Peterhansel vê aprendizado com carro elétrico da Audi, mas pontua: “Muito complexo”
Stéphane Peterhansel já venceu o Dakar 14 vezes e é um dos mais experientes nomes do grid para 2024. Mesmo assim, o francês reconheceu que tem aprendido muito com o carro elétrico da Audi, mesmo que o projeto ainda não tenha dado vitórias no rali
A Audi voltou ao cenário dos ralis há três anos, quando anunciou que participaria do Dakar com um projeto elétrico que prometia ser revolucionário e inovador. Desde então, porém, não conseguiu mostrar muito no grande palco mesmo chamando experientes competidores como Stéphane Peterhansel, Mattias Ekström e Carlos Sainz.
O Audi RS Q e-tron é um carro elétrico que possui um motor a combustão que faz conversão de energia e carrega a bateria ao longo do caminho. Apesar de algumas vitórias em etapas do Dakar, o carro nunca conseguiu exceder as expectativas e ficou sem conquistas no geral do complicado rali que acontece no início do ano.
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Em entrevista ao site RacingNews365, Peterhansel — que é 14 vezes vencedor do Dakar — comentou detalhes do projeto e tentou explicar o que falta para a Audi finalmente vencer no maior palco do projeto.
“A grande dúvida, pra mim, foi saber se era possível pilotar um veículo elétrico no deserto. Quando iniciei conversas com a Audi, disse que se uma marca pudesse fazer isso, era a deles. A Audi possui muita experiência no esporte a motor e em híbridos. Foi uma grande oportunidade para descobrir um novo mundo, não hesitei em trabalhar com o time e foi bem interessante”, afirmou o francês.
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“Aprendi muito, mas não suficiente. Para uma pessoa normal, que não é engenheiro ou mecânico como eu, é muito complexo. Meu navegador [Edouard Boulanger] entende um pouco mais do que eu, pois é engenheiro. Mas tivemos que aprender a dirigir basicamente um outro carro. Por exemplo, não há caixa de câmbio. Isso não foi complicado, mas foi necessário para entender um carro como esse”, disse Peterhansel.
O experiente piloto ainda declarou que um das coisas mais difíceis de todo o processo de aprendizagem foi o barulho do carro, mais suave do que os convencionais, justamente por ser elétrico.
“Foi uma das coisas mais complicadas, o barulho de energia atômica. Carregamos a bateria e o conversor de energia quando pilotamos uma etapa, mas o motor fica o tempo todo ligado. Ficamos um pouco confuso pelo barulho, mas em termos de virar e frear, o carro é simples de dirigir”, finalizou.
O Dakar 2024 acontece entre os dias 5 e 19 do próximo ano, sempre dentro do território da Arábia Saudita, que mais uma vez recebe o evento. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa de todas as classes do maior evento de rali do ano.
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