Retrospectiva 2021: Bagnaia floresce, ganha força e vira protagonista na MotoGP

Francesco Bagnaia chegou à Ducati cercado de dúvidas, mas conseguiu vencer pela primeira vez na MotoGP e colocar-se em posição de brigar pelo título. Agora, sai com força e bem cotado para 2022

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Quando a Francesco Bagnaia foi anunciado como novo piloto da equipe de fábrica da Ducati, muitos torceram o nariz, é verdade. Piadinhas maldosas diziam que a montadora precisava manter um italiano em seus quadros e, por isso, optou pelo jovem de Turim, preterindo assim o mais experiente Johann Zarco.

Pode até ser que Pecco tenha furado a fila para correr ao lado de Jack Miller, mas sai com mais força do que qualquer outro piloto do grid por méritos próprios em um ano que parecia de mera adaptação.

Em seu terceiro ano na MotoGP, Bagnaia chegou cercado de dúvidas. Campeão da Moto2 em 2018, foi alçado ao grid da classe rainha do Mundial cercado de expectativas, mas uma instável moto da Pramac e diversas lesões o fizeram passar longe do potencial esperado. Nos dois primeiros anos, apenas um pódio e muitos abandonos. Ao lado de um Jack Miller mais experiente e cotado como favoritos após os testes, a pressão era ainda maior.

Francesco Bagnaia segurou Marc Márquez durante toda a corrida em Aragão (Foto: AFP)

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Pecco não poderia começar melhor o ano, cravando a pole-position logo na abertura do campeonato, no Catar. Na corrida, é verdade, não conseguiu brigar pela vitória, mas chegou em terceiro e foi ao pódio logo de cara. Sinal de que a temporada era promissora, apesar de não ter ido tão bem na segunda etapa em Losail.

Mas foram os erros que marcaram a primeira metade de temporada do italiano. Em Portugal, perdeu a pole por desrespeitar bandeiras amarelas e largou em 12º, ainda que tenha chegado no pódio depois. Na Itália, assumiu a liderança na largada, mas caiu e entregou uma vitória fácil no colo de Fabio Quartararo.

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Bagnaia liderava em Misano, mas caiu e deu o título para Quartararo (Foto: Ducati)

A reação de Bagnaia chegou só na reta final do calendário, quando Quartararo já tinha uma vantagem confortável na liderança e os demais competidores pareciam falhar na missão de acompanhá-lo. Pecco conseguiu quatro vitórias nas últimas seis corridas, mas não foi o suficiente, ficou apenas com o vice.

Mesmo assim, subiu de patamar. Na primeira vitória, em Aragão, segurou um valente Marc Márquez durante toda a corrida. Na segunda, controlou os ataques de Quartararo. No Algarve, foi dominante de ponta a ponta, e em Valência levou em uma pista que não favorece a Ducati. Em cada conquista, uma qualidade diferente para brilhar.

Não é difícil dizer que Bagnaia terminou 2021 em alta, como o melhor piloto. Se a Ducati mantiver o nível da moto para o próximo ano, o italiano se coloca como principal candidato ao título, basta errar menos e capitalizar as chances quando aparecem.

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