Hamilton fala que idade mudou forma de encarar esporte e revela medo: “Não ser tão grande como sei que posso ser”

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Lewis Hamilton e a tenista Serena Williams são amigos de longa data, por isso uma conversa descontraída entre os dois acabou por revelar os medos e a face mais competitiva do tricampeão da F1, que admitiu em uma entrevista à estrela do tênis mundial seu único medo como esportista: não conseguir ser aquilo que pode ser.

 

O britânico de 32 anos vive o auge da carreira no automobilismo. Já venceu três vezes o campeonato do mundo e está cada vez mais perto do heptacampeão Michael Schumacher, recordista de poles e vitórias da história do esporte. Depois de superar o ídolo Ayrton Senna em posições de honra, agora Lewis se aproxima do alemão, a quem pode igualar se cravar novamente o melhor tempo no treino classificatório deste sábado no GP da Hungria. Além disso, o piloto vem de uma estonteante vitória na Inglaterra, que fez a desvantagem de 20 pontos para o líder Sebastian Vettel cair apenas para um.

 

"Antes, a F1 era tudo. Eu treinava, cometia erros e sabia qual a razão para ter cometido. Mas voltava a cometê-los e a queda era espetacular. Parecia que aquilo nunca iria acabar. Levava dias para me recuperar. Uma vez, cheguei a ficar trancado no quarto de um hotel por quatro dias. Mas agora, com a idade e com a maturidade, eu vejo que ganhar não é tudo que importa", contou Hamilton à Serena em uma entrevista publicada na revista 'Interview Magazine'.

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Apesar da nova postura com a vida, o inglês não conseguiu esconder o espírito competitivo. "Mas sei que há pessoas que querem me ver falhar e, por isso, desejo vencer. Na verdade, eu odeio perder. Não interessa se é uma corrida ou uma partida de pingue-pongue. Apenas odeio. Ou é o primeiro ou é o último", disse.

 

Ainda que se mostre seguro nas pistas e venha apresentando performances dominantes ao longo dos anos na F1, Hamilton também tem seus medos. "Dentro do carro, não tem medo algum. Mas tenho outros medos, como de aranha. Mas o meu maior medo é não ser tão grande quanto eu sei que posso chegar a ser", reconheceu.