Piastri elogia “desenvolvimento notável” da McLaren e se vê “no lugar certo” na F1

Apesar do início ruim de temporada da McLaren no ano passado, a equipe comandada por Andrea Stella conseguiu dar um passo surpreendente no segundo semestre e se posicionou como a segunda força do grid, atrás somente da Red Bull. Embora a Ferrari também esteja se saindo melhor do que os ingleses em 2024, Oscar Piastri não pôde deixar de elogiar o desenvolvimento do time de Woking nos últimos meses, afirmando que fez a escolha certa quando decidiu deixar a Alpine em 2022.

Após as primeiras três etapas do atual certame, o jovem australiano somou 28 pontos e ocupa a quinta posição do Mundial de Pilotos. Ainda que não tenha conquistado nenhum pódio, Piastri chegou muito perto em duas oportunidades, nos GPs da Arábia Saudita e da Austrália, quando cruzou a linha de chegada em quarto. De acordo com ele, os bons resultados só são possíveis por causa do trabalho duro que foi empregado pela equipe.

“O modo como nos desenvolvemos no segundo semestre do ano passado foi notável”, disse Oscar em uma entrevista ao portal australiano Speedcafe. “Não estou dizendo isso apenas porque sou piloto da McLaren. Vimos realmente, no ano passado, duas equipes darem esse tipo de passo: a Aston Martin, de 2022 para 2023, que deu um passo monumental, e então nós, praticamente no meio da temporada”, lembrou.

“O fato de termos conseguido fazer isso foi muito tranquilizador. Me mostrou que eu estava no lugar certo e também de que somos uma das melhores equipes agora. Estamos genuinamente no caminho para nos tornarmos novamente uma equipe vencedora”, avaliou Piastri.

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Apesar do bom clima com todos os colegas dentro da McLaren, a chegada do #81 à equipe não foi tão tranquila assim. Insatisfeito com a falta de oportunidades recebidas pela Alpine, time do qual ele foi piloto júnior ao longo de toda a carreira nas categorias de base e era reserva na F1, Oscar decidiu assinar contrato com a esquadra laranja-papaia para ocupar a vaga deixada pelo compatriota Daniel Ricciardo. Tudo isso, no entanto, foi feito sem o conhecimento da parte francesa, que logo entrou com uma ação no Conselho de Reconhecimento de Contratos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para tentar mantê-lo na equipe, mas sem sucesso.

Olhando para os acontecimentos de quase dois anos atrás, Piastri garantiu que não há arrependimento, já que a Alpine queria colocá-lo em uma situação nada favorável. “Eles me deram uma oportunidade em águas bastante agitadas, e esse tipo de coisa certamente não passa despercebido”, comentou, antes de destacar a confiança que possui na McLaren e a maneira como decidiram renovar seu contrato, que agora vai até o fim de 2026.

“Aconteceu nos dois sentidos. Não foi apenas eu dizendo: ‘podemos assinar por mais alguns anos?’ Foi um entendimento mútuo de estender esse contrato. É muito bom ter essa confiança um no outro nos dois sentidos”, frisou Piastri.

Para finalizar, o pupilo de Mark Webber foi questionado sobre quais são as suas motivações para seguir no automobilismo e sonhar com grandes conquistas no futuro.

“Estou fazendo um trabalho que, francamente, não é um trabalho. Entro em carros de corrida, e não em qualquer carro, mas nos carros mais rápidos do mundo, e sou pago por isso. Se você não consegue avaliar o quão afortunada é essa posição, então acho que há algo errado com você. Para mim, isso é motivação mais que suficiente para continuar”, concluiu o australiano.

A Fórmula 1 retorna com a temporada 2024 neste final de semana, entre os dias 5 e 7 de abril, com o GP do Japão, em Suzuka.

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