Compradores da Caterham desmentem Fernandes em novo comunicado e dizem que salários foram pagos

A nova novela do Mundial de F1 está sendo escrita através de comunicados de cá e de lá: pela segunda vez na quinta-feira, grupo Engavest SA negou alegações de Tony Fernandes

Os compradores da Caterham divulgaram mais um comunicado, na noite desta quinta-feira (23), contrapondo Tony Fernandes, o antigo dono da equipe. Dessa vez, o grupo suíço Engavest SA assegurou que fez o que deveria ter feito por contrato, pagou os salários dos funcionários e se recusou a buscar uma solução para um empréstimo feito junto ao Banco de Exportações e Importações da Malásia (Exim). Em contrapartida, não recebeu legalmente a posse das ações.

A nova nota inclusive revelou uma estranha sequência de acontecimentos nos bastidores, como um funcionário do Grupo Caterham invadindo um arquivo com dados confidenciais do time de F1.

O Grupo Caterham continua pertencendo a Fernandes, que vendeu a equipe Caterham para os investidores árabes e suíços, representados no mundo da F1 por Colin Kolles, no fim de junho. O anúncio aconteceu na semana do GP da Inglaterra. Na quarta-feira, contudo, o time foi "devolvido".

É um comunicado atrás do outro nessa história da Caterham (Foto: Beto Issa)

“Incidentes como um representante do Grupo Caterham invadindo uma sala de arquivo contendo nossos documentos particulares e confidenciais e a contínua recusa a lidar com o grande empréstimo junto ao Exim para completar o acordo culminou no total desprezo do Engavest por Fernandes e os executivos de seu Grupo, com quem entramos em um acordo com boa fé”, diz o texto.

“O Engavest desmente veementemente as alegações de Tony Fernandes e Graham MacDonald acerca de sua conduta ao tentar comprar a Caterham F1. Nosso comunicado de hoje cedo está mantido. Cada uma das condições do contrato de compra e venda pelas quais o Engavest ficou responsável foram cumpridas. Apenas o vendedor, Fernandes, falhou ao cumprir suas obrigações”, assegura.

Ainda, o Engavest afirma que pagou os salários dos funcionários, condição que Fernandes disse ter colocado como prioritária para fazer o repasse das ações. Também negou ter apontado o faxineiro Constantin Cojocar como diretor da Caterham Sports Ltda., que está sob administração judicial desde a semana passada.

“O Engavest vendeu a CSL. Não apontou Mr. Cojocar, que acreditamos ser um ex-jogador de futebol do Steaua Bucarest durante os anos 1980”, ironiza.

Análise: Agonia da Caterham mostra que
F1 não tem mais espaço para aventureiros

Gene Haas que se cuide. A F1 não é nada simpática com as equipes pequenas do grid. A Caterham, que começou como uma aventura do magnata malaio Tony Fernandes, está melancolicamente indo para o buraco.

Leia a análise completa aqui.

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