Leclerc vê otimismo na Ferrari para 2024 e aprova “forma de trabalhar” de Vasseur

No início deste ano, a Ferrari anunciou oficialmente a renovação do vínculo de Charles Leclerc com o time em um acordo plurianual. Em Maranello, o monegasco continuará trabalhando ao lado de Frédéric Vasseur, que assumiu a função de chefe de equipe no ano passado, logo após a demissão de Mattia Binotto, no fim de 2022. O dono do carro #16 comparou o estilo de liderança dos dois dirigentes e reforçou otimismo com a SF-24, bólido para a temporada 2024.

Leclerc fez a estreia na Fórmula 1 em 2018, pela Alfa Romeo. Na época, era o próprio Vasseur quem comandava a equipe italiana e foi figura importante no desenvolvimento do piloto na categoria. Ambos sempre se deram muito bem, até que o destino fez eles se reencontrarem anos depois na esquadra mais icônica da história do esporte a motor.

O companheiro de Carlos Sainz destacou o bom relacionamento com o mandatário. “Com Fred, obviamente tenho muitas discussões”, disse ele. “Estou totalmente de acordo com a visão de longo e médio prazo que ele tem para a equipe. Isso também me deu confiança para acreditar no projeto para o futuro”, continuou.

Fazer comparações é sempre algo muito complicado. Charles evitou citar o nome de Binotto, que liderou a Ferrari entre 2019 e 2022, mas destacou a diferença entre a liderança do italiano e a de Vasseur.

“Entrar em detalhes sobre como exatamente as coisas mudaram é mais difícil”, admitiu. “Com Fred, é apenas uma maneira diferente de trabalhar. Existem muitas particularidades que são diferentes”, acrescentou.

“[Vasseur é] muito, muito claro no que quer alcançar e nas orientações que dá à equipe, o que considero uma coisa boa”, explicou. “Sem entrar em uma comparação entre o passado e o agora, acho que uma coisa muito boa sobre Fred é que ele realmente não se importa com as conversas externas em torno da equipe. Ele está muito focado no que precisa ser feito dentro do time. Ele é muito direto e acho que isso é um ponto forte. Gosto muito desta forma de trabalhar”, sublinhou o vice-campeão de 2022.

Após uma campanha decepcionante em 2023, na qual a Ferrari não conseguiu desafiar consistentemente a Red Bull, Leclerc disse que a equipe tem motivos para se sentir mais otimista rumo à nova temporada devido ao progresso feito no segundo semestre do ano passado. Charles revelou quando aconteceu a virada de chave.

“Já sinto essa sensação há seis meses”, declarou. “Há seis meses, desde que começamos a segunda parte da temporada, havia uma motivação muito grande de toda a equipe”, lembrou o monegasco.

“Lembro-me muito claramente do momento em que fizemos o nosso teste específico em Zandvoort [GP da Holanda], durante os treinos livres. Voltamos de lá e todos nos sentamos e vimos resultados muito claros diante de nossos olhos”, continuou.

“Isso deu uma grande motivação à equipe porque pensamos, ‘ok, agora entendemos quais são os pontos fracos do carro, onde precisamos trabalhar, que direção precisamos tomar’. E a partir desse momento, todos ficaram totalmente de acordo com os rumos que estávamos tomando. Tudo fazia sentido”, comemorou Leclerc.

Porém, todas as mudanças chegaram tarde demais na temporada. A Ferrari conseguiu se aproximar da Red Bull apenas nas últimas etapas, e ainda terminou o Mundial de Construtores atrás da Mercedes, na terceira colocação. Charles espera que a SF-24 siga a linha de desenvolvimento vista em 2023 e que, desta forma, seja possível sonhar com algo maior.

“Realmente espero que este carro consiga acompanhar o impulso que tivemos desde a segunda parte do ano passado”, disse ele, antes de concluir: “Mas não creio que seja um novo otimismo, penso que já começou há seis meses, mas é algo bom de ver e é animador para o futuro.”

A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com o testes coletivos de pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.

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