Albon minimiza quiques gerados pelos novos carros da F1: “Não afeta o tempo de volta”
Novo piloto da Williams, Alex Albon também exaltou a eficiência do mecanismo durante a perseguição ao carro da frente nos testes da F1, em Barcelona
A nova concepção dos carros, mas principalmente as consequências do efeito-solo, rendeu diversas discussões na sessão de testes de pré-temporada da Fórmula 1 realizada em Barcelona. Retornando a categoria depois de um ano de ausência, agora como piloto da Williams, Alex Albon não ficou de fora do debate e minimizou o ‘porpoising’ – ou quiques – causados quando os bólidos passam por uma superfície oscilante em alta velocidade. O tailandês também enalteceu a eficiência do mecanismo durante a perseguição ao carro da frente.
Nos três dias de testes no Circuito de Montmeló, os pilotos começaram a descobrir como funciona e qual é a abordagem exigida para atingir o melhor desempenho guiando os novos carros. E uma das questões que mais chamou atenção de todos foram as sequências de quiques durante a passagem em alta velocidade na reta principal da pista.
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O motivo é que, com o retorno do efeito-solo, os novos carros, em contato com oscilações na pista, estão entrando em estado estol, termo utilizado na aviação. O estado de estol é gerado quando uma maior quantidade de ar é canalizada na área superior do carro em comparação com a inferior, o que faz o eixo dianteiro subir e descer diversas vezes, semelhantes aos balanços dos golfinhos em alto mar.
Apesar das preocupações com possíveis danos ao assoalho, Albon minimizou o fenômeno e revelou que o ‘porpoising’ não causou ao novo carro da Williams um impacto negativo no desempenho em Barcelona. “Todo mundo tem um pouco, acho que alguns mais do que outros”, começou o tailandês, em entrevista ao site Autosport. “Mas, honestamente, não afeta muito o tempo de volta”, acrescentou.
Além disso, o que despertou atenção do piloto, mas de maneira positiva, foi a eficiência do efeito-solo na perseguição sobre o francês Pierre Gasly, da AlphaTauri, nas curvas 1, 2 e 3 do circuito catalão. O conjunto de túneis instalados no assoalho do carro promoveu uma menor turbulência para Albon durante a busca pela ultrapassagem, por causa da redução do nível de perda da carga aerodinâmica.
“Eu vinha acompanhando o Gasly em algumas voltas. E a sensação inicial foi boa. Fiquei surpreso com a rapidez com que consegui permanecer na curva 2 e 3, porque esperava uma pilotagem pior. O sentimento inicial foi positivo”, destacou o piloto, que acumulou 207 voltas com o FW44.
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Nos próximos dias 10, 11 e 12 de março, nos testes de pré-temporada no Bahrein, Albon e o seu companheiro, Nicholas Latifi, terão mais uma oportunidade em pista de aprenderem mais sobre o novo carro antes do início do campeonato. Também no Bahrein, a temporada 2022 da F1 começa no próximo dia 20 de março.
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