Investigação ‘eterna’ sobre Wehrlein no México foi por suspeita de controle de tração

A participação da Porsche no eP da Cidade do México não terminou com a bandeirada no último sábado (13). Uma longa investigação anunciada ainda durante a corrida colocou a equipe sob observação da FIA por suposto uso de um sistema de controle de tração. No fim, nada foi encontrado

A vitória de Pascal Wehrlein na corrida de abertura da Fórmula E 2023/24, na Cidade do México, conquistada no último sábado (13), permaneceu em suspense durante um longo período após a bandeirada — cerca de quatro horas. Ainda durante a prova, uma investigação foi anunciada pela FIA sobre os três carros da Porsche que continuavam na disputa: além do vencedor, Jake Dennis e Norman Nato também foram incluídos. No fim, nenhuma punição foi dada.

A demora tem uma explicação. De acordo com o portal inglês The Race, o departamento técnico da FIA desconfiava de que a Porsche teria utilizado uma espécie de controle de tração — o que é proibido — na largada por meio de um software. Depois de muita discussão entre os comissários e os membros da equipe, a decisão foi de que nenhuma medida precisaria ser tomada.

A avaliação envolveu o mapa de aceleração do pedal do carro alemão, homologado pelo regulamento e definido pelo próprio departamento técnico da FIA. Ou seja, algo que não pode ser alterado pelas equipes. Vale destacar que a Fórmula E não permite que nenhum tipo de controle de tração seja usado, seja na largada ou durante as provas.

“Está proibido o uso de qualquer sistema ou dispositivo que impeça que as rodas motrizes patinem sob potência ou que compense um torque excessivo exercido pelo piloto”, diz o Artigo 6.4 do regulamento técnico, que trata justamente de controles de tração.

Sem punição, Wehrlein teve a vitória confirmada na Cidade do México (Foto: Porsche)

Segundo o portal inglês, entretanto, há suspeitas na Fórmula E de que algum tipo de sistema para largadas automáticas tenha sido usado recentemente na categoria, assim como foi feito na Era Gen2, antes do desenvolvimento de um sistema por parte da FIA para evitar isso.

Na sétima temporada de sua história, em 2021, a Fórmula E introduziu sensores de torque que passaram a ser obrigatórios, justamente para impedir que qualquer tipo de dispositivo fosse utilizado para fins de controle de tração. Esse artifício mede a deflexão torcional [o giro do eixo do carro em relação a um plano] causada pela aplicação do torque por parte do piloto na aceleração. Medindo a torção ou a deformação superficial do eixo, é possível saber se o movimento foi feito de forma ‘natural’ ou induzido por algum componente.

De qualquer forma, nenhum artifício foi encontrado nos três carros — Nato acabou ‘liberado’ ainda durante a corrida — e o resultado foi mantido. Com isso, Wehrlein garantiu a primeira posição, enquanto o campeão Dennis terminou em nono.

Porsche esteve sob ‘lupa’ da FIA por várias horas após a corrida (Foto: Porsche)

António Félix da Costa, que abandonou logo no início por acertar Nico Müller, não foi investigado no assunto, mas foi punido em três posições no grid de largada do eP de Diriyah 1 pela batida no suíço.

O campeonato retorna entre os dias 25 e 27 de janeiro, na Arábia Saudita, com o eP de Diriyah. O GRANDE PRÊMIO é EMISSORA OFICIAL da Fórmula E no Brasil e transmite todas as atividades AO VIVO E COM IMAGENS.

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