tem muito trabalho a ser feito, especialmente porque a Honda e a Yamaha estão quase perfeitas. A Ducati realmente precisa arregaçar as mangas para alcançá-los. Mas a maior parte deste trabalho terá de ser feito por outros”, falou. “Só posso focar nas corridas restantes e eu não quero desistir.” 
 
Valentino declarou que também não fica satisfeito com os resultados que tem conquistado e colocou como meta a quinta posição na classificação da MotoGP.
 
“Eu também não gosto de conquistar resultados como estes e, talvez, as outras pistas possam nos ajudar mais ou possamos encontrar condições favoráveis”, avaliou. “Ainda estou lutando pelo quinto lugar no Mundial, mesmo que [Álvaro] Bautista e [Cal] Crutchlow sejam mais rápidos. Mas você precisa ter objetivos, do contrário pode lhe faltar motivação e perder a concentração nessas motos pode ser muito perigoso”, ponderou. 
 
O multicampeão também lamentou não ter conseguido vencer com a Ducati e afirmou que teria sido melhor do que o retorno à Yamaha. Ainda assim, o piloto frisou que sempre deu seu máximo pelos resultados com o time vermelho, assim como sua equipe. 
 
“Eu realmente teria gostado de vencer com a Ducati. Teria sido melhor do que voltar para a Yamaha e eu sempre fiz o meu melhor. Sempre dei 100%, assim como os caras que trabalham comigo na pista”, assegurou. “Tiveram momentos em que eu fiquei bravo, mas eu estava mais desapontado, porque sempre que não conseguimos resolver os nossos problemas, sempre foi culpa dos pilotos. Eles tentaram encontrar um piloto que pudesse andar com essa moto, quando eu acho que eles deveriam estar focados apenas nos problemas dela”, recomendou.
 
Questionado sobre o que ainda falta no projeto da Desmosedici, Rossi voltou a falar da velocidade, especialmente na primeira parte das corridas. 
 
“Nos falta velocidade na primeira parte da corrida. Depois disso, quando os pneus se desgastam, eu melhoro. Mas nas primeiras voltas, estamos meio segundo mais lentos que os outros e eu não estou falando do [Jorge] Lorenzo e do [Daniel] Pedrosa”, considerou. “É só olhar para os tempos: na última volta, eu estava a dois décimos do piloto mais rápido. Nossa entrada e saída de curvas não é excepcional, mas são boas. Mas acelerar nas curvas de baixa faz a traseira escorregar demais. Perdemos dois décimos por curva”, completou. 
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