AlphaTauri promete buscar melhor solução para substituir Honda: “Não será fácil”

O anúncio repentino da saída da Honda da Fórmula 1 após 2021 também muda o futuro da AlphaTauri, que já pensa em solucionar o problema da falta de um fornecedor de motores

A manhã desta sexta-feira (2) foi de bomba na Fórmula 1 – e agora os envolvidos no surpreendente fato passam a analisar os próximos passos. Com a saída da Honda da categoria a partir de 2022, a AlphaTauri já pensa em como encontrar um novo fornecedor de motores.

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Se a Red Bull já avisou que, como ela e sua segunda equipe assinaram o Pacto da Concórdia, estão comprometidas com a F1 até 2025, o plano passa a ser achar quem substitua a marca japonesa.

Franz Tost (Foto: AlphaTauri)

Para a AlphaTauri, entrar no lugar da Honda não será missão tranquila: “Não será fácil, mas com certeza já vamos começar a estudar todas as possibilidades para encontrar a melhor solução a partir de 2022”, disse Franz Tost, chefe da equipe.

“Construímos uma relação muito boa e profissional desde que a começamos em 2018. Desfrutamos de um grande êxito juntos, ganhamos uma corrida e terminamos outras duas no pódio”, continuou. Claro, ele lembrou o recente triunfo de Pierre Gasly, o pódio do francês no Brasil em 2019 e, também, o terceiro posto de Daniil Kvyat, na Alemanha, ano passado.

“Uma pena que a Honda tenha decidido sair, porque o rendimento de seu motor tem melhorado constantemente e, de repente, se tornaram um dos melhores motores do grid. Estou convencido de que, juntos, vamos continuar conseguindo bons resultados até o fim do ano que vem”,concluiu Tost.

Daniil Kvyat (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
O anúncio

A Honda voltou à F1 em 2015, após sete anos de ausência: a fábrica, então equipe oficial, decidiu deixar o Mundial após a temporada 2008, junto de BMW e Toyota e na rebarba da crise econômica que eclodira. Aquela equipe acabou virando a Brawn GP e, em seguida, a Mercedes.

No comunicado em que anunciou a saída do Mundial, assinado pelo presidente e diretor-executivo, Takahiro Hachigo, a Honda agradeceu às parceiras atuais Red Bull e AlphaTauri – deixou a McLaren totalmente de fora – e citou o desejo de tratar de iniciativas que contemplem novas formas de mobilidade urbana. É um mundo novo, afinal, em que se torna cada vez mais difícil justificar os gastos aplicados na Fórmula 1 quando os arredores estão diferentes.

“Em 2015, a Honda voltou a competir na F1, a categoria de maior prestígio no mundo do esporte a motor, com a meta de de vencer utilizando nossa própria tecnologia de gerenciamento de energia. E essa é nossa sexta temporada. Inicialmente, a Honda viveu dificuldades de desempenho e confiabilidade e continuou numa batalha desfavorável. Mas, demonstrando a força coletiva de toda a Honda – incluindo utilização de nossas tecnologias de motores de aviões para melhorar o desempenho, bem como a produção em massa de tecnologias que melhorassem a eficiência de combustão dos nossos motores – fomos capazes de aumentar significativamente nossa competitividade”, disse.

“Sobre parceiros, um fator-chave para competir na F1, fomos privilegiados em trabalhar com a AlphaTauri desde 2018 e a Red Bull desde 2019. Os membros da AlphaTauri, que era Toro Rosso na época, acreditaram no potencial da Honda e assinaram contrato conosco. A AlphaTauri Honda conquistou sua primeira vitória no GP da Itália do mês passado, a 50ª prova em que competimos juntos. Foi o resultado de incontáveis esforços e não temos palavras para descrever a satisfação que vivemos na Honda.”

“Em nome da Honda, gostaria de expressar a gratidão com a Red Bull e a AlphaTauri por nos permitirem a alcançar nossa ambição de vencer corridas da F1. Também gostaria de expressar nossa apreciação pela FIA, F1 e muita gente que se envolveu ou deu suporte à Honda desde que decidimos competir na F1. Mais que todo o resto, estamos gratos aos fãs por sua torcida apaixonada e por encorajar a Honda”, completou.

A temporada 2021, então, encerra a quarta passagem da Honda no Mundial de Fórmula 1. A primeira foi entre 1964 e 1968, como construtor; depois, entre 1983 e 2005, foi fornecedora de motor; entre 2006 e 2008, construtor novamente; e, por fim, fornecedora de motor entre os anos de 2015 e 2021.

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