Depois de ver o italiano da Ducati engatar a quarta vitória da temporada 2022, Fabio Quartararo minimizou a importância de Aleix Espargaró na luta pelo título da MotoGP e considerou que Francesco Bagnaia é o adversário que preocupa. O GRANDE PREMIUM, então, olhou para os números para verificar se o argumento do francês da Yamaha encontra amparo na realidade

POLE MARCA DIOGO MOREIRA NA HISTÓRIA DO MOTOCICLISMO BRASILEIRO

“Aleix [Espargaró] não é o mais importante. Perdemos mais de 40 pontos em relação a Pecco [Bagnaia] nas últimas duas corridas, então temos de acordar”. Foi assim que Fabio Quartararo resumiu a situação do Mundial de Pilotos da MotoGP após o GP da Grã-Bretanha, 12ª etapa da temporada 2022 da MotoGP.

Até aqui, porém, é o piloto da Aprilia quem aparece em uma posição mais ameaçadora na classificação do campeonato. Fabio soma 180 pontos e lidera, mas só com 22 de margem para o mais velho dos irmãos Espargaró. Francesco, por sua vez, subiu para a terceira colocação, mas já com 49 de atraso para o líder.

CLASSIFICAÇÃO MOTOGP
▶️ Bagnaia ganha fôlego na briga pelo título da MotoGP 2022

Aleix Espargaró é o vice-líder do Mundial de Pilotos (Foto: Aprilia)

Na esteira da esnobada de Quartararo, o GRANDE PREMIUM olha para os dados para verificar se o jovem de Nice está tentando entrar na cabeça do adversário ou se Pecco vive mesmo um melhor momento.

No que diz respeito às vitórias, a vantagem é de Pecco, que venceu quatro vezes no ano: nos GPs de Espanha, Itália, Holanda e Grã-Bretanha. Aleix, por outro lado, venceu apenas na Argentina. No que diz respeito ao aproveitamento, o italiano venceu 33% das provas que disputou, contra só 8% do catalão. Quartararo, por exemplo, acumula três triunfos, ou seja, saiu vitorioso em 25% das corridas que disputou.

Em termos de pódios, Aleix se sai melhor, já que fez cinco visitas ao top-3 em 12 GPs, um aproveitamento de 41,6%. Pecco só subiu no pódio quando venceu. Fabio esteve entre os três melhores em metade das corridas do ano, exceto Catar, Argentina, Américas, França, Holanda e Grã-Bretanha.

A grande discrepância, porém, está no número de abandonos. O mais velho dos irmãos Espargaró completou todas as corridas do ano, enquanto Francesco não viu a bandeirada em 33% delas: os GPs do Catar, da França, da Catalunha e da Alemanha. O campeão vigente abandonou apenas em Assen, quando caiu duas vezes, a primeira delas, inclusive, empurrando Aleix para fora da pista. b

Em termos de poles, o destaque é de Pecco, que puxou o pelotão em quatro oportunidade (33% de aproveitamento). Aleix só saiu na frente na Argentina e na Catalunha, enquanto Quartararo soma uma única pole, a o GP da Indonésia. O trio, porém, foi presença constante na primeira fila: Quartararo e Espargaró estiveram entre os três primeiros do grid em 41,6% das corridas, apenas uma a menos do que Bagnaia, que largou na primeira linha da grelha em metade das 12 provas disputas até aqui.

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Francesco Bagnaia somou muito mais pontos do que Aleix Espargaró Fabio Quartararo nas últimas duas corridas (Foto: Ducati)

Quando completaram as corridas, todos eles estiveram sempre no top-15, ou seja, na zona de pontuação da MotoGP, mas Fabio e Aleix figuraram 11 vezes dentro da lista dos dez melhores. Pecc, por outro lado, esteve por lá em só sete ocasiões.

Em termos de média de pontos, Aleix somou cerca de 13,16 tentos por GP, contra 10,91 de Pecco, uma conta que é puxada para baixo pelos abandonos. Fabio, por exemplo, fez em média 15 pontos por GP.

Fabio acerta, porém, ao se preocupar com a forma exibida por Pecco nas últimas duas corridas. O italiano somou 50 pontos com as vitórias na Holanda e na Grã-Bretanha, enquanto o francês acumulou apenas mais oito. Ou seja, o piloto da Ducati pontuou mais de seis vezes mais do que o titular da Yamaha.

Aleix, por outro lado, fez 20 pontos nessas mesmas duas corridas, mas aí é preciso lembrar de dois atenuantes: o resultado do catalão em Assen foi diretamente influenciado por Fabio, que o colocou para fora da pista ainda no início da corrida. Naquele fim de semana, o piloto da Aprilia tinha um ritmo forte e era cotado para vencer. Espargaró precisou remar bastante para escalar o pelotão e poderia ter pontuado muito mais se não fosse a lambança causada por ‘El Diablo’. Não é como se tivesse faltado força ou competitividade a ele.

A segunda atenuante vem deste fim de semana. Espargaró sofreu uma forte queda no quarto treino livre e chegou a ser dúvida para a corrida por causa de dores no pé direito. O primeiro exame não apontou, mas uma ressonância feita na segunda-feira mostrou uma fratura no calcanhar. Aleix isentou a lesão de culpa, mas, depois da queda, não teve mais o mesmo bom ritmo que vinha exibindo em Silverstone.

Conta-giro
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Fabio Quartararo mostrou preocupação com crescimento de Francesco Bagnaia (Foto: Yamaha)

Foram corrida mais atípicas para o catalão, enquanto tudo correu bem para Pecco. Em Silverstone, aliás, o italiano sequer figurava entre o favoritos, mas contou com os conselhos de Valentino Rossi e Casey Stoner para encontrar a competitividade que faltava e se recuperar.

É fato que Bagnaia vive um bom momento e que a Ducati é uma força a ser considerada. Mas a Aprilia já provou ao longo do ano que a RS-GP é uma moto versátil e capaz de ser competitiva em diferentes cenários. É cedo para considerar Aleix uma carta fora do baralho. Ainda mais por causa dos atenuantes dos dois GPs.

A MotoGP volta às pistas no dia 21 de agosto, com o GP da Áustria, no Red Bull Ring. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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