Suzuki surpreende e anuncia saída da MotoGP ao fim da temporada 2022
A casa de Hamamatsu pegou funcionários e pilotos de surpresa nesta segunda-feira (2) ao comunicá-los que vai deixar o Mundial no fim da atual temporada. A fábrica japonesa tinha renovado o contrato com a Dorna, promotora do campeonato, até 2026 no início do ano passado
A Suzuki detonou uma bomba no paddock de Jerez de la Frontera nesta segunda-feira (2). Um dia após o GP da Espanha, a fábrica de Hamamatsu aproveitou o teste coletivo para reunir pilotos e funcionários e comunicar a decisão de deixar a MotoGP ao fim da temporada 2022.
Campeã com Joan Mir em 2020, a fábrica japonesa tinha renovado o acordo com a Dorna, promotora do campeonato até a temporada 2026, no início do ano passado. De acordo com o site britânico The Race, a decisão foi tomada pela companhia no Japão e não teve nenhum envolvimento da equipe de corrida, que contratou Livio Suppo no início do ano para comandar os trabalhos.
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A saída do Mundial ainda não foi anunciada oficialmente, mas já foi confirmada por diferentes veículos da imprensa internacional. O site espanhol Motorsport foi o primeiro a noticiar, seguido pelo britânico Autosport. A informação foi confirmada também por fontes da Suzuki ao site The Race. O anúncio da fábrica japonesa é aguardado para as próximas horas ou até na manhã de terça-feira.
Saídas intempestivas, aliás, parecem ser um hábito na Suzuki. Em 2011, por conta dos impactos da crise econômica da época, os japoneses anunciaram o fim da primeira passagem pela MotoGP depois até de contratar pilotos para o ano seguinte. Desta vez, o cenário é diferente.
Dona de um dos menores orçamentos do Mundial, a Suzuki ainda não tinha renovado os contratos de Joan Mir e Álex Rins, mas Suppo vinha falando abertamente sobre a possibilidade de manter os dois pilotos com a equipe.
Agora, Mir e Rins ficam a pé para 2023. Restam, entretanto, muitas vagas ainda em aberto, já que poucos pilotos tiveram os contratos renovados, como é o caso de Francesco Bagnaia na Ducati, Marc Márquez na Honda, Franco Morbidelli na Yamaha e Brad Binder na KTM.
Além de dar tempo aos pilotos para buscarem uma nova vaga, o anúncio antecipado também vai facilitar a realocação de todos os profissionais que ficarão sem emprego com a saída da Suzuki do campeonato.
Segundo o site italiano GPOne, o presidente da Suzuki, Hiroshi Tsuda, gostaria de permanecer na MotoGP, mas foi voto vencido no conselho administrativo por conta do impacto econômico da pandemia de Covid-19 e também da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Recém-empossado no cargo de chefe da equipe, Suppo ficou em silêncio nesta segunda-feira ao ser questionado sobre a notícia da saída do Mundial.
“Sem comentários. Espero que vocês entendam a minha situação. Tenha uma boa noite”, disse ao site italiano o dirigente, que saiu da aposentadoria para assumir o comando da equipe no início deste campeonato.
Após a última retirada, a Suzuki retornou à MotoGP em 2015, período em que conquistou cinco vitórias, uma pole, 36 pódios e um título. Neste período, a marca foi liderada principalmente por Davide Brivio, que partiu para a Fórmula 1 para trabalhar com a Alpine após a temporada 2020.
Por enquanto, a Dorna também não se manifestou.
A MotoGP volta às pistas no próximo dia 15 de maio para o GP da França, em Le Mans, sétima etapa da temporada 2022. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.
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