Barreda Bort põe Honda na frente na 1ª etapa do Dakar. Cavigliasso lidera 1-2 argentino nos quadris

A Honda começa a 41ª edição do Rali Dakar disposta a finalmente encerrar a dinastia da KTM na competição das motos. E a marca japonesa começou bem com a vitória de Joan Barreda Bort na primeira especial — e mais curta da prova, de apenas 84 km. Pablo Quintanilla, chileno da Husqvarna, foi o segundo. Nos quadriciclos, Nicolas Cavigliasso foi o grande protagonista

1ª etapa – Lima – Pisco 
Trecho de especial: 84 km
Deslocamentos: 247 km
Trecho total: 331 km
 
A dinastia da KTM na competição de motos do Rali Dakar já dura 17 anos, tendo como último campeão Matthias Walkner. Mas a Honda, disposta a finalmente encerrar a supremacia austríaca no maior rali do mundo, começou bem a 41ª edição da prova e venceu a primeira especial, disputada nesta segunda-feira (7). Foi o trecho cronometrado mais curto de todo o percurso, de apenas 84 km entre Lima, a capital peruana, e Pisco. Vitória do espanhol Joan Barreda Bort, da equipe oficial da Honda — sua 17ª em especiais no Dakar —, com o chileno Pablo Quintanilla, da Husqvarna, em segundo. A melhor KTM foi a de Sam Sunderland, quinto colocado.
 
Exatamente às 9h50, hora local (12h30 de Brasília) começou oficialmente a 41ª edição do Rali Dakar. Pela primeira vez na história, a maior competição off-road ao redor do mundo tem como palco apenas um único país: o Peru. Coube ao chileno Ítalo Pedemonte, inscrito na competição dos quadriciclos, a primazia de abrir a prova na especial nesta segunda-feira, a mais curta do percurso, de apenas 84 km. Nas motos, a largada foi dada na ordem decrescente, do maior numeral inscrito, do israelense Gee Motzkin, com o campeão Matthias Walkner sendo o último a acelerar, a partir de 14h23.
Joan Barreda Bort venceu a primeira especial do Rali Dakar 2019 (Foto: Honda HRC)

Como os favoritos foram os últimos a largar, a especial foi decidida apenas com a chegada dos respectivos pilotos à zona de meta. Dentre os que largaram primeiro, o melhor colocado na especial foi o peruano César Pardo, mas a especial esteve longe de ser definida aí.

 
Depois, quem apareceu na frente foi o vice-campeão do ano passado e um dos favoritos a vencer a prova em 2019, o argentino Kevin Benavides, da Honda, que chegou a fazer uma provisória dobradinha com o irmão, Luciano Benavides. Mas Kevin, por exemplo, havia largado em 93º, de modo que muitos dos grandes candidatos ao título ainda precisariam cruzar a zona de meta.
 
Com a passagem de todos os principais pilotos pelos dois waypoints, aí o cenário ficou mais claro com a liderança de Joan Barreda Bort, espanhol que defende a Honda. Pablo Quintanilla, chileno da Husqvarna, passou em segundo, e Toby Price, campeão em 2016, em terceiro lugar. A chegada dos pilotos à zona de meta confirmou o resultado e a vitória de Barreda Bort, que completou o trecho em 57min36s, 1min34s à frente do chileno. 
 
Price perdeu um pouco de tempo entre o waypoint 2 e a zona de meta. Assim, o terceiro lugar ficou com outra Honda, a do norte-americano Ricky Brabec, 2min52s atrás do líder, enquanto o francês Adrien Van Beveren, que ficou muito perto de levar a Yamaha à vitória geral no Dakar em 2018, foi o quarto colocado, seguido pela KTM do britânico Sam Sunderland. Price finalizou em sexto, logo à frente de Walkner. Kevin Benavides foi o oitavo, seguido por Corjejo Florimo e Xavier de Soultrait, que completou o top-10. Laia Sanz, espanhola que foi um dos grandes destaques dos últimos anos, fechou a etapa em 31º lugar.
 
O Brasil, que volta a contar com inscritos na competição das motos, teve Marcos Colvero completando sua primeira especial no Rali Dakar com 2h18min21s com sua KTM de numeral #109, alcançando a posição 132 nos resultados provisórios. E Antonio Lincoln Berrocal, que também estreia no maior rali do mundo — e é o mais velho a competir nesta prova nas motos, com 59 anos — fez a primeira etapa com um tempo melhor: 1h37min02s com a KTM de numeral #103, finalizando em 95º no geral.
 

Dobradinha argentina nos quadriciclos
 
A primeira especial nos quadriciclos foi dominada pelos argentinos. A categoria, que perdeu muitos competidores em relação aos últimos anos e conta com apenas 26 inscritos, teve como vencedor Nicolas Cavigliasso, atual vice-campeão do Dakar. O campeão do ano passado, Ignacio Casale, migrou para os SXS, os UTVs.
Nicolas Cavigliasso começou bem a luta pelo título nos quadriciclos (Foto: Twitter)

O piloto, que conta com o numeral #240 e foi o melhor estreante de 2018, com três vitórias em especiais, completou o curto trecho de etapa entre Lima e Pisco em 1h17min15s. O piloto, que corre com um quadri da Yamaha, foi 3min55s mais rápido que o compatriota, Jeremías González Ferlioli, vice-campeão em 2016.

 
O europeu melhor colocado em meio a uma prova que conta com a predominância dos sul-americanos nos quadriciclos foi o tcheco Tomáš Kubiena, que terminou a especial de 84 km 8min22s atrás do tempo de Cavigliasso. Em quarto, terminou outro argentino, Gustavo Gallego, natural de Bahía Blanca, enquanto o francês Axel Dutrie completou o top-5 com 10min41s de atraso para o líder da etapa, sendo seguido pelo experiente paraguaio Nelson Sanabria.
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