Presidente reconhece importância e busca incluir Dakar no calendário do Mundial de Rali da FIM

Novo presidente da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), Jorge Viegas foi a Lima, no Peru, acompanhar a edição 2019 do Rali Dakar. A viagem, no entanto, tem caráter oficial, já que o português quer incluir a prova organizada pela ASO no calendário do Mundial de Rali Cross-Country

Novo presidente da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), Jorge Viegas já começou 2019 trabalhando. O mandatário da entidade máxima do motociclismo está em Lima, no Peru, para acompanhar o Rali Dakar e negociar a introdução da prova no calendário do Mundial de Rali Cross-Country da entidade.
 
Sucessor de Vito Ippolito, Viegas foi ao Peru sem fazer segredo de seus objetivos. Ainda pelas redes sociais, o português tinha anunciado a meta de incluir o Dakar na programação do Mundial.
FIM quer Rali Dakar no calendário do Mundial (Foto: Antonin Vincent/DPPI)
“Pela primeira vez, um presidente da FIM está presente na largada do Dakar!”, escreveu Viegas no Twitter. “Estou muito feliz de estar em Lima e vou fazer de tudo para trazer essa ótima corrida para o nosso Mundial!!!”, completou.
 
Falando ao jornal espanhol ‘Marca’, Viegas afirmou que sua presença na capital peruana “não é por acaso”.
 
“Primeiro, esta é a primeira prova de 2019. Depois, porque é para dar uma importância para esta prova, que a FIM deixou um pouco de lado. Da minha parte, é a terceira vez que quero colocar essa prova no Mundial de Ralis da FIM”, declarou. “Outra razão é que a promessa do meu mandato é dar mais importância aos continentes que têm mais dificuldades para desenvolver o motociclismo. A América do Sul é um continente com muitas federações com ganas de fazer coisas boas, mas lhes falta os meios, os instrumentos”, ponderou.
 
O novo presidente da entidade sublinhou que ter o Dakar no calendário do Mundial é um desejo antigo e prometeu empenho para atingir a meta.
 
“É um objetivo antigo meu e agora como presidente vou fazer de tudo para conseguir isso”, avisou. “Já conversei com Ettiene Lavigne, amanhã vou ter uma reunião com o diretor-geral da ASO e espero conseguir isso para o próximo ano. Só posso dizer que a minha proposta é que o Dakar conte o dobro dos pontos das outras provas. Fora isso, vamos fazer um regulamento conjunto, fazer as coisas simples, mas dar a importância devida a essa modalidade que, agora, só se fala no Dakar”, explicou.
 
Viegas reconheceu que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) aparece como um obstáculo para suas pretensões, mas reforçou a meta de valorizar o Mundial de Rali Cross-Country da FIM.
 
“A posição de Lavigne é positiva, mas ele não tem o poder de decidir isso. Tem que ser a administração da ASO”, apontou. “Se fosse só para as motos, seria mais fácil, mas com os carros é mais complicado, por causa da FIA. Eu não tenho nada a ver com a FIA e não posso ser prejudicado porque eles não se entendem com a FIA”, seguiu.
 
“Eu quero essa prova no Mundial de Rali Cross-Country da FIM, ponto, porque é a prova mais importante”, destacou. “E temos de fazer como se faz no motocross e em outros, ter um acordo com os principais fabricantes para ter um número de pilotos oficiais que façam todo o Mundial para dar a verdadeira importância ao Mundial. Este é o meu objetivo final”, concluiu.
 
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