Barrichello quebra escrita em Interlagos e é premiado pela resiliência com bi na Stock Car
O veterano de 50 anos se libertou de um tabu que o acompanhou por anos na carreira: a falta de sorte em Interlagos para assegurar o bicampeonato da Stock Car. Mas a temporada 2022 termina com decisão polêmica - mais uma - dos comissários de prova na exclusão de Gabriel Casagrande pelo incidente com Daniel Serra. O que fazer?
A Stock Car 2022 chegou ao fim neste domingo (11) com um dia para ficar na história. Interlagos viu, finalmente, Rubens Barrichello quebrar uma escrita que o acompanhou durante toda a carreira. É verdade que a vitória não veio, ficou com Felipe Baptista e Ricardo Maurício, mas o título dramático, de um piloto que rodou logo no início da corrida, caiu para as últimas posições e veio ganhando terreno durante a prova, coroa alguém que ama o que faz.
Aos 50 anos, Rubens mantém uma vitalidade e paixão pelo esporte que impressionam. Só em 2022, ele andou de kart, voltou a competir pela Ferrari – e ganhou. Mais do que isso, viu seu legado no esporte começar a ganhar vida, com o filho Fefo vencendo duas corridas pela F4 Brasil, ambas em Interlagos. Enfim, o tabu de vencer “no quintal de casa”, como sempre disse em entrevistas, foi passando para a recompensa vir na rodada dupla final da Stock Car.
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“Estou tão feliz, só tenho a agradecer à todos que gostam de mim. É o dia mais feliz da minha vida. Sinto uma gratidão enorme. Tenho um amor tão grande por essa pista. A gente sempre teve uma ‘coisinha’, mas hoje estou liberto dessa situação. Interlagos entregou algo que eu estava atrás há algum tempo”, disse o agora bicampeão.
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Embora, não há como deixar de lado que, mais uma vez, o protagonismo dos comissários de prova se manteve presente. Não foram poucas as vezes que os excessos nas punições aos pilotos foram alvos de críticas e não poderia ser diferente na Super Final. O campeonato acabou antes do fim da corrida, ao decidirem pela desclassificação de Gabriel Casagrande pelo incidente com Daniel Serra.
Há quem diga que a punição foi rigorosa, Casagrande mesmo falou poucas e boas sobre a decisão. “Não tem o que falar. Fui jogado para fora e, quando volto, a culpa é minha. Não sei o que tenho de fazer, porque ele me bateu primeiro. Infelizmente tem gente que tem mais poder do que eu”, disse à TV Bandeirantes.
O fato é que a temporada 2022 da Stock terminou como se esperava. No afã de evitar as críticas pela demora da decisão, os comissários ganharam protagonismo novamente pelo excesso. É neste cenário que a categoria precisa se mexer para tentar aplacar esses problemas.
O CEO da Stock Car, Fernando Julianelli, garantiu que está de olho e planeja investimentos em tecnologia para atenuar as excessivas punições. “Sem dúvida, a insatisfação número um é nossa. É nosso produto e temos de tomar o maior cuidado possível”, falou com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO.
O cartola já está de olho no que há disponível para o novo protótipo da categoria, como telemetria e câmeras on-board nos carros. “Essas ferramentas buscam minimizar as mudanças de resultado da corrida e acredito que vai haver uma melhora. Vai resolver? Não sei, mas nós vamos chegar lá”, completou.
Barrichello merece o bicampeonato pelo trabalho, pela regularidade, pela resiliência. Mas olhar para frente é preciso, e isso significa menos destaque às decisões dos comissários. A Stock Car volta em abril de 2023, com a abertura da temporada no Autódromo de Goiânia.
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