Ferreira morre aos 29 anos após grave acidente na etapa de Interlagos da Moto 1000 GP

O gaúcho foi atropelado logo na segunda volta da prova ao sofrer uma queda depois de perder o controle da moto. Ele foi levado em estado grave ao Hospital Geral de Pedreira, mas não resistiu aos ferimentos

O piloto Cristiano Ferreira, de 29 anos, morreu na tarde deste domingo (23) durante a disputa da categoria GP Light da Moto 1000 GP, no autódromo de Interlagos. Conhecido como ‘Padeiro’, o gaúcho, que competia com a moto de número 84 da equipe de Carlos Barcelos, sofreu uma queda na segunda volta na segunda perna do 'S do Senna' e foi atropelado por outro competidor. Ainda na pista, ele teve uma parada respiratória, foi levado ao Hospital Geral de Pedreira em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.

Essa é a terceira morte recente após acidentes de moto em Interlagos. Em 24 de fevereiro de 2011, João Lisboa morreu no track day, em um dia que a pista estava aberta para alunos da escola de pilotagem. No dia 14 de julho de 2012, o piloto Renan Alves morreu vítima de uma parada cardíaca. Ele havia sofrido um acidente em Interlagos, na disputa da Moto 1000 GP há um ano e pedia apoio para lutar contra as sequelas.

Cristiano Ferreira perdeu a vida em um acidente em Interlagos (Foto: Moto 1000 GP)

No comunicado oficial emitido pela organização da Moto 1000 GP, a competição "lamentou profundamente" a morte de Ferreira e explicou os motivos e os procedimentos realizados após o acidente que, horas mais tarde, resultaria na morte de 'Padeiro'.

Gilson Scudeler, organizador da Moto 1000 GP, representou a categoria ao falar sobre o caso. “Eu lamento profundamente. Como ex-piloto conheço os riscos do esporte. Eu tenho obsessão extrema pela segurança dos pilotos. É uma tragédia, uma fatalidade. O Cristiano teve uma queda comum, numa parte da pista de baixa velocidade. Provavelmente, teria sido um simples acidente se não tivesse sido atingido por outra moto”, lamentou Scudeler.

Segundo o comunicado, Cristiano foi prontamente atendido pelo serviço médico do evento chefiado pelo doutor Marcos Kourukian, de acordo com o protocolo de suporte avançado de vida (ATLS). 
 
“Constatou-se no atendimento traumatismo craniano grave e traumatismo grave no tórax . O piloto estava com hemorragia importante e em parada cardíaca. Foram realizados procedimentos de RCP — Reanimação Cardiorrespiratória, com manobras de entubação e colar cervical. Pela gravidade do caso, foi realizado o deslocamento para o Hospital Geral de Pedreira”, explicou a organização da Moto 1000 GP.
 
“Ele teve outra parada cardíaca no percurso entre o autódromo e hospital, sendo reanimado pelo doutor Ricardo Duprat. Deu entrada pela emergência do hospital, e reanimação pela equipe da emergência, mas veio a falecer às 15h07 deste domingo”, continuou. “Em função da tragédia, em sinal respeito ao piloto, à família e colegas não houve cerimônia de pódio nem premiação da corrida. O evento guardará três dias de luto sem qualquer tipo de atividades”, encerrou Scudeler em comunicado.
 
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