A Suzuki apresentou as suas armas para a disputa da temporada 2017 do Mundial de MotoGP neste domingo (29), em Sepang. Depois de ter pela frente um ano vencedor, a montadora japonesa viu a saída de Maverick Viñales, dono dos melhores êxitos da Suzuki em 2016 — com direito a uma vitória e outros três pódios —, para a Yamaha. Então, no seu terceiro ano de retorno à classe rainha do Mundial de Motovelocidade, era a hora de reformular algumas peças. Assim, a equipe chegou com uma dupla de pilotos completamente reformulada. Além de Viñales, Aleix Espargaró deixou o time, encontrando lugar na Aprilia após ter sido dispensado. A Suzuki agora conta com Andrea Iannone como a grande referência em termos de experiência e trouxe da Moto2 o jovem e talentoso espanhol Álex Rins.
Com juventude e experiência, a Suzuki apresentou a nova GSX-RR. Que, visualmente, nem parece tão nova assim, já que o novo modelo ostenta praticamente a mesma pintura usada na temporada passada. No entanto, certamente há modificações em termos de chassi e suspensão, por exemplo. Mas a base, como
garantiu Davide Brivio, chefe de equipe da Suzuki, foi mantida.
Na apresentação, Brivio foi o primeiro a ser chamado ao palco para falar sobre as expectativas para um 2017 completamente diferente para a Suzuki.
Andrea Iannone e Álex Rins, os novos pilotos da Suzuki, apresentam a nova GSX-RR (Foto: Suzuki)
“Tudo é novo: novos pilotos, nova moto. Os engenheiros no Japão trabalharam muito neste projeto, com muita paixão, muita empolgação. Estamos muito felizes com a nossa dupla de pilotos. Andrea Iannone é um piloto de ponta na MotoGP, já venceu corrida. Do outro lado da garagem vamos ter Álex Rins, um estreante, piloto de grande talento vindo da Moto2. Temos muita pressão porque a Suzuki tem uma longa história, grandes pilotos, grandes conquistas”, declarou o italiano.
“Com este projeto, nós tentamos renovar e trazer isso de volta. É uma boa motivação para todos tentarem dar sequência a essa tradição e levar a Suzuki de volta ao topo. O que fizemos até agora é bastante surpreendente. Tudo era novo há dois anos, e conseguir vencer uma corrida no ano passado foi incrível. Estamos muito empolgados em melhorar o máximo que pudermos. Foi bom ter vencido, mas este tem de ser apenas nosso ponto de partida”, emendou.
Em seguida, a apresentação da Suzuki trouxe imagens do estreante Álex Rins, feliz e ansioso com o novo desafio na MotoGP. “Estou pronto para começar este projeto com muita empolgação, empolgado para guiar a moto amanhã no teste. Depois do teste de Valência, fiquei um mês parado. Mas depois disso treinei muito, fiz muitas coisas, moto, motocross, esqui, academia… estou pronto para aproveitar”. O espanhol, recentemente, não
escondeu que chega à Suzuki pressionado para ao menos igualar os feitos do compatriota Viñales.
Andrea Iannone e Álex Rins, os novos pilotos da Suzuki (Foto: Suzuki)
Rins, os 21 anos, chega credenciado por boas campanhas na Moto2. Embora não tenha sido campeão, o espanhol nascido em Barcelona foi vice-campeão em 2015 e terceiro no ano passado.
Álex se mostrou bastante impressionado com as primeiras impressões do modelo da MotoGP, que teve a chance de guiar durante os testes coletivos em Valência, em novembro do ano passado. “Não é fácil, não é fácil ser rápido, tenho agora muita potência nas mãos. Foi incrível sentir a potência, a velocidade na moto. É muito mais pesada. A sensação é incrível, única”.
“Quando entro nos boxes, sinto como se fosse uma família, as pessoas perguntando para mim sobre tudo, me cumprimentando… estou muito feliz. Claro, quero aprender, tentar ser o mais rápido possível, adquirir experiência e ser bastante rápido”, complementou.
Pouco depois, entrou o grande reforço da equipe japonesa em 2017. Iannone, hoje com 27 anos, venceu sua primeira corrida no ano passado, o GP da Áustria. Fora da Ducati, o italiano terá a missão de ser a referência da Suzuki. O experiente piloto, na MotoGP desde 2013, não escondeu a empolgação com sua nova casa no Mundial.
“A primeira impressão, em Valência, com a moto, com a Suzuki, foi muito boa para mim. A moto é muito especial porque o chassi funciona muito bem, isso é muito importante para mim. Espero [vencer], é minha meta. Claro que é muito difícil em uma categoria como a MotoGP, com muitas montadoras fortes, muitos pilotos bem fortes, mas tenho grandes esperanças para o futuro, por que não?”, disse.
Álex Rins vai fazer sua estreia na MotoGP a bordo da nova GSX-RR da Suzuki para 2017 (Foto: Suzuki)
“Desde o começo tive uma boa impressão de toda a equipe, uma família. Isso é muito bom. Todo mundo sorri, todos bem, e isso é muito importante. Tudo tem sido perfeito”, salientou Andrea, que rasgou elogios ao novo companheiro de equipe. “Álex é um grande piloto, muito forte. Acho que ele vai aprender muito rápido. Espero ter uma boa relação com ele no desenvolvimento da moto”, acrescentou.
Em seguida, foram chamados o chefe do projeto da Suzuki na MotoGP, Satoru Terada, e Kew Kawauchi, diretor-técnico da montadora, que também expressaram o sentimento às vésperas da temporada 2017. Pouco depois, enfim a moto foi revelada ao público. Um modelo visualmente muito parecido com o do ano passado, incluindo a pintura. Contudo, as mudanças estão todas concentradas internamente.
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